31 de março de 2012

Os Arquivos Secretos da Inquisição:


Baseado em documentos inéditos e pesquisas que revelam inúmeros segredos do Vaticano, a minissérie Arquivos Secretos da Inquisição foi destaque do The History Channel. A produção de quatro horas foi rodada na Itália, França e Espanha. A minissérie, com intervenções de especialistas, retrata as passagens mais obscuras de mais de 600 anos da Igreja Católica em sua luta para ser a exclusiva representante do Cristianismo no mundo. O especial aborda essa sangrenta história, dos arquitetos da Inquisição às vítimas de sua ira. Os episódios trazem opiniões de estudiosos como David Gitlitz (especialista em História Medieval), Stephen Haliczer (historiador), Charmaine Craig (escritor) e Joseph A. Di Noia (teólogo e reverendo).

A inquisição é um fato histórico, que deve ser considerado a despeito de seu aspecto religioso. E, por isso, pertence ao mundo, não podendo ser privilégio de arquivos secretos, ou de gavetas privativas, pois faz parte da própria história da humanidade, do homem e de seu aprendizado na trajetória evolutiva do tempo. As páginas da história, se não servem para outra coisa, bastam pelo que nos ensinam a não repetir os erros do passado e pelo que nos impelem a realizar em prol da construção do homem e do mundo. Por essa razão e para quem não teve a oportunidade de assistir ao documentário, preparamos um resumo sobre o assunto. Recordar é, pois, refletir, para nunca mais repetir.

A verdadeira história da Inquisição:

Inquisição, do latim Inquisitio, é um termo que deriva do ato judicial de inquirir, que significa perguntar, averiguar, pesquisar, interrogar. A Inquisição foi uma operação oficial conduzida pela Igreja Católica a fim de apurar e punir pessoas que não comungavam com os princípios ortodoxos da Igreja Católica.

A Inquisição foi um sistema de terror em massa, composto por cortes secretas. Tratava-se de uma instituição que ultrapassou fronteiras geográficas e históricas, indo da França medieval ao renascimento italiano.

A legislação do Inquisitio Haereticae Pravitatis Sanctum Officium ou Santo Ofício, como também era chamada, foi se tornando cada vez mais radical através da História. Em 1184, o Papa Lúcio 3º, formula um direito penal para punir indivíduos considerados “hereges” (pessoas que pensavam, ou agiam, de forma conflitante com o que a Igreja apregoava como verdade). Com base nesses postulados, autoridades e leigos, ficaram obrigados a denunciar os hereges sob pena de confisco de suas propriedades. Em 1199, o Papa Inocêncio 3º tipifica a heresia como crime de lesa majestade, ou seja, um delito contra a autoridade do monarca. Durante o pontificado de Inocêncio 3º as trevas predominaram.

Com um Exército de cerca de trinta mil soldados, convocados por ele, dentre mercenários e vadios, o sul da França foi invadido, instalando-se ali uma guerra que duraria quatro décadas, morrendo um número inestimável de crianças e inocentes. Seu objetivo era reconhecidamente político e não o de preservar a fé. Considera-se que foi um dos Papas mais corruptos e voltados para os valores mundanos.

Posteriormente, em 1209, a História registra o assassinato de 7.000 pessoas que foram queimadas vivas dentro de uma igreja local, acusadas de heresia, na cidade de Béziers, na França.


Mais adiante, o Papa Gregório IX, o mesmo que canonizou Francisco de Assis, Santo Antonio de Pádua e São Domingos de Gusmão, criou, em 1233, o Santo Ofício da Inquisição, através da Bula Licet ad Capiendos, com o que pretendia reprimir as doutrinas heréticas, ou seja qualquer movimento pensante que fosse considerado afronta à visão oficial do Catolicismo. Mediante essa Bula, Gregório confere aos dominicanos a tarefa de erradicar a heresia. Do temido e sombrio documento, constou: “Onde quer que os ocorra pregar estais facultados, se os pecadores persistem em defender a heresia apesar das advertências, a privá-los para sempre de seus benefícios espirituais e proceder contra eles e todos os outros, sem apelação, solicitando, em caso necessário a ajuda das autoridades seculares e vencendo sua oposição, se isto for necessário, por meio de censuras eclesiásticas inapeláveis".

Nascia ali, de forma institucionalizada e escancarada, séculos de perseguição, interrogatórios e punições cruéis a quem divergisse do pensamento religioso dominante, a temida Inquisição. Nesse mesmo ano de 1233, Roberto el Bougre, designado Inquisidor, promoveu saques e execuções em massa, e, após dois anos, foi promovido a responsável pela Inquisição em toda a França. Em 1252, o Papa Inocêncio IV assinou a Bula "Ad Extirpanda", que consagrou definitivamente o temido Tribunal Eclesiástico da Inquisição, autorizando o uso da tortura e da barbárie. O Poder institucional do Estado era obrigado a colaborar com esse Tribunal da Igreja. Os inquisidores - pessoas encarregadas de investigar e denunciar os hereges – desfrutavam de padrão cultural de excelência, pois eram doutores em Teologia, Direito Canônico e Civil. Caso julgasse necessário, os inquisidores tinham o poder de exigir que as autoridades civis, sob juramento, defendessem a Igreja contra a maldade herética. O padre Bernardo, jesuíta, foi um nome que muito se destacou nessa ação inquisitorial inicial, por ser, como Inquisidor, na Região francesa de Touluse, implacável com suas vítimas.

No início dos anos 1300, na pequenina aldeia de Montaillon, no sul da França, vivia um povo que se cansava de pagar pesados tributos e multas ao poder dominante da Igreja Católica. Os padres se preocupavam mais com a colheita de impostos do que com outra coisa. Nesse tempo a Igreja era considerada a guardiã da palavra de Deus. Em meio a esse contexto, brotou uma semente reformista de reação, chamada catarismo, ou seja um movimento religioso rebelde que foi imediatamente identificado pela Igreja como herético.

O catarismo se espalhou, a ponto de ameaçar o poder papal e nesse tempo qualquer afronta à Igreja era considerado um ataque ao Governo que, por sua vez, protegia a segurança dos Papas. Em Montaillon ficou muito conhecido um padre que se tornou famoso na História por sua devassidão moral, pois escondia permanentes e múltiplos amores nos recantos sombrios de sua paróquia sacerdotal. Padre Pierre que vivia simpaticamente entre os Cátaros, um dia achou simplesmente, como confidenciaria mais tarde, que estava perdendo seu poder sacerdotal na Região e acabou traindo os habitantes da pequena aldeia, que tanto o estimavam, pois serviu de elo de comunicação para que a impiedosa reação da Inquisição chegasse à Montaillon. Dezenas de famílias foram condenadas e obrigadas a usar a cruz amarela que tanto denegria o usuário condenado.


Em 1318, surge a figura sombria do padre Jacques Fournier, que fora bem educado na Universidade de Paris, onde recebeu doutorado em teologia, mas que, nem por isso, teria qualquer compaixão com quem interpretasse o catolicismo diferente dele. Fournier acabou descobrindo que Montaillon estava literalmente seduzida pelo pensamento herege e lá reabriu a Inquisição. Intimou homens e mulheres aos interrogatórios cruéis. Os escribas anotavam, com rigor, todos os depoimentos dos aldeões. A vida das pessoas era invadida sem qualquer parcimônia. Beatrice, amante do padre Pierre, ficou presa, à pão e água, na Torre da Aldeia.

E note-se que entre os Inquisidores de seu tempo, Fournier foi considerado um dos mais complacentes, pois somente queimou cinco hereges. Em 1327, esse Inquisidor se tornou Cardeal e, sete anos depois, foi eleito Papa, tomando o nome de Bento XII. Sua obra maior: o suntuoso Grand Palais.

Uma das vítimas de Fournier fora um coitado judeu viajante, preso durante a noite sob os berros dos inquisidores: “sejam batizados, ou mataremos imediatamente”. Claro, ele preferiu o batismo. Esse judeu, inteligente e culto, fascinara Fournier, com ele debatendo durante quase dois meses e tudo fazendo para torná-lo cristão, mas o velho judeu preferiu permanecer como pensava. Fournier, então, deu o ultimato. Converter-se, ou morrer, uma terrível palavra de ordem que atravessou os séculos.


Em 1376, o Inquisidor Nicolau Eymerich, formulou o "Directorium Inquisitorum", que era o Manual dos Inquisidores, onde constavam regras inenarráveis sob o ponto de vista de crueldade. O Manual informava ao Inquisidor 50 artimanhas de que se valia o demônio para impedir o ato sexual, provocar impotência ou ensejar práticas abortivas. De lá vieram inspirações as mais draconianas: "És capaz de lembrar da tua confissão ontem, ou anteontem, sob tortura? Então, agora, repete tudo com total liberdade". E a resposta era anotada. Se o acusado não ratificasse a afirmação, era submetido a novas sessões de tortura.

Em 1394, os padres já exigiam a conversão dos judeus. No século XV, a comunidade judaica vivia em guetos. Quando “convertidos”, passavam a incomodar os antigos cristãos com seus prósperos negócios. Não havia quem entre os “convertidos” que não fosse tomado de medo, pois temia sofrer qualquer tipo de discriminação e violência.


A Caça às Bruxas: 

Em 1484, o papa Inocêncio III emitiu a bula papal que estabeleceu o "Malleus Maleficarium", (O Martelo das Feiticeiras), um manual operacional da Inquisição, no qual as mulheres eram especialmente visadas para perseguição como prováveis bruxas, muitas vezes pobres mulheres velhas que não apresentavam boa aparência, e que costumeiramente eram acusadas por todos os males que açoitavam a Europa. A condenada era despida e forçada a engatinhar, diante da multidão, para uma gaiola onde ela era colocada para depois ser pendurada para todos verem. Outras simplesmente eram acusadas por algum desafeto e, visto que a acusação era equivalente à culpa, a pobre mulher podia esperar uma morte lenta sob tortura nas mãos dos sacerdotes.

Embora a maior parte das execuções fosse realizada publicamente, a tortura para obter as "confissões" era realizada em recintos secretos, normalmente em um calabouço em uma igreja, especificamente projetado para a tortura. Nesse ambiente, as mais jovens e belas, não raro, sofriam abuso sexual por parte dos inquisidores durante a Inquisição.

O "Malleus Maleficarium" declarava que as bruxas têm uma "marca do Diabo" (um terceiro mamilo), em algum lugar do seu corpo. Isso exigia que o sacerdote investigador fizesse uma inspeção minuciosa no corpo nu da pobre mulher. Essa inspeção era freqüentemente realizada em meio a um grupo de homens que agiam como voyeurs, que ostensivamente eram convidados a testemunhar essa "inspeção" por causa de seu “ofício religioso”! Nas temidas cortes da Inquisição, as sentenças de morte eram executadas das mais variadas formas. As vítimas eram flageladas e mutiladas pelos torturadores, tinham a carne dilacerada e os ossos quebrados para depois serem queimadas vivas em fogueira de lenha verde para que a agonia se prolongasse.


O Caso Joana D'Arc:

Joana D'Arc nasceu em Domrémy, na atual província de Lorena, em janeiro de 1412. Sua terra foi devastada pela Guerra dos Cem Anos, um conflito dinástico com a Inglaterra que começou em 1337. Foi educada para as prendas domésticas tradicionais e, às vezes, pastoreava as ovelhas. Aos 12 anos, começou a ouvir vozes sagradas, que primeiro lhe falaram da necessidade de manter a virgindade, para a salvação da alma. Depois, a mensagem tornou-se mais específica. Ela devia coroar rei o delfim e salvar a França dos ingleses.
vivas em fogueira de lenha verde para que a agonia se prolongasse.

Convenceu o senhor local a apresentá-la ao rei, e ao soberano pediu que a autorizasse a participar do levante do sítio de Orleans. Equipada com armas e homens partiu para o ataque e, pela primeira vez em longo tempo, os franceses saíram vitoriosos da batalha. Joana coroou o delfim na cidade de Rheims. Mas sua sorte militar não durou muito. Logo, ela travou uma série de batalhas perdidas, que terminaram em sua captura pelos borgonheses, cujo duque, parente do rei da França, se aliara aos ingleses. Foi vendida aos ingleses, julgada por eclesiásticos franceses e em 1431, aos 19 anos, morta na fogueira da Inquisição.


O Santo Ofício na Espanha:

Em 1478, os tempos já eram outros na Ibéria. A Inquisição e suas filhas cruéis, a tortura e a morte, era uma realidade na Espanha, instituída por Bula do Papa Sixto IV. O terror irradiava por todo canto e a tolerância desaparecera do cenário espanhol. Fernando de Aragão e Isabel haviam se casado e, com isso, reuniram os Reinos de Castella e Aragão.
 

Eles não concordaram que a Inquisição espanhola fosse administrada por Roma, pois nesse País os nomes eram apenas aprovados pelo Papa, mas quem indicava era o monarca espanhol. Assim sendo, em 1483, Sixto IV nomeou o monge dominicano Tomás de Torquemada para as funções de Inquisidor Mor de todos os territórios de Fernando e Isabel. Esse dominicano era de uma crueldade sem limites. Estima-se que ele torturou e condenou à fogueira aproximadamente dez mil pessoas. Torquemada é considerado um dos grandes genocidas da Humanidade. Segundo fontes históricas, o Papa Alexandre VI, pensou em destituí-lo de suas funções, mas teria desistido por exclusiva consideração à corte espanhola.


O Caso Cinta Cacavi:

Cinta Cacavi, uma judia, fora denunciada por sete testemunhas. Era considerada uma infiel. E, por isso, o inquisidor determinou sua tortura, que era admitida como forma de obter confissão, desde que prevista pelo Manual da Inquisição. Assim sendo, Cinta Cacavi foi queimada, com os pés amarrados, tendo os inquisidores o cuidado de cobrir o crucifixo para “não assistir” (ou “não ouvir”) os gritos de dor da sentenciada. A tortura foi tão cruel que a Corte acabou ouvindo o que queria: “sou cristã”. O clima de denuncismo imperava, com parentes e vizinhos se acusando uns aos outros. Quando o fogo era aceso, tinha que arder até que os judeus presentes estivessem todos mortos e não existisse mais ninguém atacado pela “lepra da heresia”. Assim era o pensamento inquisitorial dominante.

Em 1485, o inquisidor Pedro Arbus morreu assassinado, justamente ele que fora declarado santo quatro séculos depois. Pelo assassinato de Arbus, depois de buscas e inquéritos implacáveis, mais de sessenta acusados foram condenados e atirados à fogueira.


O Caso do Frei Baldo Lupertino e do Estudante de Pádua:

A reação começava a se constituir espontaneamente. O monge alemão Martín Lutero lançaria, mais em seguida, a Reforma Protestante, desafiando o poder que emanava de Roma. O fascínio dos Papas pelos valores transitórios do mundo e pela bonança financeira, indignavam o monge alemão. O padre Baldo Lupertino, que era franciscano, também já demonstrava idéias independentes, que se harmonizavam com os ideais de Lutero, dizendo que o Papa era apenas o Pastor de sua própria Igreja. “Acredito na verdade contida nas Escrituras, mas não na autoridade do Papa, que é um ser humano como outro qualquer”. Nesse tempo papas, cardeais e bispos viviam cercados de luxo, mais preocupados em questões políticas e financeiras do que nos verdadeiros valores espirituais.

Leão X assumira o seu Pontificado totalmente seduzido pelos prazeres do mundo. “Uma vez que Deus nos conferiu o nosso pontificado, vamos aproveitá-lo”, disse ele sem qualquer escrúpulo. Leão X (1513/1521) dedicava seu tempo às artes, às festas, à caça e ao teatro. Sua corte era abastecida por banquetes regados às melhores bebidas finas. As delícias do mundo anestesiavam incontrolavelmente o poder daquele Pontífice. Uma única preocupação marcaria seu reinado: a reforma da Catedral de São Pedro, o projeto mais ambicioso de Leão X, que levaria a Igreja ao fundo do poço. Para resolver a situação financeira difícil que criou, Leão X passou a vender indulgências (perdão comprado pelos católicos medievais, que ficavam isentos das penas temporais por pecados cometidos contra Deus).

A única providência desse Papa contra Lutero foi simplesmente excomungá-lo, em 1521. Mas toda a devassidão moral que imperava na Corte papal não era compartilhada pelo Bispo Giovanni Pietro Carafa, que fora embaixador do Vaticano na Espanha, onde observou a eficiência da Inquisição contra dissidentes, como Lutero. E passou, em Roma, a sonhar com a mesma coisa. Assim sendo, Carafa passou a liderar um grupo de monges que se voltaria contra Lutero e os inimigos da então mais poderosa Religião da Terra.

Em 1529, a cidade de Veneza já estaria contaminada pela disseminação da heresia protestante. O padre franciscano Baldo Lupertino liderava a conspiração das idéias. Pregava para o público com independência, a reforma, afirmando que ninguém precisava do clero para falar com Deus, pois achava que esse contato deve ser direto.

Sobre o sacramento da confissão, dizia: “somente Deus perdoa e sem uma confissão sincera e arrependida a Ele, nenhuma confissão será válida, nem ao Papa”. Por isso, esse prelado dissidente tornou-se o alvo da vingança do Bispo Carafa. Por sua vez, outro reduto de hereges era a Universidade de Pádua, próximo a Veneza, famosa pela liberdade das idéias e por seu primor acadêmico.

Não demorou muito e um participante da comunidade denunciou Frei Lupertino em Roma. Nessa altura o Bispo Carafa já era Cardeal, com grande prestígio no Vaticano. Valendo-se dessa condição, fez a cabeça do Papa Paulo 3º, dizendo que era necessário exterminar a heresia protestante que crescia incontrolavelmente. E seu remédio para salvar Roma e a Península itálica não era outra: a Inquisição. E assim aconteceu. Com a construção de câmaras de interrogatório e celas de prisão, próprias do processo inquisitorial. Nem mesmo o pai de Carafa seria poupado, caso dele discordasse na fé: “se ele se tornasse um herege, eu armaria a fogueira para dizimá-lo”, dizia, sem escrúpulo, o impiedoso Cardeal. E a Inquisição tomava conta da Península.


Em Veneza, o dissidente Frade Lupertino, seria a primeira vítima do Cardeal Carafa. Preso, foi levado ao Tribunal da Inquisição, em 1542, onde manteve as idéias dissidentes que o fizeram réu. O enviado do Papa queria a execução exemplar do acusado, amarrando-o na Praça de San Marco e queimando-o para que suas cinzas fossem atiradas ao mar “pela honra e glória do Cristo”. Mas, para não ensejar repercussão nos negócios da cidade, preferiu-se o aprisionamento de Frei Lupertino por tempo indeterminado, permanecendo ele no cárcere por quatorze anos, até que o Papa Paulo IV - nome que o Cardeal Carafa assumiu ao ser eleito Pontífice – requereu a execução pública do prelado, o que foi vetado pelas autoridades de Veneza, e, em conseqüência, o padre acabou sendo atirado ao mar, às escondidas, na calada da noite, com uma pedra amarrada ao pescoço.

Em 1555, com o Inquisidor cardeal Carafa proclamado Papa, com o nome de Paulo IV, a Universidade de Pádua logo entrou na mira ensandecida do Pontífice, que determinou a expulsão de todos os hereges. Um estudante de Direito, de apenas 24 anos de idade, tornou-se também uma vítima derradeira, que bem ilustra essa investida ação papal. Intimado, o estudante compareceu ao Tribunal, onde manifestou em sua defesa o direito de expressar livremente suas idéias, enquanto estudante universitário de Pádua. “A Igreja se desvia da Verdade”, acusou ele, recusando-se a abjurar. Foi condenado à prisão e, depois, executado publicamente na Piazza Navona, mergulhado num barril de óleo fervendo, piche e água raz, onde sobreviveu por quinze minutos sob sofrimento atroz.


A Inquisição em Portugal e no Brasil:

A Inquisição foi instituída em Portugal no ano de 1536 e somente terminou em 1821. O primeiro auto-de-fé foi assinado em 20 de setembro de 1540 na capital, Lisboa. Aproximadamente 70 mil portugueses foram condenados pelo Tribunal do Santo Ofício. Destes, mais de trinta mil foram "purificados pelo fogo". Os que não eram destinados à fogueira normalmente eram exportados para o Brasil-colônia, onde cumpriam pena.

Informam os historiadores que os Tribunais da Inquisição nunca foram oficialmente instalados em terras brasileiras. Entretanto, afirma-se que o clero detinha poderes inquisitoriais. Os vigários fiscalizavam a população, informando para as autoridades eclesiásticas comportamentos considerados suspeitos de heresia. Por sua vez, os bispos tinham autoridade para determinar prisões, confiscar bens e transferir suspeitos de heresia para julgamento em Lisboa. Segundo a historiadora Anita Novinsky, numa entrevista que concedeu no Rio, “tivemos um Tribunal do Santo Ofício, que atuou no Brasil durante 285 anos, sobre o qual não conhecemos nada”.


A Perseguição aos Judeus:

Durante a atuação impiedosa do ex-cardeal Carafa, depois Papa Paulo IV, considerava-se que “nenhum Tribunal trabalhava melhor pela obra de Deus”, do que a Corte da Inquisição.

Mas o fato é que Paulo IV também fora implacável com os judeus. A Bula papal que esse Pontífice emitiu, em 1555, instalou o desassossego e o pavor entre a comunidade judaica, que passou a ser confinada em guetos, somente podendo sair de lá com permissão especial. Milhares de manuscritos judaicos foram atirados à fogueira. Qualquer livro hebraico estaria proibido. O Talmude (compilação de leis judaicas) passou a ser considerado “livro perigoso”.

Mas como não há mal que não tenha fim, chegou o dia 18 de agosto de 1559. Paulo IV se encontrava em seus últimos momentos no Planeta. À meia-noite ele mandou chamar seus cardeais e a eles confiou o prosseguimento da Santa Inquisição “em nome de Jesus Cristo”. Não obstante, logo após seu último suspiro, a população de Roma eufórica, invadiu as ruas da “Cidade Eterna” para comemorar o fim do martírio imposto por aquele implacável Pontífice. As prisões foram abertas e os condenados soltos.

Mas a sombra de Paulo IV ainda permaneceria viva por muito tempo, pois deixara como seu legado uma lista de livros proibidos, que ficou conhecida como: “Index Librorum Prohibitorum”, (índice dos livros proibidos) criado “para evitar a corrupção dos fiéis”. E por causa disso, os livros somente poderiam ser editados na Itália com aprovação prévia. As idéias e informações eram restritas, mediante controle rígido do pensamento.

Em 1606, quase toda a população de Veneza chegou a ser excomungada pelo Papa, a evidenciar a expansão das doutrinas dissidentes.


A Perseguição aos Templários:

Os Templários eram membros de uma ordem religiosa de monges guerreiros e Jacques DeMolay foi seu 23º e último Grão-mestre. Os Cavaleiros do Templo, como também eram chamados, foram durante muito tempo, motivo de orgulho para a Igreja Católica até que no dia 13 de Outubro de 1307 (a sexta-feira 13) o rei Felipe IV da França convocou o comparecimento de todos os templários da França ao seu castelo. Quando lá chegaram, foram todos encarcerados em masmorras e submetidos a torturas para se declararem culpados de heresia, após a investigação dos interrogatórios, Felipe o Belo, mandou prender Jacques DeMolay e alguns altos dignitários da Ordem. Ao ver que o processo estava ficando fora do seu controle e que a absolvição da ordem poderia ocorrer, o Rei Felipe IV, desfere o golpe final para que a questão templária fosse terminada, ordena o rapto de Jacques de Molay e de Geoffroy de Charnay, então sob a custódia da comissão de bispos da inquisição, e ordena que ambos sejam queimados na fogueira na Ile de la Cite, pouco depois das vésperas em 18 de Março de 1314. Com isso Jacques DeMolay passou a ser conhecido como um símbolo de lealdade e companheirismo. Ele preferiu morrer a entregar seus companheiros. E por esse motivo a Maçonaria veio a fundar a Ordem DeMolay em respeito e este herói templário.


A Perseguição à Maçonaria:

A Bula Papal Humanum Genus foi escrita por Leão XIII e promulgada em 1884 em meio às grandes revoluções burguesas da Europa do século XIX, que suprimiram todas as terras da Igreja e criaram Estados Laicos em toda a Europa e estes se espalhavam por todo o mundo. São apenas 15 páginas que condenam vigorosamente não apenas a Maçonaria, mas toda e qualquer associação ou organização de seres humanos alheia à Igreja Católica Romana (Protestantes, Judeus, Muçulmanos, Espíritas, Budistas, Positivistas, Socialistas, etc, etc, etc.) Fora da Igreja Católica Romana Leão XIII, o primeiro papa na história que não é rei, nem coroa rei algum, somente enxergava escuridão, pecado e erro. Desde então, a Maçonaria declara em seus preceitos que: “A inquisição não está morta, apenas dorme”.


Napoleão, o grande adversário da Inquisição:

O Imperador francês Napoleão Bonaparte fora, com efeito, o grande adversário dos papados inquisitoriais. Ele era o maior defensor da separação entre a Igreja e o Estado. Ao conquistar o norte da Itália, em 1796, Napoleão baixou atos determinando que os guetos judaicos fossem imediatamente liberados e se tornassem livres. Em Madri, em 1808, Napoleão extinguiu a Inquisição. Libertou homens e mulheres que estavam acorrentadas, onde “só demônios poderiam gerar os instrumentos de tortura encontrados”, como afirmou uma testemunha da época. Os documentos que comprovavam os horrores da perseguição religiosa espanhola viriam a ser examinados e organizados pelo Secretario Geral da Inquisição de Madri, servindo de legítimo embasamento histórico.

Em 1810, os ideais de Napoleão no sentido de submeter o poder papal a degradante humilhação estava próximo de tornar-se realidade. Os documentos da Inquisição foram coletados, com ordem do Imperador de seguir para Paris. Cerca de 3.000 caixotes contendo arquivos, sentenças, pronunciamentos doutrinários e peças de interrogatório foram conduzidos para a capital da França. Tais documentos eram a prova de que necessitava Napoleão para desencantar os italianos diante da Igreja Católica e de seus Papados. Lá estava o julgamento de Galileu com seu argumento impecável: “E se amanhã for comprovado definitivamente que a Terra gira em torno do sol, como ficará a posição atual da Igreja?”.

Mas o fato é que após a derrota de Napoleão veio a reviravolta. Em 1814, na Espanha, quem acompanhou a França durante a ocupação seria executado e os hereges teriam a língua perfurada por uma barra quente de ferro, conforme anunciava a Corte. A vingança oficial grassava. Após a morte de Napoleão, os Estados papais ainda mantiveram os horrores da Inquisição por mais quatro décadas.


O Caso Edgardo Mortara: 

O que precipitou o fim da Inquisição, nos meados do século XIX, foi o rumoroso caso do menino Edgardo Mortara que pertencia a uma família judia e fora batizado secretamente por uma babá, à revelia dos pais. Naquela época, os judeus ainda viviam em guetos e não lhes era permitido freqüentar universidades, viajar, ou se relacionar com cristãos, tudo segundo as leis do Santo Ofício. Em 24 de agosto de 1858, a polícia do Papa seqüestrou o pequeno Edgardo Mortara porque ele se tornara “propriedade da Igreja” visto que “uma norma papal fora descumprida”, segundo a justificativa do Oficial responsável. O menino foi arrebatado da mão dos pais, passando o Oficial condutor apenas um recibo, sem dizer para onde ele seria conduzido. Nessa época eram comuns os seqüestros de crianças judias pela polícia papal.

Depois de percorrer, em vão, uma longa via crucis, o pai do menino Momolo Mortara teve seu apelo desesperado atendido pelo Papa Pio IX e pode ver o filho, com restrições. Prometeram ao Sr. Mortara o direito de viver com o filho se ele se “convertesse”. Mas Mortara persistia em seu desespero e não descansava. Enquanto isso, o caso ganhava cada vez mais espaço na imprensa de então.

O momento era grave para a História da Igreja, pois o movimento pela unificação da Itália ganhava força. O Exercito austríaco, que garantira a segurança dos impérios papais durante dois séculos e meio, viu-se obrigado a deixar a Itália. E a segurança de Pio IX e de sua Corte ficou literalmente entregue à própria sorte.
 

Em 1860, o sacerdote inquisidor, padre Feletti, que fora responsável pelo seqüestro do menino Edgardo Mortara, era preso pela antiga Polícia Papal, agora fiel ao novo Governo civil. Feletti foi processado por seu ato criminoso de seqüestro, mas, nem mesmo assim, o garoto foi devolvido ao pai. Pio IX, por sua vez, em carta que endereçara ao jovem, tempos depois, diria, segundo registros históricos: “Eu adquiri você em nome de Jesus Cristo, por um alto preço e ninguém demonstrou preocupação comigo, pai de todos os fiéis...” 

Em 1870, o Exercito italiano pôs fim aos reinos papais, restringindo os domínios de Pio IX a 40 hectares de terra, onde estavam os prédios do Vaticano. Não teria sido, pois, em vão que a Santa Sé relutou, até 1929, para reconhecer a Itália como Estado soberano. E derradeiramente o menino Mortara nunca mais voltaria para a família. Ele tentara insistentemente convencer seu pai sobre “as verdades da Igreja”, tornando-se monge de uma abadia belga, onde se entregou durante o resto de sua vida à oração e à contemplação.

Se a Igreja Católica ganhara a batalha do menino que seqüestrou das mãos dos pais, o mesmo não se poderia dizer a respeito da rígida Doutrina que impôs como única e verdadeira do mundo, durante aproximadamente quase 1000 anos. Os novos tempos chegaram e o mundo evoluiu, não mais admitindo reinados religiosos que sejam considerados indevidamente supremos donos da verdade.


A Inquisição na Atualidade:

No ano de 1908, o Tribunal da Santa Inquisição, foi transformado pela Santa Sé em Congregação para a Doutrina da Fé, e não mais ameaçaria a liberdade de crença no mundo, hoje garantida por quase todas as Constituições dos Estados modernos e livres. Em 1981, Josef Ratzinger (o atual Papa Bento XVI), nomeado para chefiar a Congregação para a Doutrina da Fé, ratificou esse compromisso prometendo lutar pela união de todos os credos através do Ecumenismo (união na convergência e respeito na divergência), um princípio sagrado inaugurado pelo saudoso Pontífice João XXIII, o Papa que trouxe luzes sobre as trevas medievais.

No ano de 2000, o falecido Papa João Paulo 2º, falando como soberano Pontífice da Igreja Católica Apostólica Romana, num evento penitencial solene e sincero, pediu formalmente desculpas ao mundo pelos “dramas relacionados com a Inquisição e pelas feridas deixadas na memória da humanidade”. O Pontífice também pediu oficialmente perdão a Deus, “em nome da Santa Igreja”, diante dos pecados cometidos pela Instituição desde a sua fundação há dois mil anos. 

O gesto, sem precedentes na História da Igreja Católica, ocorreu na Basílica de São Pedro, em Roma, durante a Missa do primeiro domingo da Quaresma. Segundo a imprensa da época, sete confissões de culpas foram formuladas por sete dignitários da Cúria Romana, seguidas de sete pedidos de perdão pelo próprio Papa. Também se registrou uma confissão geral pelas culpas do passado e um pedido formal de perdão pelos “erros cometidos a serviço da verdade por meio do uso de métodos que não têm relação com a palavra do Senhor"; pela separação dos cristãos; pelas perseguições impiedosas aos judeus; pelo desrespeito às culturas e religiões de todos os povos; e, finalmente, um “mea culpa” pelas longas e reconhecidas violações dos direitos humanos.

Estima-se que 75 milhões de pessoas foram chacinadas pelo “Santo Ofício”, enquanto que milhões de outras foram intimidadas, torturadas, e mulheres forçadas a manter relações sexuais com os sacerdotes executores da Inquisição. Os defensores do “Tribunal do Santo Ofício” alegam que a Igreja, qual uma “mãe zelosa”, teria o direito de castigar seus filhos para protegê-los das “más companhias”. Contestam os números apresentados dizendo que não foram tantas vítimas assim. No entanto, se somente um ser humano tivesse sido assassinado nas fogueiras da inquisição, ainda assim, seus atos não seriam justificados.

Salientamos que este artigo não tem por intuito despertar revanchismos, ao contrário, conclamamos todos a refletir nas seguintes palavras do Mestre Jesus: "Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará; se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas". (Mateus 6:14-15)


Pesquisa e Ilustração: Ir Daniel Martina

27 de março de 2012

Sol - O Deus Regente do Universo


Desde os tempos remotos como 10.000 a.C. a história tem sido fértil em esculturas e escritos refletindo o respeito e a adoração das pessoas pelo Sol. E é simples perceber porque disso, pois a cada manhã o Sol se levanta, trazendo visão, calor e segurança, protegendo o homem da fria escuridão cheia de predadores da noite.

Sem o sol, as culturas entenderam que as colheitas não cresceriam e a vida no planeta não sobreviveria. Esses fatos, ou a realidade, fizeram do Sol o objeto mais adorado de todos os tempos.
Da mesma forma, estavam bem conscientes das estrelas. O seguimento das estrelas permitiu-lhes reconhecer e antecipar eventos que ocorriam ao longo de grandes períodos de tempo, tais como eclipses e luas cheias.
Eventualmente, catalogaram grupos celestiais que conhecemos hoje como constelações.


Essa é a cruz do Zodíaco, uma das mais antigas imagens da história da humanidade. Representa o trajeto figurativo do Sol através das 12 maiores constelações no decorrer de um ano. Também representa os 12 meses do ano, as quatro estações, e os Solstícios e equinócios. O termo Zodíaco esta relacionado com o fato de as constelações serem antropomorfismos, ou personificações, de pessoas ou animais.

Por outras palavras, as primeiras civilizações não só seguiam o Sol e as estrelas, como também as personificavam através de mitos que envolviam os seus movimentos e relações. O Sol, com o poder criado e salvador foi também personificado à semelhança de um criador invisível ou deus. Era conhecido como “Filho de Deus”, “Luz do mundo”, “Salvador da humanidade”.

Igualmente, as 12 constelações representaram lugares de viagem para o Filho de Deus, e foram nomeados e normalmente, representados por elementos da natureza que aconteciam nesses períodos de tempo.

Mitologia Mundial:


Este é Hórus. Ele é o Deus Sol do Egito por volta de 3000 a.C. Ele é o Sol, antropomorfizado, e a sua vida é uma série de mitos alegóricos que envolvem o movimento do Sol no céu. Dos antigos hieróglifos Egípcios, se soube muito sobre este Messias Solar.

Por exemplo, Hórus, sendo o Sol, ou a luz, tinha como inimigo o Deus Set, que era a personificação das trevas ou noite.  E metaforicamente falando, todas as manhãs, Hórus ganhava a batalha contra Set, quando ao fim da tarde, Set conquistava Hórus e o enviava para o mundo das trevas.

É importante saber que “Trevas VS. Luz” ou “Bem VS. Mal” tem sido uma das mais onipresentes dualidades mitológicas conhecidas e que ainda hoje é utilizada a muitos níveis.

No geral, a história (mitologia) de Hórus é a seguinte:

* Hórus nasceu no dia 25 de Dezembro da virgem Isis-Meri.
* Seu nascimento foi acompanhado por uma estrela a Leste, que por sua vez, foi seguida por 3 Reis em busca do salvador recém-nascido.

* Aos 12 anos, era uma criança prodígio, e aos 30 anos foi batizado por uma figura conhecida por Anup e que assim, começou seu reinado.

* Hórus tinha 12 discípulos e viajou com eles.

* Fez milagres tais como curar os enfermos e andar sobre a água.

* Também era conhecido por vários nomes como “A verdade”, “A Luz”, “Filho Adorado de Deus”, “Bom Pastor”, “Cordeiro de Deus”, entre muitos outros.

* Depois de traído por Tifão, Hórus foi crucificado, enterrado e ressuscitou 3 dias depois.

Estes atributos de Hórus, originais ou não, parecem influenciar várias culturas do mundo, e muitos outros deuses encontrados com a mesma estrutura mitológica.

Outros Deuses com os mesmos atributos:


* Attisda Phirgia, nasceu da virgem Nana no dia 25 de Dezembro, foi crucificado, colocado no túmulo e 3 dias depois, ressuscitou.


* Krishnada Índia, nasceu da virgem Devaki com uma estrela a leste assinalando sua chegada, fez milagres em conjunto com os seus discípulos, e após a morte, ressuscitou.


* Dionísioda Grécia, nasceu de uma virgem no dia 25 de Dezembro, foi professor e peregrino que praticou milagres tais como transformar a água em vinho, e é referido como “Reis dos Reis”, “O Filho de Deus”, “Alfa e Ômega”. Após sua morte, ressuscitou.


* Mithrada Pérsia, nasceu de uma virgem no dia 25 de dezembro, teve 12 discípulos e praticou milagres, após sua morte foi enterrado, e 3 dias depois ressuscitou, também era referido como “A Verdade”, “A Luz”, e muitos outros nomes. Curiosamente, o dia sagrado de adoração a Mithra era um domingo (Sunday) Dia do Sol.

Outros Deuses com os mesmos atributos:

Chrishna de Hindostan, Buddha Sakia da Índia, Salivahna das Bermudas, Odin de Scandinavians, Crite da Chaldea, Bali do Afghanistan, Indra do Tibet, Jao do Nepal, Wittoba do Bilingonese, Atys da Phrygia, Xamolxis do Thrace, Zoar do Bonzes, Adad da Assyria, Alcidesde Thebes, Baddru do Japão, Thor do Gauls, Hil e Feta de Mandaites, Fohi e Tien da China,Adonis da Grécia, Prometheus do Caucasus.

O que importa salientar aqui é que “existiram” inúmeros salvadores, dependendo dos períodos, de todo o mundo, que preenchem estas mesmas características.

A questão que se mantém:

Porque estes atributos, porque o nascimento de uma virgem no dia 25 de Dezembro, porque a morte e a ressurreição após 3 dias, por que os 12 discípulos ou seguidores?


Para descobrir, vamos examinar o mais recente dos Messias Solares.

Jesus Cristo nasceu da virgem Maria no dia 25 de Dezembro em Belém, e foi anunciado por uma estrela ao Leste, que seria seguida por 3 reis magos para encontrar e adorar o salvador.

Tornou-se pregador aos 12 anos, e aos 30 foi batizado por João Batista, e assim começou seu reinado. Jesus teve 12 discípulos com quem viajou praticando milagres tais como curar pessoas, andar na água, ressuscitar os mortos, e foi também conhecido como o “Reis dos Reis”, “Filho de Deus”, a “Luz do Mundo”, “Alfa e Ômega”, “Cordeiro de Deus” e muitos outros.

Depois de traído pelo seu discípulos Judas e vendido por 30 pratas, é crucificado, colocado num túmulo e 3 dias depois ressuscita e ascende aos céus. 

Primeiro de tudo, a sequência do nascimento de Jesus é completamente astrológica.  A estrela no Leste é Sírius, a estrela mais brilhante no céu noturno, que no dia 24 de Dezembro, se alinha com as 3 estrelas mais brilhantes no cinturão de Órion.


Estas 3 estrelas são chamadas hoje como também eram chamadas antigamente: “3 Reis” ou “As três Marias”(mais conhecido no Brasil).

Os 3 Reis e a estrela mais brilhante, Sírius, todas apontam para o nascer do Sol no dia 25 de Dezembro. Esta é a razão pela qual os Três Reis “seguem” a estrela a Leste, para “localizar” o “nascer” do Sol.


A Virgem Maria é a constelação de Virgem, também conhecida como Virgo a Virgem. Virgo em latim significa virgem. Virgo também é referido como a “Casa do Pão”, e a representação de Virgo é uma virgem segurando um feixe de espigas de trigo.

Esta “casa do pão” e seu símbolo das espigas de trigo representam Agosto e Setembro, época das colheitas. Por sua vez, Bethlehem ou Belém, é a tradução à letra de “A casa do Pão”. Bethlehem é também a referência à constelação de Virgem, um lugar do Céu, não na Terra.

Outro fenômeno muito interessante que ocorre no dia 25 de Dezembro é o Solstício. Do Solstício de Verão ao Solstício de Inverno, os dias tornam-se mais curtos frios. Na perspectiva de quem está no hemisfério Norte, o Sol parece se mover para o sul aparentando ficar pequeno e fraco, o encurtar dos dias e o fim das colheitas conforme se aproxima o Solstício de Inverno simbolizando a morte, para os mais antigos. Era a morte do Sol.

Pelo 22 º dia de Dezembro, o falecimento do Sol estava completamente realizado. O Sol, tendo-se movido continuamente para o sul durante 6 meses, faz com que atinja o seu ponto mais baixo no céu. Aqui ocorre algo curioso, o sol deixa, aparentemente, de se movimentar para o sul, durante 3 dias. (22, 23, 24).

Durante estes 3 dias de pausa, o Sol reside mas redondezas das constelações de Alpha Crucis ou mais conhecido como Cruzeiro do Sul e Constelação de Crux. Depois deste período, no dia 25 de Dezembro, o Sol move-se 1 grau, desta vez para o norte, perspectivando dias maiores, calor, e a Primavera. E assim se diz: que o Sol morreu na Cruz (Constelação de Crux).


Esteve morto por 3 dias, apenas para ressuscitar ou nascer uma vez mais. Esta é a razão pela qual Jesus e muitos outros Deuses do Sol partilham a idéia da crucificação, morte de 3 dias e o conceito de ressurreição. É o período de transição do Sol antes de mudar na direção contrária no Hemisfério Norte, trazendo a Primavera e assim a salvação.


Todavia, eles não celebram a ressurreição do Sol até o equinócio da Primavera ou Páscoa. Isto é por que no Equinócio da Primavera, o Sol domina oficialmente o Mal, as Trevas, assim como o período diurno se torna maior que o noturno, e o revitalizar da vida na Primavera emerge.

Agora, provavelmente a analogia mais óbvia de todas neste simbolismo astrológico são os 12 discípulos de Jesus. Eles são simplesmente as 12 constelações do Zodíaco, com que Jesus, sendo o Sol, viaja. De fato, o número 12 está sempre presente ao longo da Bíblia.

Na Cruz do Zodíaco, o elemento figurativo da vida é o Sol, e isto não era apenas uma mera representação artística ou ferramenta para seguir os movimentos do Sol. Era também um símbolo espiritual Pagão, uma logo grafia similar a isto.

Esta é a razão pela qual Jesus nas primeiras representações era sempre mostrado com sua cabeça na cruz, pois Jesus é o Sol, Filho de Deus, a Luz do Mundo, o Salvador a erguer-se, que “renascerá”, assim como o Sol faz todas as manhãs, a Glória de Deus que defende contra as Forças das Trevas, assim como “renasce” a cada manhã, e que pode ser “visto através das nuvens”, “Lá em cima no Céu”, com a sua “Coroa de Espinhos” ou raios de Sol.

Agora, nas muitas das referências astrológicas ou astronômicas na Bíblia, uma das mais importantes, tem a ver com o conceito de “Eras”. Através das escrituras há inúmeras referencias a essa “Era”. Para compreender isto, precisamos primeiros estar familiarizados com o fenômeno da precessão dos Equinócios. 


Os antigos egípcios assim como outras culturas antes deles, repararam a aproximadamente a cada 2150 anos o nascer do sol durante o Equinócio da Primavera, ocorria num diferente signo do Zodíaco. Isto tem haver com a lenta oscilação angular que a Terra mantém quando roda sobre seu eixo. É chamado de precessão por que as constelações vão para trás, em vez de permanecerem no seu ciclo anual normal. O tempo que demora cada precessão através dos 12 signos é de aproximadamente 25,765 anos. 

Este ciclo quando completo, é chamado também de “Grande Ano” e as civilizações ancestrais estavam bastante conscientes disso. Referiam-se a cada 2150 anos como Era.

De 4300 A.Cà 2150 A.Cfoi a “Era de Tauros” o Touro.
De 2150 A.Cà 1 D.Cfoi a “Era de Áries” o Carneiro.
De 1 D.Cà 2150 D.Cé a “Era de Pisces” o Peixe, no qual é a Era que estamos presentes até hoje. E por volta de 2150, entraremos na nova Era. A Era de Aquarius.


A Bíblia, se refere, por alto, o movimento simbólico durante 3 Eras, quando já se vislumbra uma quarta.


No Velho Testamento, quando Moisés desce o Monte Sinai com os 10 mandamentos, ele fica bastante perturbado ao ver sua gente adorando um bezerro dourado. Na realidade ele até partiu a pedra dos 10 mandamentos, e ordenou a todos que se matassem uns aos outros para purgarem o mal e se purificarem.

A maior parte dos estudiosos da Bíblia atribuem esta ira de Moisés ao fato de os Israelitas estar adorando um falso ídolo, ou algo semelhante. A realidade é que o bezerro dourado é Touro (Era de Tauros), e Moisés representa a nova Era de Áries, o Carneiro. Esta é a razão pela qual os Judeus ainda hoje ainda assopram o Corno de Carneiro.

Moisés representa a nova Era, (Carneiro) e perante esta, todos tem de largar a velha.

Outras divindades tais como Mithra marcam também esta transição. Um Deus pré-cristão que mata o Touro, na mesma simbologia. Agora Jesus é a figura portadora da Era seguinte à de Carneiro, a Era de Peixes, ou Dois Peixes. 

O simbolismo de Jesus com a Era de Peixes é abundando no Novo Testamento: Jesus alimenta 5000 pessoas com dois peixes. Matt 14:7.Quando começa a pregar, caminhando ao longo da Galileia, conhece 2 pescadores, que o seguem. 


Todos já vimos àqueles adesivos “Jesus-Fish” nas traseiras dos carros, mas mal as pessoas sabem o que realmente representa. É um simbolismo astrológico pagão para o Reinado do Sol durante a era de Peixes. Jesus assumiu também no seu nascimento, a data do inicio desta Era.

Em Lucas 22:10 quando Jesus é questionado se a próxima passagem será depois de ele ir embora, Jesus responde: “Eis que quando entrares na cidade, encontrareis um homem levando um cântaro de água, segui-o até à casa que ele entrar.” Esta escrita é de longe a mais reveladora de todas as referências astrológicas. 

O homem que leva o cântaro de água é Aquarius, o portador de água, que sempre é representado por um homem despejando uma porção de água. Ele representa a Era depois de Peixes, e quando o Sol (Filho de Deus) sair da Era de Peixes (Jesus), entrará na Casa de Aquários, conforme precessão dos equinócios.

Tudo que Jesus afirma, é que depois da Era de Peixes chegará a Era de Aquário.


Todos nós já ouvimos falar sobre o fim do mundo.

Fica explícito no livro do Apocalipse, a espinha dorsal dessa idéia que surge em Mateus 28:20, onde Jesus diz: “I Will be with you even to the end of the world” – Eu estarei convosco até ao fim do mundo. Contudo, na tradução inglesa da Bíblia, a palavra “World” está mal traduzida, no meio de outras más traduções.  A palavra realmente usada era “Aeon”, que significa “Era” – “Eu estarei convosco até ao fim da era.”

O que no fundo é verdade, Jesus como personificação Solar de Peixes irá acabar quando o Sol entrar na Era de Aquário. Este o conceito de fim dos tempos e do fim do mundo é uma má interpretação desta alegoria astrológica.


Além disso, o fato de Jesus, ser literal e astrologicamente um híbrido, só demonstra o plágio que Jesus é do Deus-Sol egípcio, Hórus. Por exemplo, escrito à 3.500 anos atrás, nas paredes do Templo de Luxor no Egito; estão imagens da enunciação, da imaculada concepção, do nascimento e da adoração a Hórus.

As imagens começam com o anúncio à virgem Íses de que ela irá gerar Hórus, que Nef, o Espírito Santo irá engravidar a Virgem, e depois o parto e a adoração. E que é não mais do que o milagre da concepção de Jesus Cristo.


A história de Noé e da sua Arca é retirada diretamente das tradições. O conceito de Dilúvio está em todas as antigas civilizações, em mais de 200 diferentes citações em diferentes períodos e tempos. Contudo, não será preciso ir muito além da fonte pré Cristã para encontrar a Epopéia de Gilgamesh, escrita em 2600 a.C.

Esta história fala sobre grandes Inundações ordenadas por Deus, uma Arca com animais salvos, e até mesmo o libertar e o retornar da pomba, entram em concordância com a história bíblica, entre muitas outras semelhanças.

E depois há a história plagiada de Moisés. Sobre o nascimento de Moisés, diz-se que ele foi colocado numa cesta de cena e lançado ao rio para evitar um infanticídio. Ele foi mais tarde salvo pela filha de um Rei e criado por ela como um Príncipe.


Está história de bebê numa cesta foi retirada do mito de Sargão de Akkad por volta de 2250 a.C. Depois de nascer, Sargão, foi posto numa cesta de rede para evitar um infanticídio e lançado ao rio. Foi depois salvo e criado por Akki, uma esposa da realeza Acádia.

Além disso, Moisés é conhecido como Legislador, Portador dos Dez Mandamentos e da Lei Mosaica. Contudo, a idéia de Lei ser passada de um Deus para um profeta numa montanha é também antiga. Moisés é somente um legislador numa longa linha de legisladores na história mitológica.

Na Índia, Manou foi o grande Legislador. Na ilha de Creta, Minos ascendeu ao Monte Ida, onde Zeus lhe deu as Leis Sagradas. Enquanto que no Egito, Mises, tinha nas suas pedras as leis que Deus havia escrito. Outra curiosidade é todos com a inicial: M

E no que diz respeito a estas Dez Ordens ou Dez Mandamentos, foram retiradas do papel carbono do “Feitiço 125 do Livro dos Mortos” do Antigo Egito. 


E o que é que o Livro dos Mortos dizia?

“Eu nunca Roubei” tornou-se “Não Roubarás”
“Eu nunca Matei” tornou-se “Não Matarás”
“Eu nunca Menti” tornou-se “Nunca levantarás falsos testemunhos” e por aí adiante.


A religião Egípcia é no fundo a base fundamental para teologia Judaico-Cristã.

Batismo, Vida após a morte, Julgamento Final, Imaculada Concepção, Ressurreição, Crucificação, A arca da Aliança, Circuncisão, Salvadores, Comunhão Sagrada, o Dilúvio, Páscoa, Natal, a Passagem e muitas outras coisas e atributos são idéias Egípcias, nascidas muito antes do Cristianismo ou Judaísmo.


Justino o Mártir, um dos primeiros historiadores e defensores cristão, escreveu:

“Quando nós (Cristãos) dizemos que, Jesus Cristo, o nosso mestre, foi produzido sem união sexual, foi crucificado, morreu, ressuscitou e ascendeu aos Céus, não propomos nada de muito diferente do que aqueles que propõem e acreditam tal como nós, os Filhos de Júpiter.”

Numa escrita diferente, Justino o Mártir diz: “Ele nasceu de uma virgem, aceite isso em comum com o que você acredita dos Perseus.”

É óbvio que Justino e outros cristãos cedo souberam como o cristianismo era semelhante a outras religiões pagãs. No entanto, Justino tinha uma solução, para ele.. “A culpa foi do Diabo”. Para ele o Diabo teve a ambição de chegar antes de Cristo, e criou estas características no mundo pagão.

Eles pensam realmente que o mundo tem 12,000 anos. Mas se é só isso, e os fósseis dos Dinossauros? Ele dizem: “Fósseis de Dinossauros? Deus colocou-os lá para testar a nossa fé!” 

A Bíblia não nada mais do que um híbrido literário astro-teológico, tal como todos os mitos religiosos que antecederam. De fato, o aspecto da transferência de atributos, de umas personagens para as outras é facilmente reconhecida no próprio livro em si.


No Antigo Testamento há a história de José. Ele era um protótipo de Jesus.

José nasceu de um milagre, Jesus também. José tinha 12 irmãos, Jesus tinha 12 discípulos. José foi vendido por 20 pratas, Jesus por 30 pratas. Irmão “Judá” sugere a venda de Josué, o discípulo “Judas” sugere a venda de Jesus.

Josué começa os seus trabalhos aos 30, Jesus também começa aos 30 anos. Os paralelismos continuam e vão muito além. Além disso, haverá algum registro não-bíblico da existência de alguém chamado Jesus, filho de Maria, que viajou com 12 seguidores e curou pessoas? Existiram muitos historiadores que viveram no Mediterrâneo durante esse mesmo período e até mesmo após a presumível morte de Jesus.

Algusn historiadores: 


Porém, para sermos justos, isto não significa que os defensores da existência do Jesus histórico nunca tenha reclamado o contrário, quatro historiadores são particularmente tipicamente referidos como pioneiros quanto à existência de Jesus.

Plínio “o Jovem”, Suetônio e Tácito foram os três primeiros. Cada uma das suas escrituras consiste apenas em algumas frases em que na melhor hipóteses se refere a Christus ou Cristo, que na realidade não é um nome mas sim um título. Significa “o Escolhido.


A quarta fonte é Josefo cujos documentos foram provados ter sido falsificados séculos atrás e infelizmente, ainda vistos como verdadeiros. Seria normal pensar que alguém que ressuscita dos mortos e ascende aos céus para todos verem, e que praticou tantos milagres surgiria nos registros históricos. Mas não, uma vez que pesadas as evidências há grandes probabilidades da figura conhecida como Jesus, nunca ter existido.

Concluindo o artigo: 

“A religião Cristã é uma paródia à adoração do Sol, onde colocaram um homem chamado Jesus Cristo em seu lugar e começaram a entregar essa personagem, a devoção que entregavam ao Sol.” 
(Thomas Paine 1737-1809).

“Não queremos ser indelicados, mas temos que ser fatuais. Não queremos magoar os sentimentos de ninguém, mas queremos ser academicamente corretos, naquilo que compreendemos e sabemos ser verdadeiro. O cristianismo não é baseado em verdades. Consideramos que o cristianismo foi apenas uma história romana, desenvolvida politicamente.” (Jordan Maxwell – presente).

A realidade consiste em que, Jesus foi divindade Solar do setor Gnoticista Cristão, e tal como outros Deuses Pagãos, era uma figura mítica. Foi sempre o poder político que procurou monopolizar a figura de Jesus para controle social.


Por 325 D.C. em Roma, o Imperador Constantino reuniu o “Concílio Ecumênico de Nicéia” e foi durante esta reunião que as doutrinas políticas com motivação cristão foram estabelecidas e assim começou uma longa história de derramamento de sangue e fraude espiritual.

E nos 1600 anos que se seguiram, o Vaticano dominou politicamente e com mão de ferro, toda a Europa, conduzindo-a a agradáveis períodos tais como a Idade das Trevas, assim como a outros eventos como as Cruzadas e a Santa Inquisição.


O mito religioso é o mais poderoso dispositivo jamais criado, e serve como base psicológica para que outros mitos floresçam. “O Cristianismo, bem como todas as crenças teístas, são a fraude desta Era. Serviu para afastar os seres humanos do seu meio natural, e da mesma maneira, uns dos outros. Sustenta a submissão cega do ser humano à autoridade.

Reduz a responsabilidade humana sob a premissa de que “Deus” controla tudo, e que por sua vez os crimes mais terríveis podem ser justificados em nome da perseguição Divina. E o mais importante, dá o poder àqueles que sabem a verdade e usam o mito para manipular e controlar sociedades.”
 (Robert G. Ingersoll 1833-1899)


Fontes do artigo:

- Carpenter, Edward: Pagan and Christian Creeds, DODO Press; - Frazer, James.: The Golden Bough, Touchstone, 1963; - Moor, Edward, The Hindu Pantheon, Simpson; - Acharya S.: The Christ Conspiracy, Adventures Unlimited Press, 1999; - Acharya S.: Suns of God , Adventures Unlimited Press, 2004;
- Frazer, James.: The Golden Bough, Touchstone, 1963;  - Acharya S.: The Christ Conspiracy, Adventures Unlimited Press, 1999; - Massey, Gerald.: The Historical Jesus and the Mythical Christ, The Book Tree;
- Maxwell, Tice, Snow: That Old-Time Religion,The Book Tree;  - Roy, S.B: Prehistoric Lunar Astronomy, Institute of Chronology, New Delhi, 1976 ; - Bonswick, James: Egyption Belief and Modern Thought;
- Doane, Thomas: Bible Myths and Their Parallels in Other Religions; - Olcott, William Tyler : Suns Lore of All Ages, The Book Tree;  - Zeitgeist, the Movie – Peter Joseph; - Hall, Manly P.: The Secret Teachings of All Ages, 1928;  - Higgins, Godfrey: Anacalypsis, A&B Books;  - Anderson, Karl: Astrology of the Old Testamate, Health Re;  - Jackson, John: Christianity before Christ, AAP;  - Campbell, Jospeh: Creative Mytholigy- The Masks of God, Penguin; - Churchward, Albert: The Origin & Evolution of Religion;   - King James Version, The Holy Bible, Holman;  - Budge. Sir. E.A. Wallis: The Gods of the Egyptions Vol I, Methuen and Co;
- Churchward, Albert: The Origin & Evolution of Religion; - Allegro, John – The Dead Sea Scrolls and the Christian Myth, Prometheus Books;   - Freke & Gandy: The Jesus Mysteries, Three Rivers Press;