7 de março de 2014

Mulheres Guerreiras da Maçonaria - Por Barbosa Nunes


Pela sua luta, pela importância fundamental na orientação cristã e educacional na formação da família, sustentação de milhares de lares com recursos de seus trabalhos, para a mulher um dia é muito pouco. Todos os dias e todas as noites estão em labor e preocupação permanente com os filhos. Lamentável é que o Dia Internacional da Mulher, historicamente nascido com sacrifício, tornou-se uma comemoração muito comercial e lembrada de ano em ano.


Assim avaliando, é que o Grande Oriente do Brasil teve a consciência de que a mulher é imprescindível à instituição, e instituiu em 1967 a Fraternidade Feminina Cruzeiro do Sul, associação paramaçônica, vinculada a uma ou mais, das 3 mil Lojas em todo o território nacional. São formadas por esposas de maçons, chamadas de “cunhadas”, sobrinhas e familiares. Tem grande representatividade e uma estrutura organizada em níveis federal, estaduais e municipais.


Se identificam por um uniforme padronizado, hino, bandeira e logomarca circular marcando trabalho interminável. No seu interior ramos de acácia, planta símbolo da maçonaria que representa segurança, clareza. Árvore da vida, que sob calor e sol, se enfraquece, mas após uma noite ressurge verde e forte. Também no interior do círculo, duas luvas brancas, na simbologia do trabalho e da pureza da mulher.


A Constelação do Cruzeiro do Sul é a mais famosa do Hemisfério Sul, no Brasil a mais conhecida entre as 87 que podemos ver da Terra, inspiradora da denominação Fraternidade Feminina Cruzeiro do Sul.



Essas Fraternidades trabalham em uma estrutura composta de diretoria nacional, diretorias estaduais e diretorias de Lojas, em planejamento regulamentado, com objetivos de desenvolver trabalhos de natureza cultural, promoção de debates sobre a luta das mulheres, encontros e seminários, conferências e outros eventos que valorizem a participação da mulher na comunidade social, nos setores cívicos e filantrópicos. Procuram promover o bem estar da família maçônica, incentivando a integração na comunidade, sempre apresentando por meio das Lojas, propostas de efetiva participação das mulheres e dos maçons, nas atividades comunitárias.


Entre os vários objetivos, principais são a defesa dos deveres básicos de amor à família, fidelidade e devotamento à Pátria, cumprimento da lei e dedicação à comunidade,  trabalho nobre e dignificante como direito inalienável, a livre manifestação do pensamento e a prática da tolerância, princípios basilares das relações humanas, respeitadas as ideologias e a dignidade de cada uma e a promoção do reconhecimento das prerrogativas relativas aos direitos universais da mulher.


São mais de 50 mil mulheres guerreiras no Grande Oriente do Brasil em todos os estados e a elas, o maçom deve oferecer consideração especial de amor, fidelidade e permanente apoio em suas iniciativas e trabalhos.


É este quadro nacional, marcado e atuante em todas as unidades da Federação que homenageio, identificando uma por uma, a partir das Fraternidades Estaduais, no presente momento presididas por estas mulheres guerreiras.


Verônica Rosálea Lopes Teles (Acre), 
Maria Aparecida Costa de Oliveira (Alagoas), 
Maria Lúcia da Silva Pires (Amapá), 
Maria da Graça de Miranda Sales (Amazonas), 
Lúcia Coelho Correia (Bahia), 
Marta Maria Rocha de Araújo (Ceará), 
Maria do Carmo M. de Oliveira Sales (Distrito Federal), 
Leila Rocha Induzzi (Espírito Santo), 
Janine Gomes de Gouveia Coelho (Goiás), 
Elvira Maria Aguiar Mendes (Maranhão), 
Vera Lúcia da Silva Bigio Tardin (Mato Grosso), 
Maria Elisa Cordenonsi Allegretti (Mato Grosso do Sul), 
Maria Aparecida Dante Cruz (Minas Gerais), 
Maria José Cavalcante Farias (Pará), 
Adeilda Poggi Lins de Oliveira (Paraíba);
Margaret Mussoi Luchetta Groff (Paraná), 
Maria do Carmo Cavalcanti Wanderley (Pernambuco), 
Sonia Maria Soares Barbosa de Sousa (Piauí), 
Sheila Molina Pinho (Rio de Janeiro), 
Maria da Guia Dantas Cunha (Rio Grande do Norte), 
Ivonilcy Pacheco Mandelli (Rio Grande do Sul), 
Marisa Leonardo de Araújo Lima da Silva (Rondônia), 
Mara Silva de Lima Gouvêa (Roraima),
Márcia Helena Blini Barbosa (Santa Catarina), 
Siomara Regina Dragoni da Costa (São Paulo), 
Valdinar Maciel de Santana (Sergipe); 
Maria do Carmo Souza Martins (Tocantins).


A elas estão ligadas as Fraternidades Femininas de todas as Lojas do Grande Oriente do Brasil. Na administração central, com registros, emissão de carteiras identificatórias e diplomas, encontra-se a diretoria nacional, que tem como presidente Flora Rios Mendes, vice presidente, Lígia Castro e Silva e diretora social, Vera Lúcia Brandão Barbosa, integrada na Secretaria Geral de Assuntos Paramaçônicos do Grande Oriente do Brasil, que tenho satisfação e alegria em conduzir, por missão recebida do Soberano Grão-Mestre Marcos José da Silva.


Concluo este artigo registrando o Hino da Fraternidade Feminina Cruzeiro do Sul, escolhido mediante concurso, quando presidia a Fraternidade Nacional, Márcia Rodrigues, com a participação de todos os estados. Enviada pela Fraternidade Feminina do Estado do Maranhão, pela presidente estadual à época, 2005, Leonília da Silva Lemos. Foi vencedor o hino com o título: “Estrelas Brilhantes”, letra e música de Heleudes Nazaré da Silva Bogéa.


“À noite ao surgir forma a cruz da união; Este símbolo imponente de estrelas que brilharão; São mulheres valentes com ideais de servir; Conquistando seu espaço renascendo e vivendo feliz. Vem cruzeiro, vem mostrar; Qual a nossa direção; Norte e Sul, Leste e Oeste; Todos na mesma união:


(Refrão) Cruzeiro do Sul faz brilhar a direção; Leva contigo o meu coração; Torna possível a luz do servir; Faz o amor ressurgir.


E quando na manhã; A luz possa apagar; O grande Deus faz brilhar; O sol do novo viver; E na escuridão, sei que você vai nascer; Dando esperança de um novo renascer”.


TFA
Ir.´. Daniel Martina
ARLS Orvalho de Hermon 2966 - GOB-GOSP

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