Após
a cerimônia de iniciação, o Venerável Mestre entrega o Avental ao Mestre de
Cerimônias, para com ele revestir o neófito. O agora Maçom, só poderá entrar no
Templo de sua Loja, ou de qualquer outra, vestindo o avental. Primeira insígnia
recebida, símbolo maior do trabalho e indispensável em qualquer ato litúrgico.
O
Avental constitui a parte principal do traje maçônico, sem o qual o Maçom não
estará maçonicamente trajado, possui uma característica especial que o
diferencia de outras insígnias: está presente desde os remotos tempos
Operativos.
Definiremos
o Avental como: “essencial adorno do Maçom”, o sentido de adornar é enfeitar,
decorar, e, obviamente, não é esse o principal sentido simbólico dessa
indumentária.
O
Avental do Aprendiz é branco, com a Abeta levantada formando um triângulo sobre
um retângulo e nele não consta nenhum adorno.
COR
Branca: Pode ser simbolicamente traduzida como a inocência do Aprendiz. A
pureza da alma e das boas intenções de um Maçom, como sendo o último
depositário da moral, dentro de nossa sociedade moderna.
O
uso do avental na maçonaria especulativa é herança da maçonaria operativa,
quando o avental era um adorno de proteção, utilizado pelo aprendiz operativo
no desempenhar de sua função: carregar junto ao peito e desbastar a pedra
bruta, a ser utilizada na edificação de Templos.
Abeta
levantada: Na Maçonaria Operativa, a Abeta também era usada para cima, e havia
um botão que a prendia no peito, ou um laço que passava em volta do pescoço, e
isto não era por acaso, eis que no desbaste da pedra bruta, o avental servia
principalmente de proteção.
Hoje
na Maçonaria Especulativa, o aprendiz simbolicamente desbasta a pedra bruta
vencendo suas paixões, seus vícios, enfim, seus defeitos e impurezas trazidas
da vida profana, eis que agora como Maçom, ira instruir-se e aperfeiçoar-se
como um homem cada vez melhor para a vida social.
Existem
também algumas explicações místicas que: acreditava-se na antiguidade, que a
sede das emoções humanas era o epigástrio (boca do estômago), o avental do
aprendiz estando com a abeta levantada cobriria exatamente esta região.
Isso
significa que não sabendo ainda trabalhar ele precisa proteger-se devendo ter o
seu epigástrio coberto, para que essas emoções não possam perturbar os
trabalhos da loja e para que não influam na espiritualidade das sessões.
Outra
interpretação vê no triângulo formado pela abeta, a alma plantada sobre o corpo
inferior (fora do corpo) que, quando for abaixada (ao atingir o Grau de
Companheiro), mostrará que a alma encontra-se dentro do corpo, e dele fazendo
seu instrumento.
Quando
nos tornamos Maçons, não estamos “nem nu, nem vestidos” e sim “Vestidos com
Avental”, e assim devemos permanecer durante toda a nossa jornada Maçônica, ou
seja, livre de vaidades, ricos de pureza de intenções e sempre prontos ao
trabalho.
Pois
o uso do avental na maçonaria faz uma completa alusão ao trabalho, para lembrar
ao maçom especulativo que o trabalho dignifica o homem, o faz progredir e
evolui a sociedade de uma forma geral. O verdadeiro maçom não pode esquecer que
sua função na sociedade é de Construtor Social.
Autor: Guilherme
A. Tavares, A.’.M.’.
A.’.R.’.L.’.S.’. Fraternidade e Evolução nº 3198, Or.’. de São Paulo – SP /
Brasil
Ir Daniel Martina
Ilustração e Adaptação
.
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