23 de novembro de 2011

Relacionando-se com o Divino:


Todos nós queremos chegar até o fim da vida com um certo grau de sucesso, com algum sentimento de que acertamos. Alguns pensam que conhecem um jeito da vida ser satisfatória e até mesmo significativa. E quanto às principais religiões do mundo? Existe algo nelas que poderia trazer às nossas vidas maior estabilidade e valor?

A seguir, teremos a oportunidade de investigarmos as principais crenças do mundo: Hinduísmo, Nova Era, Budismo, Islamismo e Cristianismo, incluindo uma breve descrição de cada um delas, suas características distintas e o que uma pessoa pode obter de cada uma delas. A autora, então, aponta onde os ensinos de Jesus se diferem das demais religiões mundiais.

Religião e Espiritualidade: Hinduísmo

A maioria dos hindus adora uma infinidade de representações de divindades através de uma multidão de deuses e deusas, cerca 300.000 deles. Todos estes deuses e deusas são encarnados em ídolos, templos, gurus, rios, animais. Brahman não é um deus único, mas mais um conceito para a divindade máxima.

Os hindus vêem sua condição atual nesta vida baseada em suas ações em vidas passadas. Isto é, se seus comportamentos anteriores foram maus, eles podem experimentar tremendos sofrimentos nesta vida. O objetivo de um hindu é tornar-se livre da lei do karma, ser livre de contínuas reencarnações.

Há três caminhos possíveis para acabar com este ciclo do karma: ser devoto afetuoso de qualquer um dos deuses ou deusas hindus; crescer em conhecimento através de meditação de Brahman (identidade), para compreender que as circunstâncias da vida não são reais, que a individualidade é uma ilusão e somente a Brahman é real; ser dedicado a várias cerimônias e ritos religiosos.

No hinduísmo, a pessoa tem a liberdade de escolher o modo como trabalhar em direção à perfeição espiritual. O hinduísmo também apresenta uma possível explicação para o sofrimento e o mal no mundo. De acordo com o hinduísmo, o sofrimento que qualquer um experimenta, seja enfermidade, fome ou um desastre, é devido às próprias ações maléficas que a pessoa tenha feito, normalmente em vidas passadas. A alma é a única coisa que importa, pois um dia será livre do ciclo da reencarnação e descansará.


Religião e Espiritualidade: Nova Era

A Nova Era promove o desenvolvimento dos poderes e divindade próprios da pessoa. Quando se refere a Deus, um seguidor da Nova Era não fala de um Deus pessoal e transcendente, criador do universo, mas refere-se à uma consciência mais alta dentro deles mesmos. Uma pessoa da Nova Era iria ver-se como Deus, o cosmo, o universo. Na verdade, tudo que uma pessoa vê, ouve, sente ou imagina é considerado divino.

Altamente eclética, a Nova Era apresenta-se como uma coleção de tradições espirituais antigas. Reconhece vários deuses e deusas, como o hinduísmo. A Terra é vista como a fonte de toda espiritualidade e tem sua própria inteligência, emoções e divindade. Mas, suplantando tudo, existe o Eu. O Eu é o criador, o controlador e o deus de tudo. Não existe realidade fora do que a pessoa determina.

A Nova Era ensina um leque amplo de misticismo oriental e técnicas físicas, metafísicas e espirituais, exercícios de respiração, cânticos, tambores, meditação, para desenvolver uma consciência modificada e a divindade da própria pessoa.

Qualquer coisa negativa que uma pessoa experimente (falhas, tristeza, raiva, egoísmo, sofrimento) é considerada uma ilusão. Acreditando que eles possuem o total controle de suas vidas, nada na vida é errado, negativo ou dolorido. Por fim, a pessoa desenvolve-se espiritualmente até o ponto em que não haja uma realidade externa e objetiva. A pessoa, tornando-se um deus, cria a sua própria realidade.


Religião e Espiritualidade: Budismo

Os budistas não adoram nenhum Deus ou deuses. As pessoas que não estão dentro do budismo pensam, com freqüência, que os budistas adoram a Buda. No entanto, o Buda (Siddhartha Gautama) nunca disse ser divino e os budistas rejeitam a noção de qualquer poder sobrenatural. O universo é operado por uma lei natural. Compreende-se a vida como formada de dor: dor no nascimento, na enfermidade, na morte, na tristeza e no desespero sem fim. A maioria dos budistas acredita que uma pessoa tem centenas ou milhares de reencarnações, todas trazendo aflição. É o desejo por felicidade que causa a reencarnação da pessoa. Conseqüentemente, a meta de um budista é purificar o seu coração e ver-se livre de todos os desejos. A pessoa deve abandonar todos os prazeres sensuais, todo o mal, alegria e tristeza.

Para conseguir isso, os budistas seguem uma lista de princípios religiosos e meditação intensa. Quando um budista medita, não é como orar ou se focalizar em um deus, é mais como uma autodisciplina. Através da meditação contínua, a pessoa pode alcançar o Nirvana, o “apagar” da chama do desejo.

O budismo fornece algo que é verdadeiro na maioria das religiões: disciplina, valores e diretrizes pelos quais a pessoa possa viver. Algumas dessas diretrizes budistas são: não destrua nenhuma criatura vivente; abandone todos os prazeres sensuais; abandone qualidades maléficas, como também a alegria e a tristeza.


Religião e Espiritualidade: Islamismo

Os muçulmanos acreditam que haja um Deus todo-poderoso, chamado Alá, o qual é infinitamente superior e transcendente à espécie humana. Alá é visto como o criador do universo e a fonte de todo o bem e de todo o mal. Tudo o que acontece é a vontade de Alá. Ele é um juíz severo e poderoso, o qual será misericordioso com os seguidores, dependendo do quão suficiente forem suas boas obras e sua devoção religiosa. O relacionamento de um seguidor com Alá é o de servidão.

Apesar de um muçulmano honrar muitos profetas, Maomé é considerado o último deles e suas palavras e estilo de vida são a autoridade dessa pessoa. Para ser um muçulmano, é necessário seguir cinco deveres religiosos: repetir o credo sobre Alá e Maomé; recitar certas orações em árabe cinco vezes ao dia; dar aos necessitados; um mês por ano, jejuar comida, bebida, sexo e fumo desde o nascer do sol até o pôr do sol; uma vez na vida peregrinar até Meca e adorar no lugar santo.

Para muitas pessoas, o islamismo vai ao encontro de suas expectativas de religião e divindade. O islamismo ensina que há apenas um Deus supremo, o qual é adorado através das boas obras e dos rituais religiosos disciplinados. Depois da morte, a pessoa é recompensada ou punida, de acordo com sua devoção religiosa. Ao morrer, baseado na fidelidade desta pessoa para com esses deveres, o muçulmano tem a esperança de entrar no Paraíso, um lugar de prazeres sensuais. Se não, eles serão punidos no inferno eternamente.


Religião e Espiritualidade: Cristianismo – Fé em Jesus Cristo

Os cristãos acreditam em um Deus amoroso, o qual se revelou e pode ser conhecido pessoalmente nessa vida. Com Jesus Cristo, o foco da pessoa não está em rituais religiosos ou em fazer boas obras, mas em desfrutar de um relacionamento com Deus e vir a conhecê-lo melhor.

A fé no próprio Jesus Cristo, não apenas em seus ensinamentos, é como o cristão experimenta a felicidade e uma vida significativa. Durante Sua vida na Terra, Jesus não se identificou como um profeta se referindo a Deus ou como um mestre de ensinamentos iluminados. Pelo contrário, Jesus disse ser Deus em forma humana. Ele fez milagres, perdoou pessoas de seus pecados e disse que qualquer pessoa que acreditasse nele teria vida eterna. Ele fez afirmações como: “Eu sou a luz do mundo. Quem me segue, nunca andará em trevas, mas terá a luz da vida.” (João 8:12)

Os cristãos têm a Bíblia como a mensagem escrita de Deus para a humanidade. Além de ser um registro histórico da vida e dos milagres de Jesus, a Bíblia revela a personalidade de Deus, seu amor e verdade e como se pode ter um relacionamento com Ele.

Qualquer que seja a circunstância que um cristão está atravessando na vida, ele pode, com confiança, buscar um Deus sábio e poderoso, que o ama de forma genuína. Eles acreditam que Deus responde orações e que a vida tem sentido à medida que se vive para honrar esse Deus.


Religião e Espiritualidade: Há diferença?

Ao olharmos para estes principais sistemas de credos e suas visões de Deus, encontramos uma diversidade tremenda:

Os hindus acreditam em 300.000 deuses;

Os budistas dizem não haver divindade;

Os seguidores da Nova Era acreditam que eles sejam deuses;

Os muçulmanos acreditam em um Deus poderoso, mas distante;

Os cristãos acreditam em um Deus amoroso e acessível.

Todas as religiões estão adorando o mesmo Deus? Vamos pensar nisso. A Nova Era ensina que todos devem vir a centralizar-se em uma consciência cósmica, mas isso requeriria dos muçulmanos a desistir de seu Deus; dos hindus, a desistir de seus inúmeros deuses e dos budistas a estabalecer que há um Deus.

As principais religiões do mundo são bem distintas. E destas, uma afirma que existe um Deus pessoal e amoroso, que pode ser conhecido agora, nesta vida. Jesus Cristo mostrou um Deus que nos ama, que nos acolhe em um relacionamento com Ele e que está do nosso lado como um Deus consolador, conselheiro e poderoso.

No hinduísmo, a pessoa se encontra sozinha tentando livrar-se do karma. Na Nova Era, a pessoa está trabalhando na própria divindade. No budismo, há uma busca pessoal para ser livre dos desejos. E no islamismo, o indivíduo segue leis religiosas para alcançar o paraíso depois da morte. Nos ensinamentos de Jesus, vê-se um relacionamento pessoal com um Deus pessoal, um relacionamento que continua na próxima vida.


Pode Uma Pessoa Relacionar-Se Com Deus Nesta Vida?

A resposta é sim. Você pode não apenas se relacionar com Deus, mas também pode ter a certeza de que é completamente aceito e amado por Ele.

Muitas religiões colocam o indivíduo sozinho, lutando por perfeição espiritual. Buda, por exemplo, nunca admitiu não ter pecado. Maomé também admitiu que precisava de perdão. “Não interessa o quão sábios, talentosos e influentes outros profetas, gurus e mestres possam ter sido. Eles tiveram a presença de espírito para reconhecer que eram imperfeitos como o restante de nós.” (Erwin W. Lutzer, Cristo Entre Outros Deuses, Chicago, Moddy Press, 1994, pág. 63)

Jesus Cristo, no entanto, nunca aludiu a nenhum pecado pessoal. Pelo contrário, Jesus perdoou as pessoas de seus pecados e Ele também quer nos perdoar dos nossos. Todos nós temos consciência de nossas falhas, das áreas de nossas vidas que podem fazer com que outros nos menosprezem, áreas que nós mesmos gostaríamos que não existissem, um vício, mau humor, impureza ou palavras de ódio. Deus nos ama, mas odeia o pecado. E Ele disse que a conseqüência do pecado é sermos impedidos de conhecê-lo. Porém, Deus providenciou um caminho para sermos perdoados e conhecê-lo: Jesus, o Filho de Deus, Deus em forma humana, tomou todos os nossos pecados sobre si, sofreu na cruz, e morreu no nosso lugar por livre e espontânea vontade. A Bíblia diz: “Nisto conhecemos o que é o amor: Jesus Cristo deu a sua vida por nós…”(1 João 3:16)

Deus está nos oferecendo o completo perdão por causa da morte de Jesus por nós. Isto significa perdão por todos os nossos pecados passados, presentes e futuros. Jesus pagou por todos eles. Deus, quem criou o universo, nos ama e quer ter um relacionamento conosco. “Foi assim que Deus manifestou o seu amor entre nós: enviou o seu Filho Unigênito ao mundo, para que pudéssemos viver por meio dele.” (João 3:16)    

Deus Quer Que Nós O Conheçamos:

Nós fomos criados por Deus para vivermos em comunhão com Ele. Jesus disse: “Aquele que vem a mim nunca terá fome; aquele que crê em mim nunca terá sede.” (João 14:6) Jesus chamou as pessoas não apenas para seguir seus ensinamentos, mas para seguí-lo. Ele disse: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida.”Ao dizer que é a verdade, Cristo vai além dos meros profetas e mestres, os quais simplesmente disseram que estavam falando a verdade. (Lutzer, pág. 106) 

Jesus identificou-se como Deus e até deu prova disto. Jesus disse que seria crucificado e que depois de três dias Ele iria ressuscitar. Ele não disse que reencarnaria um dia em uma vida futura (quem saberia se Ele realmente fez isso?). Ele disse que, três dias depois de ter sido enterrado, se mostraria vivo para aqueles que viram sua crucificação. Naquele terceiro dia, o túmulo de Jesus foi encontrado vazio e muitas pessoas testemunharam tê-lo visto vivo novamente.

É Um Relacionamento Mútuo:

Muitas religiões se focam nos esforços espirituais da pessoa. O Cristianismo é uma interação mútua entre você e Deus. Ele nos chama para perto Dele. “O Senhor está perto de todos os que o invocam, de todos os que o invocam com sinceridade.” (Salmo 145:18) Você pode se comunicar com Deus, Ele responderá suas orações, dará a você uma grande paz e alegria, o guiará, mostrará o Seu amor e transformará a sua vida.  Isso não significa que a vida será perfeita e sem problemas. Mas significa que, em meio a vida, você pode relacionar-se com Deus, o qual está querendo ser incluído na sua vida e ser fiel no Seu amor. 

Isso não é um compromisso com um método de automelhoria como as Oito Verdades Desdobradas, ou os Cinco Pilares, ou a meditação, ou as boas obras, ou mesmo os Dez Mandamentos. Esses parecem passos claros, bem definidos e fáceis de serem seguidos para a espiritualidade. No entanto, eles se tornam uma luta pesada pela perfeição, enquanto o relacionamento com Deus está ainda distante. Nossa esperança não está em seguirmos leis ou padrões, mas em conhecer um Salvador que nos aceita completamente por causa de nossa fé nele e no seu sacrifício por nós. Nós não ganhamos nosso lugar no céu por esforços religiosos ou por boas obras. O céu é um presente gratuito para nós, que nos é dado, quando começamos nosso relacionamento com nosso Deus Verdadeiro.

Em varias religiões a pessoa tem um relacionamento com ensinamentos, idéias, caminhos e rituais. Através de Deus, a pessoa pode ter um relacionamento amoroso e poderoso. Você pode conversar com Ele e Ele lhe guiará nessa nova vida. Ele não lhe aponta apenas para um caminho, uma filosofia. Ele o acolhe para experimentar a felicidade e ter confiança no Seu amor em meio aos desafios da vida. “Vejam como é grande o amor que o Pai nos concedeu: que fôssemos chamados filhos de Deus.” (1 João 3:1)


Ilustração: Ir Daniel Martina

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