29 de novembro de 2011

A Lei do Silêncio:


"A TAREFA MAIS DIFÍCIL PARA UM HOMEM COMUM É GUARDAR UM SEGREDO E PERMANECER EM SILÊNCIO" (ARISTÓTELES - 384-322 A.C)

A própria palavra "mistério" (segredo) significa em linguagem religiosa, alguma coisa de separado, de secreto, de oculto e de que não é lícito falar.

A imposição do silêncio não é somente uma disciplina que fortalece o carácter, é também, e principalmente, o meio pelo qual o Iniciado pode entregar-se à meditação sobre os augustos mistérios que encerram as perguntas que todo o espiritualista se faz: donde vim? Quem sou? Para onde vou? Perguntas essas que o Iniciado Maçom defronta desde o momento em que transpõe a porta da Câmara de Reflexão. É também o meio de melhor observar os ensinamentos maravilhosos contidos no Ritual.

Mesmo antes da própria admissão na Ordem, já se começa a exercitar o princípio do Silêncio. Nos momentos que precedem as Iniciações, quando o Candidato permanece na Câmara de Reflexão, o silêncio é fundamental.

Isso tem por finalidade o desenvolvimento da vontade e permite atingir um maior domínio sobre si mesmo. Não esqueçamos que somente um homem capaz de guardar o silêncio, quando necessário, pode ser seu próprio senhor.

Em Maçonaria define-se o SILÊNCIO como virtude maçónica, mediante a qual se desenvolve a discrição, corrige-se os defeitos próprios e usa-se prudência e tolerância em relação à faltas e defeitos de outros. Na Maçonaria se costuma simbolizá-lo pela trolha, com a qual se deve estender uma camada de silêncio sobre os defeitos alheios, tal qual faz o pedreiro vulgar com o cimento para descobrir as arestas do edifício em construção.

O silêncio deve ser rigorosamente mantido, não por força de disposições regulamentares ou pelos ditames da boa educação e das conveniências sociais, mas para que possa ser formado o ambiente de espiritualidade, próprio de um Templo. Ao ajudar a formação desse ambiente, tão propício à meditação, o Maçom beneficia-se a si mesmo e beneficia aos demais. A fecundação das ideias se faz no silêncio.

Devemos guardar e observar completo silêncio no decorrer dos Trabalhos. Não é de boa esquadria pelas normas maçónicas, tolerarem-se conversas paralelas, rumores, murmúrios de vozes, sussurros, chamadas de telefones celulares (que deveriam estar desligados), enquanto se desenvolve os trabalhos, observem que quando o "Irmão falador" desrespeita essas regras, a Oficina "trava" e quebra de imediato a Egrégora formada pelo "som", pelo "perfume" do incenso e pelas vibrações dos presentes.


O Aprendiz deve por sua tenra idade simbólica não tomar parte activa nas discussões entre seus maiores, a não ser quando interrogado ou solicitado.

O Aprendiz não pode tomar a palavra senão a convite do Venerável. Esta Lei do Silêncio deve ser por ele observada também fora do Templo, no que respeita à Ordem Maçónica.

O princípio do silêncio exigido dos Aprendizes e Companheiros tem por base filosófica: só deve falar quem sabe e, quem o sabe deve se omitir, pois, flui a sabedoria e os grandes ensinamentos, fonte dos nossos conhecimentos e alimentos para os nossos espíritos.

O aprendizado é o período de meditação e de silêncio. Saber falar com ética é sabedoria, mas saber ouvir é muito mais, pois o homem que sabe falar com respeito, com educação, com amor, naturalmente saberá também ouvir. A visão e a audição devem ser educadas, tanto quanto as palavras e as maneiras.

Em Maçonaria, ao prestar o seu compromisso iniciático, o Candidato promete guardar silêncio sobre tudo o que se passa no interior do templo maçónico. A fórmula é sempre a mesma, mas já propiciou ataques à instituição maçónica, como se ela se entregasse a práticas escusas, sobre as quais os seus filiados devessem se calar. Mas ela visa, apenas, resguardar Toques, Sinais e Palavras, para que eles não cheguem ao conhecimento de não maçons (profanos), os quais, com esse conhecimento, poderiam ingressar, indevidamente, num templo maçónico.

O Aprendiz maçom cultiva a virtude do silêncio, porque não tem ainda a capacidade do comentário; deve apenas ouvir, meditar e tirar as próprias conclusões, até poder "digerir" o alimento que lhe é dado.

O Maçom pensa duas vezes antes de emitir opinião, porque tem obrigação de emiti-la de forma correta e que jamais possa ofender a quem a ouve. Recorda que às vezes, o silêncio é a melhor resposta.

Segundo José Castellani (Consultório Maçónico X): "O silêncio do Aprendiz é apenas simbólico, em atenção ao fato de que ele, simbolicamente, só sabe soletrar e não sabe falar. Todas as nossas práticas são simbólicas e não reais, como mostram, inclusive as provas iniciáticas".

Esse silêncio significa que o conhecimento que o mestre lhe transmite é absorvido sem qualquer dúvida ou reacção, até o momento em que se torna capaz de emitir, por sua vez, conceitos superiores e que podem até conduzir ao sadio debate.

Há algumas coisas que são lindas demais para serem descritas por palavras. É necessário admirá-las em silêncio e contemplação para apreciá-las em toda a sua plenitude.

São necessárias tão poucas palavras para exprimir a sua essência. Na realidade, as palavras devem ser as embalagens dos pensamentos.

Não adianta fazer discursos muito longos para expressar os sentimentos de seu coração. Um olhar diz muito mais que um jorro de palavras. As grandes falas servem frequentemente só para confundir. O silêncio é frequentemente mais esclarecedor que um fluxo de palavras.


Olhe para uma mãe diante do seu filho no berço. Ele consegue muito bem tudo o que quer sem dizer nenhuma palavra. São necessários dois anos para que o ser humano aprenda a falar e toda uma vida para que aprenda a ficar em silêncio.

Ouvimos que, em sua grande sabedoria, a natureza nos deu apenas uma língua e dois ouvidos para que escutemos mais e façamos menos discursos longos.

Se um texto não é mais bonito do que o silêncio, então é preferível não dizer nada. Esta é uma grande verdade sobre a qual os grandes dirigentes deste mundo deveriam meditar. Quanto mais o coração é grande e generoso menos palavras se tornam úteis...

O silêncio é a única linguagem do homem realizado. Pratiquemos moderação no falar. Isso é fecundo de várias maneiras. Desenvolverá amor, pois do falar descuidado resultam incompreensões e facções. Quando é o pé que resvala, a ferida pode ser curada, mas quando é a língua, a ferida é no coração e perdura por toda a vida. Às vezes para manter a paz é preciso usar um poderoso aliado chamado silêncio.

Duas coisas indicam fraqueza: calar-se quando é preciso falar, e falar quando é preciso calar-se.

É necessário lembrar-se do provérbio dos filósofos: "as verdadeiras palavras não são sempre bonitas, mas as palavras bonitas nem sempre são verdades..."

Xenócrates (394 - 314) filósofo grego afirmava: "Arrependo-me de coisas que disse, mas jamais do meu silêncio".

Pitágoras (571 a 496 a.C) exigia o mais absoluto sigilo dos Aprendizes, pelo período mínimo de três anos. Estabeleceu vários conceitos que estão presentes em nossos manuais, como os quatro elementos fundamentais (terra, fogo, ar e água). A definição do Pentagrama, configurando a Estrela de cinco pontas que representa o homem, de braços e pernas abertas. Quando de suas hastes se desprendem "chamas", o pentagrama denomina-se "Estrela Flamígera". Essa estrela simboliza um guia para o caminho que conduz ao templo. O maçom vê no Pentagrama a si mesmo dominando os impulsos da carne. Foram os filósofos Pitágoras e Platão que nos legaram o valor dos números, cujos cálculos, desde uma simples soma ou subtracção aos mais complicados, hoje formulados electronicamente, tendem a esclarecer os mistérios do Universo.

Pitágoras afirmava que "quem fala semeia e quem escuta recolhe" - e esta era a obrigação dos novatos.

Se poucas palavras são necessárias dizer "eu gosto de você", todas as outras que poderiam ser ditas são supérfluas...

Sim e Não são as palavras mais curtas e fáceis de serem ditas, mas são aquelas que trazem as mais pesadas consequências. Afirmar o bem, negar o mal; afirmar a verdade, negar o erro; afirmar a realidade, negar a ilusão; eis aqui, o uso construtivo da palavra.


Lembremo-nos de usar o silêncio quando ouvirmos palavras infelizes; quando alguém está irritado; quando a maledicência nos procura; quando a ofensa nos golpeia; quando alguém se encoleriza; quando a crítica nos fere; quando escutamos uma calúnia; quando a ignorância nos acusa; quando o orgulho nos humilha; quando a vaidade nos procura.

O silêncio é a gentileza do perdão que se cala e espera o tempo, por isso é uma poderosa ferramenta para construir e manter a paz.
Lojas há que incentivam Aprendizes e Companheiros a se exibirem em discursos repletos de lugares-comuns, ou tratando de assuntos profanos, fazendo assim perder o precioso tempo dos ouvintes. E chegam até considerar a recomendação do silêncio como se fora um atentado contra pretensos direitos maçónicos do Aprendiz.

Inútil será dizer que não tendo recebido nenhuma espécie de instrução maçónica, nada podem transmitir aos Neófitos. Assim, transformam as Sessões das Lojas em palavreado inútil que nada constroem, mas acumulam perigosos elementos para o incenso de orgulhos e vaidades e futuros desentendimentos.

O Juramento de Silêncio é um procedimento ritualístico e ao prestá-lo devemos todos (inclusive as Luzes - pousando o Malhete sobre o altar e o Guarda do Templo - embainhando ou colocando a Espada sobre sua cadeira), estender o braço direito para frente, formando um ângulo de 90° em relação ao corpo, com os dedos unidos, e a palma da mão voltada para baixo e os dedos unidos, o braço esquerdo caído verticalmente junto à perna esquerda dizendo "EU O JURO", em atendimento a solicitação do Venerável.

Encerrados os Trabalhos, o Venerável Mestre ainda uma vez chama a si os Obreiros, confirmatoriamente. Pelo que está feito estes se manifestam em uníssono pelo sinal, pela bateria do Grau e pela aclamação. É, mais uma vez, a confirmação de cada um de seu juramento de Iniciação.

Fica em cada um a memória e a gratificação de mais um dia trabalhando em união fraterna na construção do templo da humanidade. O resto é silêncio.


Texto de Valdemar Sansão - M:. M:.

Fontes:
Grande Dicionário Enciclopédico de Maçonaria e Simbologia (Nicola Aslan)
"OBSERVANDO MELHOR O RITUAL" - (Cartilha em elaboração) Valdemar Sansão

23 de novembro de 2011

Relacionando-se com o Divino:


Todos nós queremos chegar até o fim da vida com um certo grau de sucesso, com algum sentimento de que acertamos. Alguns pensam que conhecem um jeito da vida ser satisfatória e até mesmo significativa. E quanto às principais religiões do mundo? Existe algo nelas que poderia trazer às nossas vidas maior estabilidade e valor?

A seguir, teremos a oportunidade de investigarmos as principais crenças do mundo: Hinduísmo, Nova Era, Budismo, Islamismo e Cristianismo, incluindo uma breve descrição de cada um delas, suas características distintas e o que uma pessoa pode obter de cada uma delas. A autora, então, aponta onde os ensinos de Jesus se diferem das demais religiões mundiais.

Religião e Espiritualidade: Hinduísmo

A maioria dos hindus adora uma infinidade de representações de divindades através de uma multidão de deuses e deusas, cerca 300.000 deles. Todos estes deuses e deusas são encarnados em ídolos, templos, gurus, rios, animais. Brahman não é um deus único, mas mais um conceito para a divindade máxima.

Os hindus vêem sua condição atual nesta vida baseada em suas ações em vidas passadas. Isto é, se seus comportamentos anteriores foram maus, eles podem experimentar tremendos sofrimentos nesta vida. O objetivo de um hindu é tornar-se livre da lei do karma, ser livre de contínuas reencarnações.

Há três caminhos possíveis para acabar com este ciclo do karma: ser devoto afetuoso de qualquer um dos deuses ou deusas hindus; crescer em conhecimento através de meditação de Brahman (identidade), para compreender que as circunstâncias da vida não são reais, que a individualidade é uma ilusão e somente a Brahman é real; ser dedicado a várias cerimônias e ritos religiosos.

No hinduísmo, a pessoa tem a liberdade de escolher o modo como trabalhar em direção à perfeição espiritual. O hinduísmo também apresenta uma possível explicação para o sofrimento e o mal no mundo. De acordo com o hinduísmo, o sofrimento que qualquer um experimenta, seja enfermidade, fome ou um desastre, é devido às próprias ações maléficas que a pessoa tenha feito, normalmente em vidas passadas. A alma é a única coisa que importa, pois um dia será livre do ciclo da reencarnação e descansará.


Religião e Espiritualidade: Nova Era

A Nova Era promove o desenvolvimento dos poderes e divindade próprios da pessoa. Quando se refere a Deus, um seguidor da Nova Era não fala de um Deus pessoal e transcendente, criador do universo, mas refere-se à uma consciência mais alta dentro deles mesmos. Uma pessoa da Nova Era iria ver-se como Deus, o cosmo, o universo. Na verdade, tudo que uma pessoa vê, ouve, sente ou imagina é considerado divino.

Altamente eclética, a Nova Era apresenta-se como uma coleção de tradições espirituais antigas. Reconhece vários deuses e deusas, como o hinduísmo. A Terra é vista como a fonte de toda espiritualidade e tem sua própria inteligência, emoções e divindade. Mas, suplantando tudo, existe o Eu. O Eu é o criador, o controlador e o deus de tudo. Não existe realidade fora do que a pessoa determina.

A Nova Era ensina um leque amplo de misticismo oriental e técnicas físicas, metafísicas e espirituais, exercícios de respiração, cânticos, tambores, meditação, para desenvolver uma consciência modificada e a divindade da própria pessoa.

Qualquer coisa negativa que uma pessoa experimente (falhas, tristeza, raiva, egoísmo, sofrimento) é considerada uma ilusão. Acreditando que eles possuem o total controle de suas vidas, nada na vida é errado, negativo ou dolorido. Por fim, a pessoa desenvolve-se espiritualmente até o ponto em que não haja uma realidade externa e objetiva. A pessoa, tornando-se um deus, cria a sua própria realidade.


Religião e Espiritualidade: Budismo

Os budistas não adoram nenhum Deus ou deuses. As pessoas que não estão dentro do budismo pensam, com freqüência, que os budistas adoram a Buda. No entanto, o Buda (Siddhartha Gautama) nunca disse ser divino e os budistas rejeitam a noção de qualquer poder sobrenatural. O universo é operado por uma lei natural. Compreende-se a vida como formada de dor: dor no nascimento, na enfermidade, na morte, na tristeza e no desespero sem fim. A maioria dos budistas acredita que uma pessoa tem centenas ou milhares de reencarnações, todas trazendo aflição. É o desejo por felicidade que causa a reencarnação da pessoa. Conseqüentemente, a meta de um budista é purificar o seu coração e ver-se livre de todos os desejos. A pessoa deve abandonar todos os prazeres sensuais, todo o mal, alegria e tristeza.

Para conseguir isso, os budistas seguem uma lista de princípios religiosos e meditação intensa. Quando um budista medita, não é como orar ou se focalizar em um deus, é mais como uma autodisciplina. Através da meditação contínua, a pessoa pode alcançar o Nirvana, o “apagar” da chama do desejo.

O budismo fornece algo que é verdadeiro na maioria das religiões: disciplina, valores e diretrizes pelos quais a pessoa possa viver. Algumas dessas diretrizes budistas são: não destrua nenhuma criatura vivente; abandone todos os prazeres sensuais; abandone qualidades maléficas, como também a alegria e a tristeza.


Religião e Espiritualidade: Islamismo

Os muçulmanos acreditam que haja um Deus todo-poderoso, chamado Alá, o qual é infinitamente superior e transcendente à espécie humana. Alá é visto como o criador do universo e a fonte de todo o bem e de todo o mal. Tudo o que acontece é a vontade de Alá. Ele é um juíz severo e poderoso, o qual será misericordioso com os seguidores, dependendo do quão suficiente forem suas boas obras e sua devoção religiosa. O relacionamento de um seguidor com Alá é o de servidão.

Apesar de um muçulmano honrar muitos profetas, Maomé é considerado o último deles e suas palavras e estilo de vida são a autoridade dessa pessoa. Para ser um muçulmano, é necessário seguir cinco deveres religiosos: repetir o credo sobre Alá e Maomé; recitar certas orações em árabe cinco vezes ao dia; dar aos necessitados; um mês por ano, jejuar comida, bebida, sexo e fumo desde o nascer do sol até o pôr do sol; uma vez na vida peregrinar até Meca e adorar no lugar santo.

Para muitas pessoas, o islamismo vai ao encontro de suas expectativas de religião e divindade. O islamismo ensina que há apenas um Deus supremo, o qual é adorado através das boas obras e dos rituais religiosos disciplinados. Depois da morte, a pessoa é recompensada ou punida, de acordo com sua devoção religiosa. Ao morrer, baseado na fidelidade desta pessoa para com esses deveres, o muçulmano tem a esperança de entrar no Paraíso, um lugar de prazeres sensuais. Se não, eles serão punidos no inferno eternamente.


Religião e Espiritualidade: Cristianismo – Fé em Jesus Cristo

Os cristãos acreditam em um Deus amoroso, o qual se revelou e pode ser conhecido pessoalmente nessa vida. Com Jesus Cristo, o foco da pessoa não está em rituais religiosos ou em fazer boas obras, mas em desfrutar de um relacionamento com Deus e vir a conhecê-lo melhor.

A fé no próprio Jesus Cristo, não apenas em seus ensinamentos, é como o cristão experimenta a felicidade e uma vida significativa. Durante Sua vida na Terra, Jesus não se identificou como um profeta se referindo a Deus ou como um mestre de ensinamentos iluminados. Pelo contrário, Jesus disse ser Deus em forma humana. Ele fez milagres, perdoou pessoas de seus pecados e disse que qualquer pessoa que acreditasse nele teria vida eterna. Ele fez afirmações como: “Eu sou a luz do mundo. Quem me segue, nunca andará em trevas, mas terá a luz da vida.” (João 8:12)

Os cristãos têm a Bíblia como a mensagem escrita de Deus para a humanidade. Além de ser um registro histórico da vida e dos milagres de Jesus, a Bíblia revela a personalidade de Deus, seu amor e verdade e como se pode ter um relacionamento com Ele.

Qualquer que seja a circunstância que um cristão está atravessando na vida, ele pode, com confiança, buscar um Deus sábio e poderoso, que o ama de forma genuína. Eles acreditam que Deus responde orações e que a vida tem sentido à medida que se vive para honrar esse Deus.


Religião e Espiritualidade: Há diferença?

Ao olharmos para estes principais sistemas de credos e suas visões de Deus, encontramos uma diversidade tremenda:

Os hindus acreditam em 300.000 deuses;

Os budistas dizem não haver divindade;

Os seguidores da Nova Era acreditam que eles sejam deuses;

Os muçulmanos acreditam em um Deus poderoso, mas distante;

Os cristãos acreditam em um Deus amoroso e acessível.

Todas as religiões estão adorando o mesmo Deus? Vamos pensar nisso. A Nova Era ensina que todos devem vir a centralizar-se em uma consciência cósmica, mas isso requeriria dos muçulmanos a desistir de seu Deus; dos hindus, a desistir de seus inúmeros deuses e dos budistas a estabalecer que há um Deus.

As principais religiões do mundo são bem distintas. E destas, uma afirma que existe um Deus pessoal e amoroso, que pode ser conhecido agora, nesta vida. Jesus Cristo mostrou um Deus que nos ama, que nos acolhe em um relacionamento com Ele e que está do nosso lado como um Deus consolador, conselheiro e poderoso.

No hinduísmo, a pessoa se encontra sozinha tentando livrar-se do karma. Na Nova Era, a pessoa está trabalhando na própria divindade. No budismo, há uma busca pessoal para ser livre dos desejos. E no islamismo, o indivíduo segue leis religiosas para alcançar o paraíso depois da morte. Nos ensinamentos de Jesus, vê-se um relacionamento pessoal com um Deus pessoal, um relacionamento que continua na próxima vida.


Pode Uma Pessoa Relacionar-Se Com Deus Nesta Vida?

A resposta é sim. Você pode não apenas se relacionar com Deus, mas também pode ter a certeza de que é completamente aceito e amado por Ele.

Muitas religiões colocam o indivíduo sozinho, lutando por perfeição espiritual. Buda, por exemplo, nunca admitiu não ter pecado. Maomé também admitiu que precisava de perdão. “Não interessa o quão sábios, talentosos e influentes outros profetas, gurus e mestres possam ter sido. Eles tiveram a presença de espírito para reconhecer que eram imperfeitos como o restante de nós.” (Erwin W. Lutzer, Cristo Entre Outros Deuses, Chicago, Moddy Press, 1994, pág. 63)

Jesus Cristo, no entanto, nunca aludiu a nenhum pecado pessoal. Pelo contrário, Jesus perdoou as pessoas de seus pecados e Ele também quer nos perdoar dos nossos. Todos nós temos consciência de nossas falhas, das áreas de nossas vidas que podem fazer com que outros nos menosprezem, áreas que nós mesmos gostaríamos que não existissem, um vício, mau humor, impureza ou palavras de ódio. Deus nos ama, mas odeia o pecado. E Ele disse que a conseqüência do pecado é sermos impedidos de conhecê-lo. Porém, Deus providenciou um caminho para sermos perdoados e conhecê-lo: Jesus, o Filho de Deus, Deus em forma humana, tomou todos os nossos pecados sobre si, sofreu na cruz, e morreu no nosso lugar por livre e espontânea vontade. A Bíblia diz: “Nisto conhecemos o que é o amor: Jesus Cristo deu a sua vida por nós…”(1 João 3:16)

Deus está nos oferecendo o completo perdão por causa da morte de Jesus por nós. Isto significa perdão por todos os nossos pecados passados, presentes e futuros. Jesus pagou por todos eles. Deus, quem criou o universo, nos ama e quer ter um relacionamento conosco. “Foi assim que Deus manifestou o seu amor entre nós: enviou o seu Filho Unigênito ao mundo, para que pudéssemos viver por meio dele.” (João 3:16)    

Deus Quer Que Nós O Conheçamos:

Nós fomos criados por Deus para vivermos em comunhão com Ele. Jesus disse: “Aquele que vem a mim nunca terá fome; aquele que crê em mim nunca terá sede.” (João 14:6) Jesus chamou as pessoas não apenas para seguir seus ensinamentos, mas para seguí-lo. Ele disse: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida.”Ao dizer que é a verdade, Cristo vai além dos meros profetas e mestres, os quais simplesmente disseram que estavam falando a verdade. (Lutzer, pág. 106) 

Jesus identificou-se como Deus e até deu prova disto. Jesus disse que seria crucificado e que depois de três dias Ele iria ressuscitar. Ele não disse que reencarnaria um dia em uma vida futura (quem saberia se Ele realmente fez isso?). Ele disse que, três dias depois de ter sido enterrado, se mostraria vivo para aqueles que viram sua crucificação. Naquele terceiro dia, o túmulo de Jesus foi encontrado vazio e muitas pessoas testemunharam tê-lo visto vivo novamente.

É Um Relacionamento Mútuo:

Muitas religiões se focam nos esforços espirituais da pessoa. O Cristianismo é uma interação mútua entre você e Deus. Ele nos chama para perto Dele. “O Senhor está perto de todos os que o invocam, de todos os que o invocam com sinceridade.” (Salmo 145:18) Você pode se comunicar com Deus, Ele responderá suas orações, dará a você uma grande paz e alegria, o guiará, mostrará o Seu amor e transformará a sua vida.  Isso não significa que a vida será perfeita e sem problemas. Mas significa que, em meio a vida, você pode relacionar-se com Deus, o qual está querendo ser incluído na sua vida e ser fiel no Seu amor. 

Isso não é um compromisso com um método de automelhoria como as Oito Verdades Desdobradas, ou os Cinco Pilares, ou a meditação, ou as boas obras, ou mesmo os Dez Mandamentos. Esses parecem passos claros, bem definidos e fáceis de serem seguidos para a espiritualidade. No entanto, eles se tornam uma luta pesada pela perfeição, enquanto o relacionamento com Deus está ainda distante. Nossa esperança não está em seguirmos leis ou padrões, mas em conhecer um Salvador que nos aceita completamente por causa de nossa fé nele e no seu sacrifício por nós. Nós não ganhamos nosso lugar no céu por esforços religiosos ou por boas obras. O céu é um presente gratuito para nós, que nos é dado, quando começamos nosso relacionamento com nosso Deus Verdadeiro.

Em varias religiões a pessoa tem um relacionamento com ensinamentos, idéias, caminhos e rituais. Através de Deus, a pessoa pode ter um relacionamento amoroso e poderoso. Você pode conversar com Ele e Ele lhe guiará nessa nova vida. Ele não lhe aponta apenas para um caminho, uma filosofia. Ele o acolhe para experimentar a felicidade e ter confiança no Seu amor em meio aos desafios da vida. “Vejam como é grande o amor que o Pai nos concedeu: que fôssemos chamados filhos de Deus.” (1 João 3:1)


Ilustração: Ir Daniel Martina

Skull and Bones - A Sociedade Secreta


“Somente os pequenos segredos precisam ser guardados; os grandes; ninguém acredita” Mc Luhan

Em New Haven, cidade estadunidense localizada no estado de Connecticut, funciona um dos mais respeitáveis centros universitários do mundo, a famosa Yale University. Instituições de ensino como Yale tradicionalmente respondem pela formação universitária da elite dos EUA e não há de ser estranho para ninguém a evidência de que muitos dos egressos da universidade acabem constituindo-se como notáveis figurões das ciências, da política ou também das artes de fazer dinheiro, afinal, além da altíssima e qualificada formação obtida, um diploma emitido por Yale confere status, respeitabilidade e até poder ao seu felizardo contemplado. Além de suas qualidades acadêmicas, em Yale ronda um mistério em torno de uma enigmática instituição estudantil. A irmandade acadêmica Skull and Bones é mais que um grupo de afiliação estudantil, trata-se de uma verdadeira ordem secreta cuja atuação suscita especulações das mais diversas e alimenta uma mística que vai muito além do campus, atingindo patamares tão amplos quanto insólitos a exemplo das maquinações pela ação do governo dos EUA sobre o Golfo Pérsico. O fato é que os integrantes efetivos e afetivos da Skull & Bones, os bonesmen, atuam de maneira a alimentar a mística e a preocupar os especuladores e propagadores das teorias de conspiração.

A Skull & Bones é um bastão da elite estadunidense, reduto da tradição cultural e política da fração protestante branca e anglo-saxã (a velha identificação conhecida formalmente nos EUA como WASP – White Anglo Saxon Protestant). Sua reputação é muito mais significativa que das demais agremiações secretas que funcionam em Yale (Scroll & Key, Book & Snake, Wolf’s Head, Eliahu e Berzelius), todas, contudo, seletas ordens elitistas que recrutam para os seus quadros os indivíduos mais promissores da universidade. Em termos competitivos, provavelmente, a única entidade de Yale capaz de impor uma concorrência à Skull & Bones é a Scroll & Key, e, em termos atuais, ambas possuem, respectivamente, identificações predominantes ao Partido Republicano e ao Partido Democrata, reproduzindo a polarização entre conservadores e liberais. Harvard e Princeton, que formam juntamente com Yale o grupo de elite das instituições superiores dos EUA, também possuem suas influentes ordens secretas, contudo, nenhuma delas possui tamanha atuação efetiva pelos subterrâneos e superfície da política estadunidense.

Desde sua fundação, em função da alta seletividade da Skull & Bones, que recruta anualmente apenas 15 membros, cerca de 2.500 bonesmen tiveram o privilégio de ostentar tal identificação e hoje em dia há em torno de 600 deles vivos, mas em geral ocupando importantes posições. Tradicionalmente não eram admitidos na ordem membros que não preenchessem os requisitos elementares prescritos pela composição daquilo que se compreende como critérios para a identificação da classificação social elitista da facção WASP da sociedade estadunidense, mas os ventos liberais e a política da inclusão forçaram a admissão de judeus, negros e também de descendentes de estrangeiros bárbaros, afinal, já há bonesmen de ascendência chinesa.

Este é um sinal de modernidade que é enriquecido pela mais recente iniciativa de admitir a afiliação de homossexuais. Mas, apesar destas concessões liberais, a Skull & Bones mantém critérios seletivos quanto ao universo de candidatos a prováveis irmãos de ordem. Um requisito inicial é a própria educação secundária, pois há preferência por candidatos egressos de tradicionais e prestigiosas High Schools que atendem exatamente a jovens abastados. Além do mais, a seleção leva em consideração a vivência aventureira do candidato. Pretendentes que já ousaram a enfrentar selvas africanas, intempéries sul-americanas, desertos e riscos eminentes no Oriente conquistam valiosos pontos nesta fase de pretensão à filiação. Os candidatos são criteriosa e severamente avaliados pelos membros sênior da ordem e submetidos a testes e entrevistas que buscam aferir as potencialidades e capacidade integrativa dos candidatos ao corolário e ideário da Skull & Bones.


Rituais à parte, o fato é que os bonesmen assumem o compromisso de seguir determinados princípios como a dedicação ao engrandecimento da nação conforme o receituário prescrito pelo treinamento ideológico prestado pela ordem. Mas eles lançam mão de certos artifícios retórico-discursivos nos quais são instruídos e hábeis para exercer suas atribuições segundo os ideais da Skull & Bones. É este o caso do emprego deliberado da discrição quase enigmática quanto a exposição de seus intentos e a ambigüidade normalmente presente nas peças retóricas expressas pelos irmãos de Yale. Mas engana-se quem imaginar que estas características retóricas são defeitos no processo de construção e apresentação dos pensamentos e atos elaborados por estes hábeis praticantes, pois os bonesmen são habituados a praticar seus métodos de discrição e ambigüidade como instrumentos de exercício do controle e domínio (fundamento que chamam de “wielding”). Aquilo que um bonesmen fala é marcado por noções subliminares que normalmente não ficam claras para um interlocutor desavisado.

O processo didático da construção de um bonesmen é sutil e decisivo. Nos tempos de academia, um bom integrante da Skull & Bones precisa exercer atividades desportivas com finalidades relativas ao exercício das habilidades de liderança, pois um bonesmen é, antes de tudo, um líder. Não há de se estranhar que dois dos esportes populares nos EUA, o baseball e a sua versão de futebol inspirada no rugby inglês são experimentos desportivos engendrados por bonesmen. Em esportes coletivos o processo de aprendizagem das competências dos irmãos de Yale é bastante exercido. O bonesmen Gorge Bush pai, embora não tenha sido um habilidoso jogador de baseball, foi capitão da equipe universitária de Yale. Guiar equipes e comandar vitórias é uma habilidade comum aos esportes coletivos, mas também é uma capacidade fundamental em uma espécie mais drástica de competição: a guerra. Nos ensinamentos difundidos no processo de formação da Skull & Bones admite-se que embora as idéias tenham a capacidade de transformar verdadeiramente a história, quase sempre a guerra acaba sendo empregada para realizar este fim.

A Skull & Bones difunde um código de postura, conduta e filosofia que bem representam o senso puramente WASP do segmento elitista dos EUA. Mas este código não é universal, ao contrário, é segmentado exatamente porque é elitista. Quando comparamos códigos, o que vemos na Skull & Bones é bem distinto daquilo que se percebe, por exemplo, nas normas de conduta do código samurai do Bushido japonês, que valoriza a honra entre os guerreiros contendedores e preconizou uma visão eminentemente ética e moral do mundo. O código Skull & Bones preconiza a noção de que aquilo que não representa é algo simplesmente inferior, isto é, a própria relação à excludente identificação do segmento da elite que representa (uma elite dentro da identificação WASP) por si já determina a diferença entre os dois códigos.

A visão Skull & Bones na política estadunidense é de notável influência, já que muitos de seus integrantes tomaram parte da vida pública do país desde os idos dos fins do século XIX. Esta visão típica dos bonesmen sobre a condução dos EUA não é assunto que deixe de merecer ser notado, sobretudo, quando mais um de seus pares ocupa a presidência do país, após uma reeleição disputada contra um adversário que também ostenta a condição de irmão da ordem de Yale (assim como Goerge W. Bush, o democrata John Kerry também foi forjado nas fileiras da Skull & Bones). Este aspecto político ocupará a abordagem da seqüência do presente artigo, quando a relação entre a ordem Skull & Bones e a Casa Branca vier a ser discutida e especulada.

Lista com fundadores da Skull & Bones:

De William Taft a Bush filho, 8 poderosos integrantes da Skull and Bones

1878 – WILLIAM H. TAFT
Secretário da Guerra (1904-1908) e 27º presidente dos EUA (1909-1913). Filho de Alphonso Taft, fundador do grupo.

1913 – AVERELL HARRIMAN
Embaixador dos EUA na URSS (1943-1946), secretário de Comércio (1946-1948) e governador de Nova York (1955-1958).

1920 – HENRY LUCE
Fundador da corporação Time-Life, um dos mais importantes conglomerados de comunicação dos EUA – responsável, entre outras, pela revista Time.

1948 - GEORGE H.W. BUSH
Fazendeiro e empresário do petróleo no Texas. Foi o 11º diretor da CIA (1976-1977) e o 41º presidente dos EUA (1989-1993). É pai do presidente George W. Bush.

1966 – JOHN KERRY
Senador dos EUA (1985 até hoje), vice-governador de Massachusetts (1983-1985) e candidato do Partido Democrata à Presidência da República (2004).

1968 - GEORGE W. BUSH
Governador do Texas (1995-2000) e 43º presidente dos EUA (2001-2008) – um dos mais impopulares da história do país.




Ilustração: Ir Daniel Martina

20 de novembro de 2011

Os Bilderbergs - Os Senhores do Mundo


A síntese do Poder Mundial seria composta pelos "controladores", pelos agentes conscientes (lideranças político-partidárias) e agentes inconscientes. Os instrumentos de dominação seriam as ideologias, o terrorismo, diferenças raciais e regionais, o ambientalismo, o indigenismo, com incentivo aos movimentos de secessão.

Clube Bilderberg:

O Clube Bilderberg (CB) foi criado entre 29 e 31 de maio de 1954, na cidade de Oosterbeckl, Holanda. Desde então, os mais importantes banqueiros, industriais, donos de comunicação, políticos, famílias reais europeias e outras personalidades se reúnem anualmente para traçar os rumos do planeta, dentro dos moldes do que seria um governo mundial secreto.

O Clube teria sido criado pelo príncipe Bernhard, da Holanda. As reuniões do CB seriam anuais e durariam 04 (quatro) dias e os participantes seriam convidados pelo Conselho Diretivo do Clube, com um máximo de 130 delegados, sendo 2/3 europeus e o restante dos EUA e do Canadá. Essa elite das nações ocidentais é composta de financistas, industriais, banqueiros, políticos, líderes de corporações multinacionais, presidentes, primeiros-ministros, ministros das Finanças, secretários de Estado e lideranças militares. Em 1991, Clinton teria sido enviado a Moscou pelo CB para que "enterrassem" os relatórios da KGB sobre sua juventude e suas atividades contra a Guerra do Vietnã, de modo a pavimentar seu caminho à presidência dos EUA.

O objetivo maior do CB seria a construção de uma era pós-nacionalista, na qual prevaleceriam uma economia global, um governo global e uma religião também global.

Há duas hipóteses que abordam as ditas pretensões do CB:

A primeira hipótese seria a reunião da elite econômica e política do mundo Ocidental, para fazer face ao avanço do Comunismo no século XX. Preocupado com o crescimento do antiamericanismo na Europa Ocidental, o polonês Joseph Retinger propôs uma conferência internacional - formalizada com a criação do Clube Bilderberg - em que líderes europeus, dos Estados Unidos e do Canadá, discutiriam seus problemas em comum, envolvendo representantes tanto liberais quanto conservadores (no sentido norteamericano) dos países-membros. Posteriormente, as decisões dessas reuniões seriam repassadas para o G-8 e os encontros anuais de Davos.

A segunda hipótese, hoje mais propalada, vê o CB dentro do que se convencionou chamar como "teoria da conspiração", cujo movimento teria pretensões de dominar todo o planeta, estabelecendo um governo mundial, o célebre "governo sombra". Esse objetivo seria alcançado pela Organização das Nações Unidas (ONU) - onde atualmente prevalecem teses esquerdistas -, na construção de uma nova ordem mundial, com moeda, exército e religião comuns, para quebrar a espinha dorsal da soberania das nações emergentes ou subdesenvolvidas - especialmente aquelas detentoras de reservas estratégicas, como minerais, água e biodiversidade, onde o Brasil se destaca em primeiro plano. Isso seria conseguido com o trabalho das ONG - especialmente as ambientalistas -, descaracterização cultural, internacionalização dos costumes, drogas, guerras localizadas, corrupção de políticos, controle da Educação, terrorismo etc.


A síntese do Poder Mundial seria composta pelos "controladores", pelos agentes conscientes (lideranças político-partidárias) e agentes inconscientes. Os instrumentos de dominação seriam as ideologias, o terrorismo, diferenças raciais e regionais, o ambientalismo, o indigenismo, com incentivo aos movimentos de secessão. Enfim, estaria sendo empregada a guerra permanente de 5ª geração, que, no Brasil, teria como objetivo a "balcanização" da Amazônia, com a criação de inúmeras "nações indígenas", depois que forem demarcadas e homologadas todas as Terras Indígenas (TI) da região, que ocultariam imensuráveis reservas minerais e rica biodiversidade. Entre os principais atores frente à "defesa da Amazônia" estaria a realeza britânica, na pessoa do Príncipe Philip e sua ONG Fundo Mundial para a Natureza (WWF). A presença do Príncipe Charles na região, tanto no período da criação da TI Ianomâmi, quanto no da TI Raposa Serra do Sol, seria uma prova irrefutável dessa cobiça.

Junto do CB e da ONU, podem ser citados outros grupos tidos como "controladores", como o Diálogo Interamericano, a Comissão Trilateral, o Clube de Roma, o Fundo Monetário Internacional (FMI), o Conselho de Relações Internacionais (Council on Foreign Relations - CFR), o Grupo dos 30, cujos objetivos seriam varrer do mapa a ideia de soberania nacional e eliminar as Forças Armadas nacionais. Não se pode esquecer o próprio Foro de São Paulo, criado em 1990 por Fidel Castro e Lula da Silva, para "recuperar na América Latina tudo o que foi perdido no Leste europeu", ou seja, transformar o mundo latinoamericano em uma nova União Soviética, tendo por modelo Cuba e o "socialismo do século XXI" do bolivarianismo de Hugo Chávez, presidente da Venezuela. A criação da União de Nações Sulamericanas (Unasul) seria o primeiro passo para atingir esse objetivo estratégico.

Diálogo Interamericano:

Em 1982, o Centro Acadêmico Woodrow Wilson, subordinado ao Congresso dos EUA, organizou três seminários em Washington para debater as repercussões da Guerra das Malvinas. Como resultado, foi criado o Diálogo Interamericano (DI), cuja ata de fundação foi subscrita, entre outros, por Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva.

Desde sua fundação, o DI difunde teses como soberania limitada (ou relativa) das nações, direito de ingerência e da interdependência entre as Nações.


Quando FHC foi eleito presidente, a "dependência subalterna" do Brasil ao capital mundial deu-se dentro do conceito da "teoria da dependência", tese defendida por ele nos meios acadêmicos dos tempos em que ainda não pedia para "esquecer o que havia escrito". Em 1995, durante sua visita ao Brasil, o Secretário de Defesa dos EUA, William Perry, declarou ao jornal O Globo (06/05/1995) "que o seu governo quer que as Forças Armadas de cada país passem a ser lideradas por um Ministro de Defesa que seja civil. A liderança civil do sistema de defesa fortalece tanto a democracia quanto as próprias Forças Armadas. Nós vamos incentivar isso, assim como a idéia de que haja uma transparência cada vez maior no intercâmbio de informações militares entre as três Américas". Isso explica por que FHC atendeu prontamente o DI, criando o Ministério da Defesa, em 1999, tirando todo o poder político dos antigos comandantes das três Forças Armadas.

"FHC, nos seus governos, ainda, diminuiu fortemente os orçamentos militares, restringiu aumentos de vencimentos, sucateou as Forças Armadas, cortou verbas para alimentação, diminuiu efetivos, escasseou recursos para pesquisas militares, paralisou o Programa Calha Norte, assinou o tratado de não-proliferação Nuclear, paralisou o desenvolvimento do submarino nuclear, assinou o vergonhoso acordo 505 e o acordo para o não desenvolvimento de mísseis, afastou as FA do centro das decisões nacionais e privatizou áreas estratégicas para a Defesa. O conjunto da sua obra, sem dúvida, é crime de lesa-Pátria por servir a interesses estrangeiros, prejudicando a Nação" (general Marco Antonio Felicio da Silva in O granadeiro emparedado - Cfr. texto completo:



A Nova Ordem Mundial:

Na verdade, observa-se que existem muitos grupos de interesses, além do Clube Bilderberg e do Diálogo Interamericano, que envolvem nações diversas, que se unem em acordos para preservar seus interesses políticos e comerciais. Além do G-8, da imponente força angloamericana (EUA e Reino Unido), da União Européia, outros atores de vulto surgiram nos últimos anos, como o Japão e a China, esta última à frente dos países emergentes de extensão continental, o chamado "BRIC" (Brasil, Rússia, Índia e China).

O incremento do recente acordo EUA-China, iniciado durante o governo George W. Bush, dá a exata medida do que será esse gigantesco G-2 nas próximas décadas. Contrariando a doutrina da "nova ordem mundial", de George Bush (pai), que surgiu após a Guerra do Golfo (1991) e que previa a conversão maciça de nações em democracias - o mesmo "profetizado" por Francis Fukuyama em seu ensaio O Fim da História -, com a implementação da globalização, o que de fato ocorreu foi o contrário, uma volta ao tribalismo, com o esfacelamento de federações, como a União Soviética e a antiga Iugoslávia, e de países, como a então Tchecoslováquia. Até nações prósperas como a Espanha (País Basco) e o Canadá (Questão do Quebec francófono) se vêem às voltas com movimentos separatistas.

Mesmo desconsiderando as teorias conspiratórias, como as do Clube Bilderberg e do Diálogo Interamericano, não se deve esquecer das recentes doutrinas americanas que envolvem direta ou indiretamente o Brasil.

Em 24 de abril de 1975, o Secretário de Estado norte-americano Henry Kissinger assinou um documento intituladoMemorando de Estudo para a Segurança Nacional n° 200. Implicações do crescimento da População Mundial para a Segurança dos Estados Unidos da América e seus interesses ultramarinos (NSSM 2000), que passou a ser conhecido como Relatório Kissinger. Entre outras coisas, dizia tal documento:

"A assistência para o controle populacional deve ser empregada principalmente nos países em desenvolvimento de maior e mais rápido crescimento onde os EUA têm interesses políticos e estratégicos especiais. Estes países são: Índia, Bangladesh, Paquistão, Nigéria, México, Indonésia, Brasil, Filipinas, Tailândia, Egito, Turquia, Etiópia e Colômbia".

Ao Brasil o Relatório Kissinger dedica um parágrafo inteiro:

"América Latina. Prevê-se que haverá rápido crescimento populacional nos seguintes países tropicais: Brasil, Peru, Venezuela, Equador e Bolívia. É fácil ver que, com uma população atual de mais de 100 milhões, o Brasil domina demograficamente o continente; lá pelo fim deste século, prevê-se que a população do Brasil chegará aos 212 milhões de pessoas, o mesmo nível populacional dos EUA em 1974. A perspectiva de um rápido crescimento econômico - se não for enfraquecida pelo excesso de crescimento demográfico - indica que o Brasil terá cada vez maior influência na América Latina nos próximos 25 anos".

Durante o Governo de Bill Clinton, já havia uma doutrina próxima à chamada "Doutrina Bush" - que Barack Obama prometeu enterrar -, a "Doutrina Lake". Propagada em 1996 por Anthony Lake, Assessor de Segurança Nacional de Clinton, essa Doutrina estabelecia que as Forças Armadas americanas deveriam ser utilizadas em 7 circunstâncias: 1) para defender o país contra ataques diretos; 2) para conter agressões; 3) para garantir os interesses econômicos do país; 4) para preservar e promover a democracia; 5) para prevenir a propagação de armas de destruição em massa, terrorismo, crime internacional e tráfico de drogas; 6) com fins humanitários para combater a fome, desastres naturais e grandes abusos de direitos humanos; e 7) em defesa da ecologia e do meio ambiente. Não custa lembrar que os itens 5, 6 e 7 caem como uma luva para o Brasil, caso Uncle Sam chegue à conclusão de que a Amazônia está sendo devastada ("defesa da ecologia"), de que os ianomâmis estão sendo massacrados ("defesa dos 'direitos humanos' ") e de que o narcotráfico tomou conta de nosso País ("prevenção do tráfico de drogas").


Defesa Nacional:

O Brasil, país de dimensão continental e riquíssimo em recursos naturais, não pode se descuidar de sua Segurança, tendo em vista a cobiça internacional, especialmente sobre os minerais e a biodiversidade da Amazônia e as riquezas ainda não-dimensionadas do petróleo na região do pré-sal. No passado recente, o País abriu mão de se tornar uma potência nuclear (Projeto Solimões) - fortíssimo argumento dissuasório -, embora tenha o domínio do processo de enriquecimento do urânio desde a década de 1980. Em pouco tempo deverá ter também o domínio da tecnologia espacial, fabricando seus próprios foguetes e satélites geoestacionários, processo retardado devido à explosão do Veículo Lançador de Satélites (VLS-1) em Alcântara, MA, ocorrida em 2003, ocasião em que morreram 21 cientistas brasileiros.

Atualmente, o Brasil está para fechar importante acordo militar com a França, no valor de 6,7 bilhões de euros, para aquisição de 4 (quatro) submarinos convencionais, a transferência de tecnologia francesa para construção do submarino nuclear brasileiro, a fabricação de helicópteros e a construção de uma base naval em Sepetiba, RJ. Com a vinda dessa "Segunda Missão Francesa" ao Brasil, presidida pessoalmente pelo presidente Nicolas Sarkozy, não será surpresa se o Brasil fechar acordo em agosto para a compra de pelo menos 36 caças Rafale, da francesa Dassault, para o projeto F-X2 da Força Aérea Brasileira (FAB), ao custo de US$ 5,4 bilhões. A proposta da Dassault inclui fabricação do Rafale no Brasil.

Com a eleição de Barack Obama, considerado menos "belicista" do que George W. Bush, há setores do Ministério da Defesa que não apoiam a compra de caças de última geração. Esses estrategistas acham que os Super Tucanos e o avião-radar RC-99, fabricados pela Embraer, são suficientes para as necessidades reais do País, o que é um erro grave para um país continental que pretende se fazer respeitar internacionalmente e ocupar assento permanente no Conselho de Segurança da ONU.

Durante a Guerra Fria, predominavam dois blocos político-econômicos, o socialista, representado pela União Soviética, e o capitalista, presidido pelos EUA. Com o fim do império soviético, atenuou-se o perigo comunista e outras composições políticas começaram a ser feitas, como o G-20, em que os emergentes do BRIC passaram a ser também ouvidos em fóruns internacionais.


Com o fim da Guerra Fria e a ascensão da esquerda em vários países latinoamericanos, um novo "inimigo" foi identificado nos meios acadêmicos civis e militares brasileiros: os EUA. A prova mais recente disso seriam as novas bases aéreas cedidas pela Colômbia aos EUA (Malambo, Apiay e Palanquero, acrescidas às já existentes bases de Larandia e Tolemaida), depois que foi desativada a base americana em Manta, Equador. A aparente parceria Colômbia-EUA para o combate ao narcotráfico e à guerrilha teria outros fins, não declarados, como um possível ataque dos ianques contra a Amazônia ou o governo de Hugo Chávez, financiador das FARC que a Colômbia e os EUA combatem. Na verdade, tudo isso não passa de puro antiamericanismo foro-são-paulino, pois os EUA não necessitam de tais bases para atacar países sulamericanos. Os ataques, se forem feitos no futuro, seriam a partir dos porta-aviões estacionados no Pacífico, no Atlântico e no Caribe, exatamente como fizeram nos ataques contra o Afeganistão e o Iraque.

Ameaças imperialistas à parte, compete ao Brasil defender sua soberania nacional, seja na Amazônia Verde, seja na área dos 3,5 milhões de km2 da "Amazônia Azul", com destaque para as reservas petrolíferas subaquáticas. Para isso, é necessário que o País modernize rapidamente suas Forças Armadas, atualmente obsoletas.

Como se pode deduzir frente às atuais alianças políticas e militares, o mundo atual é muito mais complexo do que aquele imaginado pelos "teóricos da conspiração", que vêem no Clube Bilderberg e em outros organismos "controladores" uma grave ameaça à soberania das nações. Ao Brasil cabe a obrigação de não descuidar de sua Segurança Nacional, o que vem ocorrendo nas últimas décadas, de modo até criminoso. Se não formos capazes de defender o óbvio, que são nossas imensuráveis riquezas, tanto da Amazônia, como do pré-sal, não temos o direito de acusar conspiradores que estariam de olho nesses recursos naturais. Os culpados pela perda dessas riquezas e de nossa autonomia seríamos nós, somente nós.


O objetivo dos que lutam contra essa ditadura global é defender a nossa intimidade pessoal e nossos direitos individuais, a pedra angular da liberdade. E essa batalha envolve o Congresso dos EUA, a União Européia, os tribunais, as redes de comunicação, as câmeras de vigilância, a militarização da polícia, os campos de concentração, as tropas estrangeiras estacionadas em solo de diversos países, os mecanismos de controle de uma sociedade sem dinheiro em espécie, os microchips implantáveis, o rastreamento por satélite GPS, os cartões de identificação por radiofreqüência (RFID), o controle da mente, as contas bancárias, os cartões inteligentes e outros dispositivos de identificação que o Grande Irmão nos impõe e que conectam os detalhes da nossa vida a enormes bancos de dados secretos dos governos.

Todos os presidentes dos EUA, desde Eisenhower, pertenceram ao Clube. Também Tony Blair, assim como Lionel Jospin, Romano Prodi, ex-presidente da Comissão Européia, Mario Monti, comissário europeu para a Concorrência, Pascal Lamy, comissário do Comércio, José Manuel Durão Barroso, atual presidente da Comissão Européia, Alan Greenspan, chefe do FED (o Banco Central dos EUA), Hillary Clinton, John Kerry, a ministra de Assuntos Internacionais da Suécia, assassinada, Anna Lindh, Melinda e Bill Gates, Henry Kissinger, a dinastia Rothschild, Jean-Claude Trichet, cabeça visível do Banco Central Europeu, James Wolfenson, presidente do Banco Mundial, Javier Solana, ex-Secretário Geral do Conselho da Comunidade Européia, o financista George Soros, um especulador capaz de derrubar moedas nacionais em proveito próprio, e todas as famílias reais da Europa. Juntamente com eles sentam-se os grandes proprietários dos meios de comunicação, pessoas que controlam tudo o que se lê e assiste.

Com relação ao sistema educacional é necessário dar a conhecer que os estudos realizados pelo Clube Bilderberg demonstram que conseguiram diminuir o coeficiente intelectual médio da população. Para conseguir isso não só manipulam as escolas e as empresas, mas também têm se apoiado na arma mais letal que possuem: a televisão e seus programas de baixo nível, para afastar a população de situações estimulantes e conseguir assim entorpecê-la.

A verdadeira história do Clube Bilderberg é uma narração da subjugação impiedosa da população por parte de seus governantes. Um Estado Policial Global que ultrapassa o pior pesadelo de Orwell, com um governo invisível, onipresente, que manipula os fios desde a sombra, que controla o governo dos EUA, a União Européia, a Organização Mundial de Saúde, as Nações Unidas, o Banco Mundial, o Fundo Monetário Internacional e outras instituições similares. E, o mais espantoso de tudo, formula os projetos futuros da Nova Ordem Mundial. 


Ilustração: Ir Daniel Martina