21 de junho de 2012

O Preço da Prece e a Fé Insolúvel:


Quanto vale a sua fé? Ou melhor, qual é o preço que você paga por ela? O que você faria em nome de um deus? Se sabes rezar, faça uma oração simples ou composta, invoque o sujeito que quiser e predique a frase que bem entender. .

Mundo, terra de todos, dos animas, das plantas e dos homens. Templo sagrado, imaculado, lugar comum a todos, e que segundo varias correntes filosóficas, teológicas e sociológicas, foi criado por um deus. (deusa, um panteão, força maior, energia, enfim, chame do que quiser)Homem, ser que se diz evoluído, que se auto afirma como imagem e semelhança de um deus, que por sinal nunca viu, mas alguns juram de pés juntos que conhecem suas vontades e que é assim que tudo tem que ser. Esses são chamados de sacerdotes,(eu digo sacerdotes aqui, mas entendam como pastores, padres, rabinos, ou qualquer tipo guia espiritual) que desde os primórdios direcionam a humanidade de acordo com a "vontade" de deus e dai temos um mundo harmonioso, pacifico, no qual não há diferenças, todos se toleram e tudo é perfeito certo? Errado, isso não é nem o esboço de um retrato velho do que vivemos hoje, o que eu chamo de  Intolerância em nome de Deus.

Vamos partir do principio, qual é a sua religião? 

Se você se diz ateu, você não faz parte do clube, pois ateus são vistos como marginais espirituais, não contam, pois, não seguem nenhum líder religioso,mas por outro lado são os mais crentes, pois crêem vêementemente que não acreditam em nada. São os mais sensatos. Independentemente disso se és cristão, judeu, muçulmano, budista, espírita, corinthiano, que seja, responda quanto vale sua fé? 

Ou quanto paga-se por ela, 10%, 15%, 20% de seu ganhos? Quanto seu guia espiritual dizima de seus ganhos? Tanto faz não é, afinal é para deus mesmo...Epa, espere ai, um deus pedindo dinheiro? Mas ele não come, não bebe, é onisciente, logo não precisa estudar, é o senhor do tempo, e se tempo é dinheiro, ele é o ser mais rico do universo; não um deus não pede isso, o dinheiro é para pagar o salário de seu sacerdote (pastores, padres, rabinos, ou qualquer tipo guia espiritual) e para a manutenção de seu templo, que foi construído de forma magistral para louvar a um deus como ele pede (Ele pede?) ou caso contrário todos irão para o sofrimento eterno.

Templos, castigos, dinheiro, tudo isso não passam de formas de manipular a massa para manter uma ordem, na verdade serviu para evitar o caos nos primórdios do pensamento humano, dessa forma, através do medo mantinha-se o equilíbrio de tudo. O ponto é, a idade média passou e esse estigma persiste, ou melhor, os religiosos foram além, descobriram que vender um deus dá muito lucro, vide a igreja caótica, quero dizer, católica na idade média, ou judaísmo até hoje, ou como fazem os pastores das igrejas protestantes, vendem deus, o perdão e uma vaga no céu em troca de umas moedas de ouro. Constroem templos colossais e pregam o medo do terror e sofrimento eterno. O temor à deus do antigo testamento ainda é o combustível alimenta a comercialização da fé.

Vamos a um outro ponto, julgar, inferiorizar e matar em nome da fé. Hoje quando dizemos matar em nome de deus, a primeira imagem que vem em nossas cabeças é de um fundamentalista muçulmano explodindo trens, aviões ou matando em nome de deus, ou de Alah, mas esquecemos dos fundamentalistas cristãos que não matam fisicamente, mas matam social e mentalmente seus opositotres e também a santa igreja católica que mandava para a fogueira quem duvidasse ou simplesmente discordasse de algo.

 Esquecemos também do ódio cultivado entre as religiões, de toda intolerância criada simplesmente por  existir pontos de vista diferentes, porque o MEU DEUS discorda do seu DEUS. O SEU DEUS está errado, o MEU DEUS é melhor que o seu...Meu deus, seu deus, eu achando que tivessem unificado todos em um só, assim acabaria a disputa entre gregos e troianos.

A disputa entre deuses de crenças diferentes não passa de mera masturbação mental humana, para iniciar guerras. GUERRA SANTA não pode existir, isso é uma contradição em termos. O ser humano usa deus como desculpa para tudo, para evitar mudanças em seu mundo, usa deus como licença para matar, roubar e extorquir. Deus olhe para baixo, que lhe digo, antes fôssemos todos ateus, assim não haveria princípios fundamentados em palavras inexistentes, seus filhos não sabem quem o criou, nem mesmo Você, oh deus, sabe nos dizer. Hoje apenas vos comercializamos para beneficio próprio, e assim fazemos o que dizem ser a sua vontade.

Einsten disse uma vez: "Acredito no Deus que se revela por si mesmo na harmonia de tudo o que existe, e não no Deus que se interessa pelo destino e pelas ações dos homens. Não consigo conceber um Deus pessoal que influa diretamente sobre as ações dos indivíduos, ou que julgue, diretamente criaturas por Ele criadas. Não posso fazer isto apesar do fato de que a causalidade mecanicista foi, até certo ponto, posta em dúvida pela ciência moderna. Minha religiosidade consiste em uma humilde admiração pelo espírito infinitamente superior que se revela no pouco que nós, com nossa fraca e transitória compreensão, podemos entender da realidade. A moral é da maior importância - para nós, porém, não para Deus". 

Não há porque haver sacerdotes, não há necessidade de tantos templos, e muito menos de religiões que dominam a massa, seria muito melhor se nada disso existisse, o mundo seria mais tolerante, pacifico e positivo.

Para terminar deixo-lhes as palavras de Lennon:


Ilustração: Ir Daniel Martina

Nenhum comentário: