18 de maio de 2019

A MAÇONARIA E A IGREJA ADVENTISTA DO SÉTIMO DIA:


MAÇONARIA E  A IGREJA ADVENTISTA DO SÉTIMO DIA
(Do adventismo à Ciência Cristã) 

Os mórmons viviam um período de grande expansão, porém nem tordos os habitantes da nação americana acreditavam no sonho do Oeste. 

Dentre eles o desconhecido William Miller, que concebeu a ideia de que o fim do mundo devia estar perto e que, por isso mesmo, cabia fazer cálculos sobre a data, razão porque resolveu estudar a Bíblia em busca de consolo.

Ao chegar ao oitavo capítulo do Livro de Daniel, do Antigo Testamento, acreditou ter encontrado uma clara profecia referente não apenas ao fim do mundo como à data em que ocorreria. 

No versículo 14 é feita uma menção a duas mil e trezentas tardes e manhãs, e Miller, sem nenhuma base bíblica, decidiu considerar cada tarde e manhã como um ano. Contando, assim, dois mil e trezentos anos, chegou a conclusão de que o fim de mundo seria em 1843.

Todavia, os argumentos de Miller careciam da mais mínima base na realidade. Mas  o auto-intitulado profeta pregava desta maneira e, posteriormente Ellen G. White, a profetisa dos adventistas, continuou insistindo na veracidade das profecias milheritas, argumentando que um anjo as havia mostrado numa visão.

Miller lançou a profecia do fim do mundo em 1843, tendo convencido certo número de adeptos, que abandonaram seus campos, suas ferramentas, seus negócios e seus postos de trabalho, sacrificaram tudo, acreditaram, mas o fim do mundo não veio em 1843.

Miller fixou nova data para 21 de março de 1844. Novo fracasso e nova data. Agora o fim do mundo viria em 18 de abril de 1844. Depois anunciou uma nova data que seria definitiva, 22 de outubro de 1844. 

Seus adeptos vestiram-se naquela noite com túnicas brancas e decidiram esperar Cristo, que viria pegá-los na passagem do dia. Na manhã seguinte, até o mais fanático dos adeptos deve ter começado a duvidar da capacidade de Miller como profeta de Deus.

 Mas uma vez, a profecia tinha sido falsa.
Porém, um dos dos adeptos chamado Hiram Edson, após a noite de espera, voltando para casa, teria tido uma visão. Cristo aparecia no firmamento e chegava a um altar no céu. Cristo tinha chegado, não na Terra, mas, ao santuário do céu. 

Por essa visão Miller que acertara a data e errara no intinenário de Cristo, voltou ser considerado como profeta de Deus, e uma interpretação desatinada de Daniel 8 tornava-se a pedra ainda mais essencial do edifício doutrinal adventista.

Em 24 de março de 1849 Ellen G. White, aquela que seria a grande profetisa do advrentismo, teve uma visão. Mas como tinha acontecido antes com Miller, a profecia de Ellen tampouco se cumpriria. 

O fim do mundo foi outra vez anunciado para mais datas futuras: 1854 e 1873, entre elas.

Da mesma forma que é impossível compreender os mórmons sem a referência a Joseph Smith, também não se pode compreender o adventismo do Sétimo Dia sem enfocar a figura da sua profetisa Ellen G. White. 

Seus escritos são considerados pela seita totalmente - não só parcialmente - inspirados pelo Espírito Santo de Deus.
Ela teve também a revelação que daria nome à sua seita - adventistas do Sétimo Dia -, já que anunciou que os cristãos não deviam guardar o domingo, mas o sábado judeu, cuja origem hoje se sabe, remonta ao maçom chamado Joseph Bate,  que se uniu a seita adventista.

De maneira significativa - e apesar das referências a visões celestiais que faria depois - Ellen White reconheceu que a origem de sua peculiar doutrina estava na influência do maçom Bate numa carta que escreveu em 1847.

É possível inferir que a profetisa tinha mantido uma relação com alguns maçons que a haviam ajudado em situações delicadas e que, inclusive, um deles tinha inspirado uma das doutrinas mais determinantes de sua seita. 

Mas a relação de Ellen com a maçonaria foi mais além.

N. D.Faulkhead era tesoureiro da gráfica que imprimia as obras adventistas e há anos pertencia à Loja maçônica. Ellen White se encontrou com ele num determinado momento e o saudou fazendo o sinal dos cavaleiros do Templo,  um grau superior de iniciação na maçonaria.

Nos anos seguintes, a carreira de Ellen foi irregular e, embora a seita tenha continuado a crescer, o certo é que surgiram escândalos relacionados com a personalidade da profetisa, principalmente às obras que ela tinha plagiado e que apresentou como inspiradas por Deus.

Um comitê da seita, reunido em 1980 em Glendale para abordar o assunto dos plágios da profetisa, ficou surpreso com os resultados da investigação. A proporção de material plagiado era muito maior do que se suspeitava e alarmante.

Ellen White não foi por certo, a única mulher de sua época que fundou uma seita e que teve alguma influência maçônica nessa empreitada. 

O caso da Mary Baker Eddy, a criadora da Ciência Cristã, é ainda mais revelador. 

Apesar do nome, a seita da Ciência Cristã nega doutrinas essenciais do cristianismo como a divindade de Cristo ou o caráter expiatório de sua morte, e defende teses que são cientificamente questionáveis, como a de não ir a médicos quando se estar doente. 

Na realidade, a Ciência Cristã tem uma cosmovisão empapada de gnosticismo, choca-se frontalmente com o cristianismo e manteve historicamente uma relação bem intensa com a maçonaria.

Mary Baker Eddy era casada com um maçom, manteve relação muito estreita com o coronel Henry Steele Olcott - outro maçom, que, como veremos, junto com madame  Blavatsky criou a Sociedade Teosófica - e publicou uma parte nada desprezível de sua obra religiosa no Freemason's Monthly Magazine. 

De fato, de maneira bem reveladora, a maçonaria é a única sociedade secreta à qual os seguidores da Ciência Cristã podem se filiar, esta, diga-se de passagem, utiliza, além disso,a simbologia  maçônica.

Os presidentes da Ciência Cristã foram maçons de 1922 a 1924, e também foram maçons, dentre outros. 

É possível, inclusive, que Mary Baker Eddy fosse iniciada na maçonaria, uma circunstância que provalmente também tenha ocorrido no caso da adventista Ellen White. No entanto, se no caso de Mary Baker  Eddy e Ellen White a iniciação na maçonaria é só especulação, no de outro fundador de seitas, Charles Taze Russel, é indiscutível.

Autor:  Helio P. Leite
Adaptação e Pesquisa: Ir Daniel Toupitzen  CIM 285520

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