Planejamento é uma
coisa essencial na vida, e tanto mais quanto forem complexas as coisas, tal
como quando temos necessidades urgentes, metas elevadas e no caso de sociedades
inteiras; ou mesmo todas estas coisas reunidas.
O ser humano
aprecia exercitar o seu livre-arbítrio, ainda que a pessoa simples prefira
receber um roteiro mais ou menos pronto para seguir. É que o homem por vezes
ignora que o livre-arbítrio também se exerce na obediência e na cooperação.
Liberdade não é sinônimo de rebeldia, pois também existe o cativeiro de si.
Ademais, o conselho
das forças superiores é importante, porque de outra parte existe a influência
do inferior.
Uma coisa é o
deixar-se viver, sujeito a boas e más influências. Geralmente este caminho leva
à incerteza e à perda. Verdade é que mesmo um planejamento pode ser plural, bom
e ruim. Uma programação pode conduzir ao Destino, se for boa, ou pode encadear
na Fatalidade se ela for ruim.
Muitas vezes o ser
humano planeja a sua vida de forma menor, apenas para o seu bel prazer. As
tiranias de origem externa, que são aquelas que realmente impõem a servidão,
representam um planejamento inferior e não-libertador. Modernamente, estas
tiranias exógenas são mascaradas de todas as formas, sob títeres de todas as
colorações e até pela própria Democracia formal (o “fetiche do voto”), cuja
função é praticamente tão somente administrativa. Os homens lutam em suas
políticas, meramente pelo direito de morrer de pé ou deitado.
Existem, porém,
planejamentos também superiores, como aqueles que proporcionam as Escolas de
Iniciação aos indivíduos, ou que revelam os estadistas e os mestres para as
coletividades. Um sujeito e uma nação predestinados, estão sujeitos a um
programa profundo. Não raros os predestinados sofrem perseguições ou a ação das
forças da Fatalidade. Nestes casos, porém, muitas vezes também acontece a
interferência da Providência, a fim de resgatar os caminhos retos do Destino.
Tal como a
Fatalidade está relacionada aos interesses do corpo e da matéria, e a
Providência advém do plano do Espírito, o Destino está diretamente relacionado
à esfera da Alma. Assim, é pelo trabalho da Alma –que é basicamente o
auto-conhecimento-, do amor e do serviço à raça e à evolução geral, que o
iniciado contata aquilo que está diretamente relacionado a ele, tal como o seu
Mestre e a sua Alma-gêmea. Através da fidelidade ao Plano, seguindo o caminho
reto da Alma, ele alarga o caminho e abrange as restantes esferas,
transformando a esfera da Alma numa realidade plena e absoluta.
Podemos dizer que o
Destino é humano, a Providência é divina e a Fatalidade é diabólica.
Mas eis que as
forças das trevas ainda imperam na Terra, por isto aquele que deseja conquistar
a beleza do seu próprio Destino, e ainda auxiliar o planeta a fazer o mesmo,
deve se agarrar com todas as suas forças à Providência divina e seus
mensageiros. De certa forma, falta apenas um lance de esforços a ser feito pela
humanidade e por aqueles que sempre a orientam, no período chegado da Nova Era,
porque depois disto o planeta ascenderá em definitivo nas escalas vibratórias
do cosmos, através dos esforços realizados então.
Por detrás das questões de
ordem pessoal, existe sempre um Plano maior ao qual as pessoas conscientes
devem tratar de servir e pelo qual elas podem realmente crescer e evoluir. Este
Plano diz respeito ao destino racial, dentro do qual interage de forma
integrada o destino pessoal, uma vez que a palavra “destino” implica realmente
tal ordem de integração...
Há um Plano cósmico
de evolução em andamento, no qual as raças representam degraus de evolução. É
preciso, neste caso, conhecer a natureza de cada degrau. Ou seja, cabe a cada
raça saber qual a energia que ela deve trabalhar e desenvolver, pelo bem
próprio e da evolução Maior. Tais coisas são trazidas pelos Avatares pela
revelação da Lei, e administradas pelos Adeptos através da Ciência dos ciclos.
O novo Plano
evolutivo racial revelado, abre perspectivas finais para a humanidade, e a
coloca ante as suas maiores possibilidades de realização. Este Plano prevê, na
sequência da evolução humana, que a nova raça-raiz almeje e alcance a quarta
iniciação, relacionada ao centro do coração, reunindo conquistas como a
iluminação verdadeira e a imortalidade, assim como ao amor verdadeiro das
almas-gêmeas, trazendo assim realizações definitivas no céu e na terra, ademais
de unificar estas dimensões para preparar os ciclos futuros do mundo, rumo às
esferas supra-humanas e ascensionais de evolução, por assim dizer.
Ademais, não há muito mais
que inventar. Trata-se apenas de “recolocar a roda em movimento”. A estrutura
desta roda já o conhecemos: é o Budha, o Dharma (Lei) e a Sangha (comunidade),
dentro de cada período racial. E é também a disposição correta da vida, a
organização dos iniciados em mosteiros e comunidades para, a partir dali, a
nova luz ser capaz de transformar o mundo e renovar a face da terra.
Tempos de
renovações mais profundas, tal como o de implantação de uma nova raça-raiz
(como sucede a partir deste 2012), também podem demandar um êxodo urbano organizado
no rumo de novos territórios, para gerar uma nova sociedade sem a carga do
passado, e também capaz de se expandir e até de influenciar o seu meio sem
maiores interferências.
Tudo isto implica,
como sempre acontece nas fundações espirituais, em gerar comunidades-sementes
para cultuar as energias trazidas pelas novas revelações, e na medida do
possível ir integrando o ambiente circundante neste novo espírito, uma vez que
os servidores de Deus e do mundo entendem que as Ordens não podem permanecer isoladas
do mundo, ainda que devem se proteger e preservar do excesso de influências
mundanas.
De fato, existem desafios
suficientes na riqueza das novas perspectivas raciais, pois cada vez menos se
prevê a separação radical de homem e mulher, ou entre céu e terra. Estas fusões
trazem grandes desafios que exigem, mais do que nunca, a assistência dos
mestres e dos instrutores para trilhar este delicado caminho-do-meio...
Tudo começa, não
obstante, com a captação da Revelação, base da nova Dispensação espiritual da
raça, através é claro da identificação do revelador, do buda ou do messias, o
grande arauto da Nova Aliança entre o céu e a terra, o qual concentra as
energias da transição e traz para o mundo os arcanos das novas revelações.
Então toca estudar, praticar e difundir os Ensinamentos, que são efetivamente
para a humanidade, o próprio Caminho reencontrado da evolução ou o traçado
revelado do seu Mapa do Destino.
Os Novos Conhecimentos:
Naturalmente, a
experiência sagrada dos Mestres, aporta os mais elevados instrumentos para
compor o Mapa do Destino. O ser humano médio conhece um pouco destas coisas –a
Astrologia, por exemplo-, ainda que bastante distorcidas. Comparativamente, é
como se a informação que o homem comum tivesse fosse de ferro, e o conhecimento
dos mestres fosse de ouro.
De fato, existem
ciências inteiras, altamente iluminadas e esclarecedoras sobre as realidades
dimensionais, que o homem comum mal ouviu falar. Para dar um exemplo citado, na
Índia clássica se empregava a astrologia para verificar as compatibilidades
matrimoniais. Até certo ponto, tal coisa pode ser realmente de grande
utilidade, porém é necessário deter as chaves corretas para avaliar as
possibilidades que a Astrologia fornece, além de combiná-la com saberes afins,
como é em especial o caso da Geografia sagrada.
Quanto mais complexa é a
situação, mais ela demanda um planejamento. Naturalmente, a complexidade pode
ser determinada por nós, ou informada superiormente, e acatada ou não. Porém,
quando temos um quadro de cura ou de reconstrução em mãos, então pode realmente
ficar evidente a importância do planejamento, e seria esta situação vigente
durante a Idade de Ouro, quando o mundo necessita se recuperar do caos
materialista destruidor do Kali Yuga, e suas graves consequências
planetárias...
Eis que esta
necessidade também pode se revelar uma oportunidade, pois o processo de cura
muitas vezes se torna uma ocasião para a regeneração moral e a retomada de
contato com as forças espirituais. Nisto tudo, as informações e orientações
trazidas pelos mestres, pode se revelar algo realmente precioso e
insubstituível, tendo em vista a profundidade e a dinâmica necessária da
restauração.
Ciências e técnicas
precisas são daí oferecidas, programas e projetos iluminados são elaborados,
perspectivas e propostas luminosas são ofertadas. Dizem que o tempo dos deuses
é 360 vezes mais veloz que o dos homens, e nesta oportunidade o ser humano
percebe que necessita aproveitar a ocasião de avançar velozmente e resolve
entrar nesta carruagem de fogo, tendo como cocheiros os mestres iluminados.
As pequenas
orientações de auto-ajuda que hoje abundam nas livrarias, podem contribuir num
plano psicológico para auxiliar contra o carma cotidiano, mas não resolvem
realmente os problemas profundos e os dilemas da humanidade. As verdadeiras
realidades de Deus se encontram para além disto. Quem aceita evoluir em
passo-de-tartaruga por estes meios, está no seu direito, mesmo sabendo que o
ritmo da destruição é muito mais veloz... Porém aqueles que pretendem se
encontrar entre os eleitos, devem buscar as orientações diretas da revelação.
Assim também
acontecia nas Eras passadas do mundo. Quando a religião enfraquece, surgem os
psicólogos e os terapeutas que, não obstante, também têm o seu papel.
Mesmo a revelação
pode ser bastante indulgente em relação à humanidade, porque sabidamente os
mestres e os iniciados trabalham compensando as deficiências da maioria,
oferecendo a salvação através do tempo, e limitando a espiritualidade leiga a
uma frequência semanal nos templos e a observância de certa ética a ser
exercida na família, no trabalho e na sociedade, através de uma consagração
mínima da sua existência à Dispensação atual do mundo.
Mais uma vez, não
pretendemos reinventar a roda, apenas recolocá-la em movimento, de acordo às
novas tendências mundiais. Assim devem ser ensinadas as pessoas, adultos e
crianças, as novas metas raciais, preparando-se pois para contatar a alma-gêmea
e para alcançar a iluminação definitiva, de preferência nesta mesma vida, que é
a única na qual podemos apostar todas as fichas. A crença no além e no futuro,
deixa de ser cega na medida das realizações atuais, porém nada substitui a
estas, pois todo o resto sempre será simples conjecturas para alguém.
Como a dependência da fé é
inevitável para muitos, é preciso de início fincar solidamente as bases atuais
de realizações. Por isto é muito importante a observância do fulcro da
revelação, e buscar aquilo que de mais urgente e essencial existe para
implantar a nova Lei. O que inclui a formação de comunidades e mosteiros
voltados para o cultivo da nova revelação, onde se cultivem as suas energias
superiores, como bases para as novas escolas de iniciação e de iluminação.
Mais uma vez, valem
aqui as premissas do êxodo: “um novo espaço para um novo tempo”, e buscar
locais relativamente ermos e pouco condicionados pela velha ordem, seja ela
política, econômica, religiosa ou intelectual. Vale lembrar que, dentro do
processo da Conquista, houve este grande lance de procurar novos territórios
para afirmar as etapas emergentes da revelação espiritual.
O espiritualismo da
Alta Idade Média e do Renascentista, ligado a São Francisco e a Lutero, buscava
espaços para se expandir como civilização nova. Isto levou franciscanos e
luteranos a investir maciçamente no Novo Mundo. Juntamente vieram correntes
paralelas, como os judeus fugidos da Inquisição dispostos a fomentar as
repúblicas laicas e o capitalismo, e os jesuítas que protagonizavam não
obstante a Contra-Reforma, mas também afirmavam uma visão renascentista ou
moderna de mundo, a ponto de ter organizado o “sincretismo” das reduções
guaranis.
Pois pouco adianta
tentar ainda investir nas velhas revelações, porque o seu tempo já se
extinguiu.
A data profética de 2012,
representa um dos mais importantes marcos nesta direção. A espiritualidade
essencial, está diretamente vinculada à questão das raças-raízes, que recebe no
2012 um marco de precisão. As Eras zodiacais também definem uma mística
importante, porém difusa, universal e popular. Naturalmente, as duas coisas
podem convergir.
Tudo isto é válido,
e está em vigência nos nossos tempos. A Era de Aquário é uma realidade, embora
os seus marcos calendáricos não sejam tão precisos, porque entre eles está a
Parúsia ou a manifestação divina. Já é possível cultivar o conhecimento, a
fraternidade e a tecnologia. E a nova raça resgata e preserva as energias
psíquicas da iniciação ocidental, envolvendo como dissemos a busca do amor
perfeito e pela imortalidade d’alma. Que também eram os antigos Mistérios
Maiores da hierarquia atlante, os quais agora retornam, porém no plano racial
como Mistérios Menores.
Quem dentre as pessoas mais
conscientes, deseja afinal ainda ouvir falar de uma salvação baseada unicamente
na fé? Ou então, numa iluminação apenas parcial, baseada tão somente no
controle da mente –porque estes eram os limites da dispensação racial árya? As
pessoas querem hoje uma realização total e o cumprimento das profecias, querem
conhecer a imortalidade da alma e não apenas acreditar nela.
O espírito
científico aquariano se estende à espiritualidade, através do ocultismo prático
e da técnica esotérica, aos quais a Ciência mundana cada vez mais vem
corroborar. A técnica espiritual deve ser apurada, e para isto os saberes do
Oriente são importantes, muito embora haja muitas novidades, que seriam
comparativamente mais esotéricas e avançadas. Não se trata de negar o passado;
ele deve antes ser reciclado e aproveitado como base para as novas metas de
evolução.
O Mapa do Destino é
retraçado hoje para u’a humanidade sedenta de reconstrução, de vislumbrar os
horizontes de uma nova Criação, após verificado o caos de todas as coisas e
perceber que as melhores oportunidades estão, de longe, em embarcar nas asas do
pássaro sagrado da Hierarquia.
As naves redentoras que
alguns intuitivos entrevêem sendo comandadas pelos Mestres, são na verdade
doutrinas sagradas, porque é isto que estes veículos e ambientes (templos,
cidades) têm sempre representado nas profecias através dos tempos.
Da
obra “O Caminho”, LAWS.
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