Os
métodos de cura com as mãos ganham cada vez mais adeptos no Brasil e já começam
a ser aceitos como complementação eficiente ao tratamento médico convencional.
Para
o químico industrial Gilberto Alcoba Marques, de 47 anos, o tratamento com
passes foi mais do que uma simples tentativa de cura. Espírita há vinte e cinco
anos, ex- fumante inveterado, Gilberto era o que ele mesmo classificou de
“papa-passes” típico. Ou seja, aquela pessoa que conhece a doutrina, mas sem
grandes aprofundamentos, e apenas procura o bem-estar proporcionado pelos
passes em centros espíritas. Até que, por volta de dez anos atrás, durante
exames de rotina, veio a notícia: Gilberto tinha um tumor na garganta. Após
passar pela orientação do centro espírita que freqüentava, foi encaminhado a um
tratamento com passe do tipo P3A. Enquanto isso era acompanhado de perto pelo
tratamento médico convencional, tomando medicamentos e fazendo periódicos
exames de reavaliação. Um ano após os dois tratamentos, com medicina
tradicional e passes, a surpresa: o tumor havia desaparecido.
Em
outra área da medicina – a das doenças mentais –, projetos pioneiros que aliam
ciência e espiritualidade vêm merecendo atenção redobrada. Nas Casas André
Luiz, tem sido acompanhada a evolução de 650 pacientes submetidos aos
tratamentos espirituais. Os resultados devem sair em janeiro do próximo ano.
Para o diretor técnico e clínico da instituição, o psiquiatra Frederico Leão,
“a proposta é exatamente mostrar que as revelações e os conceitos da teoria
espírita são demonstráveis do ponto de vista científico. É possível a terapia
espiritual andar de mãos dadas com a ciência,o que traz benefícios
complementares ao tratamento convencional”.
A
aplicação de passes, sempre precedida de uma preleção do Evangelho, é,
geralmente, o primeiro contato de ordem prática que se tem dentro de um centro
espírita kardecista. Era praticado por Jesus e, no kardecismo, exige quatro
anos de preparação. “O passe nada mais é senão a concentração de energias que o
médium capta do cosmos, de entidades espirituais superiores e de si mesmo”,
explica William Jones, presidente da Instituição Espírita Seara Bendita. Fundada
em 1951, por José Klors Werneck, a Seara atende cerca de vinte e cinco mil
pessoas por mês.
Ao
passar pelo setor de orientação, o indivíduo ganha uma pequena ficha, na qual
são prescritos os tipos de passe que deverá tomar e por quanto tempo. O público
em geral não entende o que significam tantos números e letras: A2, P3C, P4.
Trata-se de uma padronização efetivada pela Federação Espírita do Estado de São
Paulo (FEESP), que classifica os tipos de passe adequados a cada enfermidade,
física ou espiritual. Eles são de dois tipos básicos: o magnético, em que é
utilizado fluido do ser humano aplicador; e o espiritual, vindo de entidades
desencarnadas evoluídas, capazes de emitir fluidos mais puros e com maior poder
curativo. E o que sente um médium que aplica passes? A maioria dos
entrevistados revelou o aquecimento das mãos como sensação principal.
Como
Agem os Passes?
O perispírito possui centros de recepção de energia ligados ao corpo físico através dos plexos, que, por sua vez, são terminações nervosas ligadas aos diversos sistemas que fazem o organismo funcionar. Energias deletérias vindas do ambiente, de pessoas encarnadas ou desencarnadas ou do próprio corpo mental do indivíduo (pensamentos negativos), podem desequilibrar essas energias, trazendo doenças no plano mental ou físico. O passe pode reequilibrar esses centros de força através da aplicação de fluidos saudáveis.
O perispírito possui centros de recepção de energia ligados ao corpo físico através dos plexos, que, por sua vez, são terminações nervosas ligadas aos diversos sistemas que fazem o organismo funcionar. Energias deletérias vindas do ambiente, de pessoas encarnadas ou desencarnadas ou do próprio corpo mental do indivíduo (pensamentos negativos), podem desequilibrar essas energias, trazendo doenças no plano mental ou físico. O passe pode reequilibrar esses centros de força através da aplicação de fluidos saudáveis.
Alguns
fatores parecem ser primordiais na eficácia do tratamento com passes: a fé, a
busca pela elevação moral e o aspecto psicológico. Para o psiquiatra Franklin
Ribeiro, dirigente do Centro Espírita João Evangelista, no qual trabalha há
dezenove anos, o relacionamento que se estabelece entre aquele que procura a
casa espírita e os que o acolhem se assemelha ao relacionamento mãe-bebê.
Em
Missionários da Luz, André Luiz recebe esclarecimentos que definem uma mulher
doente que recebe o passe “como a criança frágil sequiosa do carinho materno”.
Também Herculano Pires, em Obsessão, Passe e Doutrinação, destaca: “O efeito
psicológico resulta dos estímulos provocados no paciente por sua presença num
ambiente de pessoas interessadas em ajudá-lo, o que lhe desperta sensação de
segurança e confiança em si mesmo”. O dr. Franklin completa: “A minha crença, a
crença da pessoa de que aquilo vai funcionar, cria a ligação, e isso a ciência
reconhece. Está criado o vínculo entre o passista e o receptor. E, a partir
daí, estando a pessoa conectada a uma fonte adequada, a imposição de mãos vai
determinar a passagem de energia”. Para ele, a fé é elemento primordial na
cura, não importando a que religião pertença o indivíduo.
O
dr. Franklin Ribeiro é presidente do Comitê de Medicina Psicossomática da
Associação Paulista de Medicina e membro do Núcleo de Estudos e Pesquisas do
Espírito e Religião (NEPER), do Instituto de Psiquiatria da USP, que foi criado
em 1998.
Obstinado,
o dr.Franklin Ribeiro informa que o preconceito da ciência em relação aos
tratamentos espirituais está sendo vencido. O NEPER se reúne a cada quinze dias
no Hospital das Clínicas, em São Paulo, apresentando estudos, teses e debatendo
curas espirituais e fenômenos mediúnicos. “O momento é propício para que haja
essa aliança entre ciência e espiritualidade, porque nós estamos vivendo uma
época em que o materialismo precisa de um contraponto, para que se possa manter
o equilíbrio entre os seres humanos”, analisa. “Como médico psiquiatra, o que
observei é que o que funciona é a associação entre: abordagem biológica,
farmacológica, psicológica e espiritual, sendo que todas elas se complementam.
Em nenhum momento se excluem”.
Entre
Dois Mundos
Muita gente não sabe, mas as técnicas de cura via passe utilizadas no kardecismo têm alguns pontos em comum com outros tipos de cura de origem oriental, que fazem uma convergência entre dois mundos: Ocidente e Oriente. Na base de todas as curas orientais, estão as ciências esotéricas e antigas escrituras em sânscrito encontradas na Índia, China, Japão e Tibete, que remontam a mais de cinco mil anos. O fluido universal é o mesmo.
São conhecidas no Brasil como “terapias alternativas”. O National Institute of Health, entidade ligada ao governo americano, faz importante distinção entre terapias alternativas e terapias complementares. Lá, o termo “alternativo” é dado aos tratamentos que, supostamente, substituiriam o tratamento médico, o que representa um risco. Já a terapia dita “complementar” é aquela que anda paralelamente ao caminho médico convencional. É vista como salutar na prevenção, na recuperação ou na melhoria das condições de vida dos doentes. O uso corrente do termo “alternativo” como vem sendo feito no Brasil seria, portanto, inadequado.
Muita gente não sabe, mas as técnicas de cura via passe utilizadas no kardecismo têm alguns pontos em comum com outros tipos de cura de origem oriental, que fazem uma convergência entre dois mundos: Ocidente e Oriente. Na base de todas as curas orientais, estão as ciências esotéricas e antigas escrituras em sânscrito encontradas na Índia, China, Japão e Tibete, que remontam a mais de cinco mil anos. O fluido universal é o mesmo.
São conhecidas no Brasil como “terapias alternativas”. O National Institute of Health, entidade ligada ao governo americano, faz importante distinção entre terapias alternativas e terapias complementares. Lá, o termo “alternativo” é dado aos tratamentos que, supostamente, substituiriam o tratamento médico, o que representa um risco. Já a terapia dita “complementar” é aquela que anda paralelamente ao caminho médico convencional. É vista como salutar na prevenção, na recuperação ou na melhoria das condições de vida dos doentes. O uso corrente do termo “alternativo” como vem sendo feito no Brasil seria, portanto, inadequado.
Entre
as práticas complementares indicadas por aquele instituto estariam o reiki, a
cura prânica e o johrei, que também se valem do uso e manipulação do chamado “fluido
vital” ou “campo magnético” citado pelo autor espírita Salvador Gentile no
livro Passe Magnético – Fundamentos e Aplicação.
E as semelhanças de conceito não param por aí. Assim como na cura prânica, os passes espíritas atuam sobre os chamados “centros de força”, conhecidos na literatura hindu como chacras, localizados no perispírito. No livro Entre a Terra e o Céu, o autor André Luiz sublinha a importância desses centros de força, que são como usinas de recepção e armazenamento de energia espiritual, ligados ao corpo físico por terminações nervosas denominadas plexos. E explica: “(…) Vibrando em sintonia uns com os outros, ao influxo do poder diretriz da mente, estes centros estabelecem para nosso uso um veículo de células elétricas, que podemos definir como um campo eletromagnético, no qual o pensamento vibra em circuito fechado”. Na mesma obra, André Luiz exemplifica o chacra coronário, situado no alto da cabeça, que “na Terra é considerado pela filosofia hindu como sendo o lótus de mil pétalas, por ser o mais significativo em razão de seu alto poder de radiações”.
E as semelhanças de conceito não param por aí. Assim como na cura prânica, os passes espíritas atuam sobre os chamados “centros de força”, conhecidos na literatura hindu como chacras, localizados no perispírito. No livro Entre a Terra e o Céu, o autor André Luiz sublinha a importância desses centros de força, que são como usinas de recepção e armazenamento de energia espiritual, ligados ao corpo físico por terminações nervosas denominadas plexos. E explica: “(…) Vibrando em sintonia uns com os outros, ao influxo do poder diretriz da mente, estes centros estabelecem para nosso uso um veículo de células elétricas, que podemos definir como um campo eletromagnético, no qual o pensamento vibra em circuito fechado”. Na mesma obra, André Luiz exemplifica o chacra coronário, situado no alto da cabeça, que “na Terra é considerado pela filosofia hindu como sendo o lótus de mil pétalas, por ser o mais significativo em razão de seu alto poder de radiações”.
O
médico psicoterapeuta e curador prânico, Maurício Angelicola, não se
surpreende. E vai além: o mestre Choa Kok Sui, que codificou e sintetizou a
cura prânica trazendo-a para o Ocidente em 1987, recomenda a leitura de Allan
Kardec como fonte segura de reforma íntima e elevação espiritual. A principal
diferença, no entanto, é que a cura prânica não utiliza a energia de entidades
superiores desencarnadas. Ela apenas os invoca para proteção do ambiente.
“É inadmissível que um curador prânico não se preocupe com sua própria elevação moral e espiritual, a reforma íntima, essencial também no Espiritismo”, alerta o dr. Maurício, que já deu cursos sobre a técnica para alguns grupos espíritas. “Posso dizer que eles são um segmento que têm muito preparo, têm embasamento teórico e ético”. Outro ponto em comum com o kardecismo é que a cura prânica leva em conta o carma. Em alguns casos, a cura total não é permitida pelo plano espiritual, pois faz parte da evolução do espírito. No entanto, é possível minimizar o sofrimento do doente. “Lidei com alguns doentes de câncer que não puderam se curar, mas através da cura prânica não sofreram os efeitos colaterais da quimioterapia. Mesmo não tendo esperança de sobreviver fisicamente, tiveram uma melhora em sua qualidade de vida”, explica.
“É inadmissível que um curador prânico não se preocupe com sua própria elevação moral e espiritual, a reforma íntima, essencial também no Espiritismo”, alerta o dr. Maurício, que já deu cursos sobre a técnica para alguns grupos espíritas. “Posso dizer que eles são um segmento que têm muito preparo, têm embasamento teórico e ético”. Outro ponto em comum com o kardecismo é que a cura prânica leva em conta o carma. Em alguns casos, a cura total não é permitida pelo plano espiritual, pois faz parte da evolução do espírito. No entanto, é possível minimizar o sofrimento do doente. “Lidei com alguns doentes de câncer que não puderam se curar, mas através da cura prânica não sofreram os efeitos colaterais da quimioterapia. Mesmo não tendo esperança de sobreviver fisicamente, tiveram uma melhora em sua qualidade de vida”, explica.
Para
William Jones, com exceção de casos raros, é impossível curar doenças do carma,
pois isto iria contra as Leis Divinas. “Isso tiraria a prova pela qual aquele
espírito tem que passar e atrasaria sua expiação. O perispírito, que sobrevive
à morte física, é como uma fita magnética em que estão gravados todos os
registros das encarnações anteriores. Se um indivíduo fumou demais numa
encarnação, pode reencarnar com problemas como bronquite asmática. Isso é,
então, uma conseqüência de seus atos anteriores. É uma prova que lhe vai trazer
aprendizado. Para isso não há cura, mas pode ser amenizado através do
tratamento espiritual, se houver merecimento”, ensina.
Segundo
o dr. Maurício Angelicola, são onze os chacras mais importantes. Eles
necessitam de limpeza, energização, e são centros de força que contêm pétalas,
raízes, ramificações, teias de proteção, formatação, velocidade, coloração e
possibilidade de apresentar excesso ou falta de energia. O fluido é chamado de
prana, e a técnica consiste em fracionar ou manipular esse fluido universal em
matizes específicos, pois cada um dos chacras tem conexão com as glândulas
endócrinas e com os sistemas nervoso, circulatório, respiratório, digestivo,
etc. Para Angelicola, tal preocupação com a limpeza e o detalhamento das
características energéticas de cada chacra, fazem da cura prânica uma das
técnicas mais seguras como tratamento coadjuvante à medicina. À semelhança dos
médiuns preparados no kardecismo em instituições idôneas, os curadores prânicos
têm de ser saudáveis, não-promíscuos, éticos e devem se abster de vícios como o
álcool e o fumo. E são, obrigatoriamente, vegetarianos.
Reiki
e Johrei
A preocupação em relação aos hábitos perniciosos e a não-utilização de seres desencarnados nas emissões de fluidos também são a tônica entre os canalizadores de outro tipo de cura com as mãos, o reiki. Segundo Gilberto Falchi, mestre reiki do Tradicional Sistema Usui, e membro da Reiki Alliance, a utilização desse método remove pouco a pouco a vontade de consumir carne vermelha, álcool e outros elementos considerados tóxicos pela maioria das filosofias espiritualistas. “Reiki é transformação, vai na causa, eleva a energia, muda valores”, diz ele. Atua no nível celular, metabólico e imunológico, despertando um processo de autocura.
A preocupação em relação aos hábitos perniciosos e a não-utilização de seres desencarnados nas emissões de fluidos também são a tônica entre os canalizadores de outro tipo de cura com as mãos, o reiki. Segundo Gilberto Falchi, mestre reiki do Tradicional Sistema Usui, e membro da Reiki Alliance, a utilização desse método remove pouco a pouco a vontade de consumir carne vermelha, álcool e outros elementos considerados tóxicos pela maioria das filosofias espiritualistas. “Reiki é transformação, vai na causa, eleva a energia, muda valores”, diz ele. Atua no nível celular, metabólico e imunológico, despertando um processo de autocura.
Também leva em conta as
doenças cármicas. Na gravidez, acalma mãe e bebê. Enquanto na cura prânica as
aplicações de energia universal são feitas nos chacras e, como nos passes, sem
tocar o paciente, o reiki age tocando os seguintes pontos: olhos, têmporas,
atrás da cabeça, alto da nuca e peito; altura do estômago, umbigo, abaixo
deste, virilha; nas costas, escápula, pulmão, rins e região glútea. São cinco
minutos em cada ponto, num total de uma hora (escola tradicional).
Diferentemente do passe espírita, que indica uma sessão por semana, o reiki age
em terapias compostas por, no mínimo, quatro sessões seguidas, e pode ser
aplicado em qualquer lugar por um canalizador. Eis uma diferença crucial
também: o passe espírita só deve ser utilizado dentro da instituição espírita,
por questão de segurança.
De
acordo com Falchi, como a energia cósmica do reiki é pura, ela por si só já
higieniza o ambiente e o aplicador. E só flui através de canalizadores que têm
o amor e a ética como princípios de conduta. “Por ser uma energia divina, ela
não vai se chocar com nenhuma religião, crença ou técnicas. Pelo contrário,
conheço espíritas que acreditam que o passe espírita conjugado a uma terapia
reiki acelera a resposta do organismo.
O reiki aumenta a imunidade natural”. A
psicóloga e terapeuta reiki, Valéria Silva de Morais, concorda. Valéria
trabalhou durante um ano no Projeto Esperança, dirigido pela Rai Association,
com sede na Suíça. O projeto atua na Igreja Santa Edwiges, atendendo moradores
da favela Heliópolis, de São Paulo, portadores do vírus HIV. “Percebemos que
durante o primeiro ano em que receberam reiki, a carga viral dos aidéticos
diminuiu, aumentando a imunidade, com diminuição drástica de doenças
oportunistas. Acredito muito no reiki como uma ferramenta de prevenção”.
Para
ser um canalizador de reiki é preciso fazer cursos de iniciação. Gilberto
Falchi recomenda o sistema original, clássico, que exige quatro iniciações. E
conclui: “Ninguém cura ninguém. O canalizador de reiki é portador de uma
ferramenta e a disponibiliza para as pessoas”.
Canalizar
a energia vital do universo através das mãos também é o princípio de outra
técnica, o Johrei. Ao contrário do reiki e da cura prânica, carrega em sim um
conceito religioso, “que tem no espiritualismo e no altruísmo as bases
essenciais para a concretização de um mundo ideal”. Seu codificador, Mokiti
Okada, fundou a Igreja Messiânica Mundial em 1935, no Japão. No Brasil, a
Igreja Messiânica chegou em 1955.
Objeto de pesquisas na Universidade de
Colúmbia, nos Estados Unidos, a terapia Johrei demonstrou ser capaz de
revitalizar as células NK, responsáveis pela defesa do corpo humano. Após uma
oração inicial, em que se coloca como instrumento divino, o ministrante, como é
chamado o canalizador, aplica a energia em sessão que dura de dez a trinta
minutos. Ambos ficam sentados frente a frente.Não há toque: a distância entre o
ministrante e o receptor é de trinta centímetros a um metro. Não é utilizada
energia humana. Pode ser aplicada em qualquer lugar e também à distância. Para
ser canalizador de Johrei é necessário um curso e a convicção de querer servir
ao próximo. Após o curso, o ministrante recebe o ohikari,medalha que deve ser
carregada até a altura do plexo solar, através do qual se canaliza a energia.
A
Sutil Sukyo Mahikari
Ainda no rol das terapias orientais, a Arte Mahikari merece um capítulo à parte. Fundada no Japão em 1959, pelo mestre Kotama Okada, a Mahikari emprega a energia cósmica através das mãos, denominando-a “Luz da verdade”. Esta energia, também para eles, provém de Deus e é purificadora, capaz de eliminar as essências tóxicas espiritual, mental e física, permitindo a aquisição natural de saúde e prosperidade. Assim como no Johrei, os canalizadores, chamados kumitês, recebem, após um curso de iniciação que dura três dias, uma medalha. Neste caso, ela é denominada omitama, cujo símbolo estaria ligado diretamente a Deus através de ondas espirituais.
Ainda no rol das terapias orientais, a Arte Mahikari merece um capítulo à parte. Fundada no Japão em 1959, pelo mestre Kotama Okada, a Mahikari emprega a energia cósmica através das mãos, denominando-a “Luz da verdade”. Esta energia, também para eles, provém de Deus e é purificadora, capaz de eliminar as essências tóxicas espiritual, mental e física, permitindo a aquisição natural de saúde e prosperidade. Assim como no Johrei, os canalizadores, chamados kumitês, recebem, após um curso de iniciação que dura três dias, uma medalha. Neste caso, ela é denominada omitama, cujo símbolo estaria ligado diretamente a Deus através de ondas espirituais.
Irradiar
a “luz espiritual” pela palma da mão é considerada uma arte, denominada Okyome.
São vinte e sete pontos ao todo, mas no início são utilizados apenas alguns
pontos principais, cuja energização dura cerca de quarenta minutos. Não há
limite de sessões por semana, e embora não haja toques constantes, eles são
breves e suaves.
A energia atua sutil e gradualmente, auxiliando a elevação espiritual. Discrição também é característica dos dirigentes do belo templo situado na Vila Mariana, em São Paulo. Nenhum deles quis se pronunciar oficialmente à revista. “Não tente entender Deus. Sinta-o. Apenas vivenciando o Mahikari, você entende”, dizem. O temor é o de uma massificação e desvirtuamento da técnica, atraindo equivocadamente pessoas não afinizadas com o movimento, atrás de milagres. Que, aliás, nenhuma das técnicas aqui abordadas promete.
Embora não se defina como uma religião, a Sukyo Mahikari tem um altar para reverências e agradecimento a Deus. A constante exigência de curvar-se em reverência, dentro do templo, pode causar um certo estranhamento a um ocidental que chega pela primeira vez. Encontram-se pessoas de todas as raças e credos, tanto aplicando, quanto recebendo. É necessário tirar os sapatos antes de entrar e lavar as mãos em água purificada. Após pequena consulta onde são perguntados dados acerca do modo de vida (a religião não é questionada) e eventuais problemas, somos convidados a receber Okyome. Inicialmente sentados, frente a frente, depois de costas para o canalizador e, por fim, deitados de costas sobre um pequeno colchonete com travesseiro e lençol. Não há som no ambiente, que é espantosamente limpo, com predominância de tons arenosos. O silêncio só é cortado às vezes pelas orações em japonês.
A energia atua sutil e gradualmente, auxiliando a elevação espiritual. Discrição também é característica dos dirigentes do belo templo situado na Vila Mariana, em São Paulo. Nenhum deles quis se pronunciar oficialmente à revista. “Não tente entender Deus. Sinta-o. Apenas vivenciando o Mahikari, você entende”, dizem. O temor é o de uma massificação e desvirtuamento da técnica, atraindo equivocadamente pessoas não afinizadas com o movimento, atrás de milagres. Que, aliás, nenhuma das técnicas aqui abordadas promete.
Embora não se defina como uma religião, a Sukyo Mahikari tem um altar para reverências e agradecimento a Deus. A constante exigência de curvar-se em reverência, dentro do templo, pode causar um certo estranhamento a um ocidental que chega pela primeira vez. Encontram-se pessoas de todas as raças e credos, tanto aplicando, quanto recebendo. É necessário tirar os sapatos antes de entrar e lavar as mãos em água purificada. Após pequena consulta onde são perguntados dados acerca do modo de vida (a religião não é questionada) e eventuais problemas, somos convidados a receber Okyome. Inicialmente sentados, frente a frente, depois de costas para o canalizador e, por fim, deitados de costas sobre um pequeno colchonete com travesseiro e lençol. Não há som no ambiente, que é espantosamente limpo, com predominância de tons arenosos. O silêncio só é cortado às vezes pelas orações em japonês.
A
sensação predominante é a de relaxamento e extrema paz interior. Convidada a
acompanhar a reportagem, a médium kardecista de cura, Regina Fernandes, disse
ter sentido profunda serenidade no ambiente, principalmente no corredor
central. Ao receber a luz espiritual nas costas, onde tem problemas de origem
ciática, descreveu: “Foi como se minha coluna estivesse dentro de um tubo de
energia. Senti também muito amor e abnegação por parte dos aplicadores. Alguns
deles me pareceram até familiares, espiritualmente falando”. Ao final,
perguntada se voltaria de novo ao local, respondeu: “Sim, com certeza”.
Para Ieda Uehara, praticante de Arte Mahikari há dezesseis anos, o amor ao próximo é fundamental. “Oração envolve ação. É preciso traduzir gratidão e perdão em atitude”. Segundo acredita, ter saúde é uma conseqüência de ser feliz. “Querer ser feliz, é meio caminho da cura”.
Para Ieda Uehara, praticante de Arte Mahikari há dezesseis anos, o amor ao próximo é fundamental. “Oração envolve ação. É preciso traduzir gratidão e perdão em atitude”. Segundo acredita, ter saúde é uma conseqüência de ser feliz. “Querer ser feliz, é meio caminho da cura”.
O
que se pode concluir de tudo isso? Que a cura está dentro de nós mesmos.
Nenhuma das técnicas defendeu, em hipótese alguma, o abandono da medicina
tradicional. Em todos os métodos abordados, destacam-se dois elementos
principais: a fé de quem recebe, e o amor ao próximo de quem aplica. Gilberto
Marques, que se livrou do câncer na garganta, é taxativo: “O que me curou foi a
minha fé”. Impressionado com o resultado em sua própria vida, Gilberto quis
desenvolver mediunidade de cura. Para tanto, teve que abandonar o vício do
fumo, premissa essencial para a formação de todo médium. “Minha própria doença
não me fez parar de fumar. Mas a vontade de servir ao próximo, sim”.
Os
Tipos de Passe
C (choque anímico) – doutrinação mais intensa de espíritos perturbadores, através de vibrações que agem como um jato de luz nos corações dos mesmos.
PE – destinado aos assistidos, nos trabalhos de cura, e aos assistentes, como preparação aos trabalhos.
Pasteur 1 (P1 – magnético) – destinado à assistência a perturbações de ordem material.
Pasteur 2 (P2 – magnético) – para as perturbações espirituais e desequilíbrios psíquicos.
P3A (magnético) – perturbações e acidentes materiais graves.
P3C – socorro de emergência, influências espirituais profundas, depressão, estafa, esgotamento, estresse de ordem espiritual e psíquica, queda de padrão vibratório e enfermidades de fundo espiritual.
P3E – perturbações espirituais avançadas, com ação direta sobre obsessores.
Pasteur 4 – para crianças, até 12 anos de idade, cujos tipos de passes se subdividem em:
P4A – indicado para doenças materiais, como as próprias da idade, epidêmicas, de poluição ambiental ou climáticas, por desnutrição, hereditárias ou as causadas por acidentes;
P4B – indicado nas perturbações espirituais, tais como as decorrentes de infestação de ambiente, chamamentos familiares, encarnações completivas e razões cármicas.
C (choque anímico) – doutrinação mais intensa de espíritos perturbadores, através de vibrações que agem como um jato de luz nos corações dos mesmos.
PE – destinado aos assistidos, nos trabalhos de cura, e aos assistentes, como preparação aos trabalhos.
Pasteur 1 (P1 – magnético) – destinado à assistência a perturbações de ordem material.
Pasteur 2 (P2 – magnético) – para as perturbações espirituais e desequilíbrios psíquicos.
P3A (magnético) – perturbações e acidentes materiais graves.
P3C – socorro de emergência, influências espirituais profundas, depressão, estafa, esgotamento, estresse de ordem espiritual e psíquica, queda de padrão vibratório e enfermidades de fundo espiritual.
P3E – perturbações espirituais avançadas, com ação direta sobre obsessores.
Pasteur 4 – para crianças, até 12 anos de idade, cujos tipos de passes se subdividem em:
P4A – indicado para doenças materiais, como as próprias da idade, epidêmicas, de poluição ambiental ou climáticas, por desnutrição, hereditárias ou as causadas por acidentes;
P4B – indicado nas perturbações espirituais, tais como as decorrentes de infestação de ambiente, chamamentos familiares, encarnações completivas e razões cármicas.
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