7 de junho de 2012

Os Sete Corpos da Anatomia Oculta:


O Conhecimento Oculto afirma que o Homem é potencialmente a criação mais maravilhosa e complexa que Deus criou no universo. Dentro de nós manifestam-se todas as leis cósmicas, todos os princípios elementais e todos os anseios de autorrealização da Mãe Natureza. As virtudes mais sublimes e o fôlego da Eternidade suspiram em nossos ouvidos tentando nos relembrar de nossas Origens. Apesar de nosso corpo físico ser uma das obras primas da natureza, ele é apenas uma pequena peça de um todo muitíssimo mais fantástico e complexo.

Os sete Arcanjos da Presença vibram no mais profundo da Alma na forma de átomos de Amor, Poder e Vida em nossas sete igrejas apocalípticas (os Chacras). A santa Fraternidade Branca interna ressoa nos átomos mais sublimes de nosso cérebro. A ternura onipotente da Mãe Divina ilumina cada célula de nosso coração. E o que dizer de nossos íntimos elementais atômicos? Os gnomos internos de nossos ossos e músculos, as ondinas do sangue e líquidos sexuais, os silfos trabalhando intensamente em nossos ares vitais (pulmões, pensamentos etc.) e as salamandras atômicas, dando-nos aquela sensação de calor e ânimo de viver.

Um grande mago moderno, dr. Jorge Adoum (Adonai), dizia que o ser humano é um rei da natureza, porém, um rei sem cetro, cujo reino ainda espera ansioso para ser domado.


O CORPO FÍSICO

É o nosso veículo da terceira dimensão de natureza celular. Ele é necessário para o trabalho esotérico. Aqui é onde devemos por as nossas bases. Sem ele não seria possível iniciarmos o trabalho sobre nós mesmos. Lembremos que as bases do trabalho são os três fatores de revolução da consciência, assim como o Nosso Senhor, Jesus Cristo, nos ensinou. Quero me referir ao morrer, nascer e sacrifício pela humanidade. Na terminologia cristã: ’negue-se a si mesmo, carregue a sua cruz e siga-me’.


CORPO VITAL

Também possuímos um corpo vital, de constituição termo-elétrica. Ele tem a mesma forma e envolve todas as células do corpo físico. É o lingan-sarira o oriente, ou fundo vital. É a aura que muitos vêem.
Ele é composto por quatro éteres:
 
- Éter da Vida: Responsável pelos nossos processos de reprodução;

- Éter Químico: Possibilita os processos orgânicos e bioquímicos do nosso organismo;

- Éter Luminoso: É o calor do nosso corpo. Também nos possibilitam ao corpo físico as percepções sensoriais e extrasensoriais (acesso à quarta dimensão, telepatia, clarividência, etc.)

- Éter Refletor: Imaginação e vontade.


Sobre esse tema há um pormenor de ordem prática quer devemos elucidar. Certas pessoas tem dificuldades em trazer para o corpo físico as recordações dos sonhos, ou do ocorrido conscientemente na quinta dimensão. Isso se deve a uma pequena desordem no corpo vital. Como já ensinamos, a chave para se trazer as recordações do mundo astral é permanecer imóvel na cama ao acordar e ir intencionalmente lembrando os sonhos. Acontece que mesmo assim algumas pessoas tem dificuldades. Então, para essas pessoas, pois não lhes trabalham bem a ‘donzela das recordações’, devem fazer uma breve e singela oração ao Pai que está em secreto, para que tire de seu corpo nos momentos do sono a ‘donzela das recordações’, ordenando a ela que traga para o corpo físico as lembranças de tudo que ocorreu no mundo astral.

De tudo que ocorre nos momentos do sono podemos tirar informações para o nosso trabalho interior. Assim, devemos nos esforçar para trazer as recordações cada vez mais completas.


CORPO ASTRAL

É o nosso veículo de manifestação da 5ª dimensão. Na verdade, devido ao nosso atual estado de degeneração psíquica, somente possuímos um pseudo-corpo astral. Ou seja, o nosso corpo astral é como um espectro, não está completamente formado. Vamos detalhar um pouco mais esta questão. O fato é que hoje em dia este veículo está a serviço dos ‘eus’. E é justamente esta a questão. Não possuímos um corpo único de emoções, ou seja, não tem individualidade, pois ora deixamos um ego tomar conta de nossa máquina, ora outro. Muitas das nossas emoções são inconscientes e subconscientes. Negativas em geral. Somos seres sentimentalóides.

 Um Mestre que possua o verdadeiro corpo astral, o eidolon de Paracelso, o fabricou conscientemente e isso nós o podemos fazer utilizando a mesma energia com que fomos criados. Quero me referir à energia sexual. Assim, é do excedente da energia sexual transmutada que nós fabricamos o corpo astral individual, o qual serve à consciência, à essência, à alma. Isso o detalharemos nos capítulos que versam sobre magia sexual, o segundo fator de revolução da consciência, ou seja, o ‘nascer’.

Com o eidolon nos tornamos imortais na quinta dimensão. Conseguiremos vivenciar, enfim, as emoções mais divinas com que foram compostas algumas das grandes obras de arte, compreenderemos a compaixão e estaremos bem próximos do amor verdadeiro. Conquistaremos, também, o direito de realizar viagem astral conscientemente e de maneira positiva. Isso não quer dizer que não consigamos o desdobramento astral com nosso corpo espectral. O fato de não termos fabricado o eidolon nesta vida, nem em vida anteriores apenas nos limita as experiências vividas no mundo astral. 

Ou seja, não podemos adentrar em todos os templos sagrados. Nosso percepção geralmente sofre a desastrosa interpretação do ‘eu’, o qual traduz tudo através de sua velha maneira tosca e limitada de ver as coisas. Sem mencionar ainda o que há de mais desastroso: a fantasia e o desejo. Lembremos que alma é o silêncio mais inefável que pudermos encontrar dentro de nós mesmos e que a tudo permeia; lembremos, ainda, que a mente deve ser fluídica e intuitiva, captando a verdade das coisas de modo direto e não indutivo. Mas essas questões da mente são um assunto para o nosso próximo corpo…


CORPO MENTAL

Também é um veículo de expressão que está metido na Quinta Dimensão da Natureza.

Assim como acontece com o corpo astral, não o possuímos. Temos que fabricá-lo. Hoje em dia, devido ao nosso estado de consciência, possuímos apenas uma legião de corpos das mais diferentes formas, os quais caracterizam o modo tosco, selvagem e mesquinho de pensar dos nossos agregados psicológicos.

O corpo mental é um veículo que está embutido no corpo astral. Para se fazer o desdobramento mental, bastar se estar consciente na quinta dimensão, através do desdobramento astral, conforme ensinamos em lições precedentes, e fazer um movimento como que tirando algo de cima de si, dando uma ordem resoluta ao corpo astral: – corpo astral, sai de mim! Nestes instantes ficam os dois corpos frente a frente e podem conversar. É aí que nos damos conta que não temos um corpo mental individual, pois surgem uma legião completa, estes com aparência de homens, aqueles com formas de animais, estoutros com formas de bestas demoníacas. Essas são as formas das nossas maneiras inconscientes, subconscientes e infraconscientes de pensar. Leia-se o livro ‘A águia rebelde’ do V.M. Rabolú, para mais informações sobre o desdobramento mental.

O corpo mental se o fabricamos do mesmo modo como mencionamos acima, em referência ao corpo astral. Acrescentamos apenas que o excedente energético a que nos referimos, está relacionado com a serpente a qual estivermos levantando. Ou seja, o excedente da terceira serpente de fogo (ou Kundalini do mundo astral) criará o eidolon, e assim sucessivamente. Essas são as roupas de bodas mencionadas pelo ‘Apocalipse de São João’. Aquele que fabricou o corpo mental vence a morte. Poderá escolher onde e quando nascerá para terminar o seu trabalho, por exemplo. Entre outras maravilhas…

Quero abrir um pequeno parêntese agora, para mencionar que algumas pessoas podem já ter criado os corpos astral e mental em vidas anteriores, até um tanto remotas, mas por terem caído novamente em pecado perderam a consciência deles e de tudo o mais, porém, em virtude de tê-los criado, podem ter extrema facilidade em realizar o desdobramento astral. Na quinta dimensão essas pessoas virão um corpo luminoso, maravilhoso, muito além do espectral, comum e corrente. Essas pessoas infelizmente devem refazer o trabalho desde o início para readquirirem os direitos e poderes perdidos, entre eles o da imortalidade.

Senhores e senhoras, estes são os quatro corpos de pecado, pois servem de veículos de manifestação da nossa legião de defeitos. São os acima mencionados corpos físico, vital, astral e mental. Para se liberar esses corpos, passando sua expressão para a consciência livre, bem como para se fabricar os corpos de bodas da alma, ou seja, o corpo astral e mental individuais é necessário se trabalhar intensamente com os três fatores de revolução da consciência: morrer, nascer e sacrifício pela humanidade. Para que algo nasça, tem que ter morrido primeiro. Para se aprender a amar, temos que nos desegoistizar.

Os outros três corpos que o homem possui estão além dos defeitos. Ou seja, eles não servem de veículos de manifestação para o eu. São os corpos Causal, Budhico e Átmico.


CORPO CAUSAL

Como já dissemos anteriormente, o corpo causal está além dos defeitos psicológicos que caracterizam o mim mesmo. Ele é um veículo de expressão da sexta dimensão. Assim como acontece com os corpos astral e mental, nós não possuímos o corpo da vontade-consciência. Necessitamos fabricá-lo através do três fatores de revolução da consciência, em especial a Alquimia, a magia sexual, o segundo fator nascer.

Aquele que logra fabricar seu corpo causal solar torna-se um homem-autêntico perante as Hierarquias. Antes, ou seja, no nosso estado de consciência atual, somos apenas homúnculos racionais, meras vítimas das circunstâncias. Não somos capazes de criar conscientemente circunstancias favoráveis para nós mesmos. Deixamos apenas o ego satisfazer os seus desejos sem fim. Como disse o Buda ’temos que eliminar até a sombra dos nossos desejos’. É urgente que nos conscientizemos da necessidade premente de eliminarmos nossos defeitos psicológicos, egos, criações diabólicas até a raiz, para que nos tornemos dignos e donos de nossos processos psicológicos. Mas antes temos que entende-los e isso é o que vamos ensinar em lições futuras: a observar, analisar, julgar e eliminar o ego animal. Ensinaremos ainda como nos aproximarmos e conhecermos nossas partes superiores. Notem que a morte do ego animal toca a parte baixa de nosso ser e a Meditação toca a parte Divina, o próprio Ser.

Essa prática que vamos ensinar agora é para se chegar a conhecer o Pai Íntimo, que cada um possui o seu, dentro de nós mesmos. Deitados em confortável posição e local, longe da agitação do mundo, relaxamos bem o corpo e passamos a nos concentrar em nosso corpo físico. Coloquemos nossos cinco sentidos e mente no corpo físico. Imaginemos sua constituição, principais órgãos, etc. Lembremos que imaginar é ver. Depois falamos para nós mesmos: ‘eu não sou esse corpo físico’ e em seguida passemos a nos concentrar em nosso corpo vital. Tratemos de perceber ele dentro da gente. Imaginamos seu brilho, seus principais vórtices de energia, etc. lembremos que concentração é ter na mente apenas um pensamento. Depois dizemos para nós mesmos: ‘eu não sou esse corpo vital’. E passamos a fazer uma perfeita concentração no nosso corpo de emoções. Em seguida no nosso corpo mental. Depois no nosso corpo de vontade e assim como os demais terminamos dizendo: ‘eu não sou a vontade, eu não sou esse corpo de vontade’. Posteriormente passamos a nos identificar com a consciência. Nesse estágio já estaremos na sexta dimensão. Aí diremos: ’eu não sou essa consciência, eu sou Ele, Ele, Ele!’.


CORPO BUDHICO 

O Corpo Budhico, ou Intuicional é mais um veículo de expressão da sexta dimensão da natureza. Porém ele é um veículo de expressão do nosso Ser.

Explicando o dito logo acima, é conveniente agora que lembremos do termo latim religare, de onde saiu a palavra religião e seus derivados. O fim último da grande obra é que nos religuemos com o nosso Real Ser Íntimo. No estado atual de consciência estamos desligados, desconectados do Pai que está em secreto. Dizem os grandes mestres que Ele é como um fogo Divinal que flameja incessantemente no âmago de Budhi. Ela é como um fino cristal divinal; Ela é a forma, a segunda energia do Cosmos. O amor incondicional. Nossa Divina Mãe.

Nós somos um aposento com lâmpada, mas, não obstante, sem luz, pela simples razão que está desconectada. Por isso carecemos de iluminação. A luz da consciência não penetrou jamais em nosso mundo interior. Assim, não é de admirar que não nos conheçamos, que não conheçamos o nosso ego, que não conheçamos, tampouco, as nossas partes divinas.

Não possuímos intuição. A intuição é o meio de comunicação com Deus. É a maneira de ouvir a “Voz do Silêncio” de Blavatisk. Aquele que possui a verdadeira intuição é capaz de, por exemplo, chegar a encontrar uma pessoa numa grande cidade sem ter o endereço dela, entre outras maravilhas.

as, o principal a respeito da Intuição é podermos fazer a vontade do Pai. “Seja feita a Sua vontade assim na terra como nos céus”. Como poderemos fazer a vontade do Pai, se não sabemos ouvi-lo? Como poderemos deixar de acumular carma sobre carma sem sabermos os caminhos verdadeiros do Pai?

Saibamos de uma vez que um dos maiores impedimentos para a desenvolvimento da Intuição é a mente. Futuramente desenvolveremos melhor esse tema, por hora urge dizer que a mente interrompe a comunicação com a parte Superior de nosso Ser. A mente na verdade era para ser um instrumento para servir à consciência. Mas, para a atual geração degenerada que participamos, esse instrumento foi endeusado, passando costumeiramente a ser uma ferramenta ativa que interpreta a tudo e nos impede de ver a verdade, de ver o novo. O novo, a verdade, a intuição somente aparecem quando os processos do pensar se calam e a consciência pode penetrar a tudo, capturando a verdade em pleno movimento. Com o exercício que acima passamos será possível calar os processos da mente. Durante a meditação não é que colocamos a mente no vazio, como alguns dizem, mas, sim, silenciamos os processos do pensar e aprendemos a trabalhar com a consciência. Porém, Deus, está ainda mais além da consciência. Apenas aqueles que o vivenciam sabem o que é sentir Deus dentro.


CORPO ÁTMICO:

É um veículo que possuímos, mas assim como o corpo Budhico está desconectado de nós. È mais um veículo de expressão do Íntimo, do Pai que está em secreto, nosso real Ser. Como acima dissemos, temos que aprender a fazer a vontade do Pai. Hoje em dia apenas satisfazemos os desejos dos egos. Não possuímos uma vontade única e verdadeira. Se analisarmos friamente as coisas como acontecem de fato dentro de nós mesmos através da auto-observação, nos daremos conta que são os desejos que nos impulsionam, quando deveria ser a consciência livre e sapiente das conseqüências de nossos atos quem deveria empunhar a vontade. A vontade é um poder terrível que o homem nem sequer imagina ter. Os desejos escravizam, a vontade nos torna livres. Deus está mais além. Ele é um mistério que urge ser vivenciado. Não há palavras para descrevê-lo.

Com o trabalho dos três fatores de revolução da consciência regeneramos o corpo físico, revitalizamos o vital, construímos os corpos astral, mental e causal e nos religamos com nossa Mãe e nosso Pai Íntimos.





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