31 de janeiro de 2017

Conheça os 7 Ritos Maçônicos mais Praticados no Brasil:



Simbologia Maçonica:

A Letra G: apresenta diversos  significados, é a sétima letra no alfabeto e o 7 é considerado o número da perfeição, como em vários exemplos se destaca o que Deus fez o mundo em 7 dias, o 7 sempre é citado como o número divino.

Esquadro: Significa a retidão, limitada por duas linhas: uma horizontal que representa a trajetória a percorrer na Terra, ou seja, o determinismo, o destino; e a outra vertical, o caminho para cima, dirigindo-se ao cosmo, ao universo, ao infinito, a Deus.

Compasso: Traça círculos e abrindo e fechando, delimita espaços. Representa o senso da medida das coisas. Significa a medida das coisas





Ritos Maçônicos no Brasil

Conheça um pouco dos 07 Ritos Maçônicos praticados pelas Obediências Maçônicas regulares brasileiras:





RITO ADONHIRAMITA: 

Rito de origem francesa, foi substituído na França pelo Rito Moderno EM 1785, mas continuou sendo praticado no Brasil, onde foi o primeiro Rito a ser adotado. O Rito Adonhiramita é considerado irregular por boa parte da comunidade maçônica internacional pelo fato de modificar a Lenda do Grau 03, o que fere um dos principais Landmarks maçônicos (3º Landmark de Mackey, por exemplo) que considera a lenda do Grau 03 imutável.


Se não fosse pelo fato do Rito ter sido descontinuado na França, quando da adoção do Rito Moderno, o Adonhiramita seria o mais antigo ainda em prática no mundo. Porém, ele se viu encerrado em 1.773, e só foi reativado, já no Brasil, em 16/01/1838, sofrendo então grande influência do Rito Moderno, e trabalhando apenas nos Graus Simbólicos. Os Graus Superiores desse Rito só entraram oficialmente em atividade em 02/06/1973, quando da fundação de seu Supremo Conselho, aqui no Brasil, único no mundo. O Rito Adonhiramita somente é praticado no Brasil e, mais recentemente, por algumas poucas Lojas em Portugal.




RITO BRASILEIRO

Sonho antigo do Grande Oriente do Brasil, o Rito Brasileiro somente tornou-se realidade em 1914, pelas mãos do então Grão-Mestre do GOB, Lauro Sodré. Sobreviveu até meados de 1940, quando entrou em desuso. Somente em 13/03/1968, no auge da Ditadura Militar e de sua propaganda nacionalista, o Rito foi reativado e permanece ativo até hoje.  Considerado uma cópia abrasileirada do Rito Escocês, ele também trabalha com sistema de 33 graus, sendo os 03 simbólicos e 30 graus superiores, além de também adotar a cor púrpura do REAA. O Rito Brasileiro só é praticado no Brasil.






RITUAL DE EMULAÇÃO & SISTEMA INGLÊS MODERNO

O Ritual de Emulação só trabalha nos 03 graus simbólicos. O Emulação é um dos vários rituais praticados por Lojas da GLUI, sendo o mais popular deles. Há outros como: Bristol, Stability, Oxford, Taylor’s, Humber, Logic, West End. Todos são similares entre si, visto que a GLUI apenas determina que se observem os antigos costumes por ela adotados.


O GOB adotou o Emulação para reforçar seu tratado de amizade e mútuo reconhecimento com a GLUI. Porém, quando da tradução para o português, o Ritual ficou erroneamente conhecido como “de York”. Podemos chamar de “Sistema Inglês Moderno” os corpos ingleses de aperfeiçoamento, que possuem origens diferentes e trabalham de forma totalmente independente dos Rituais Simbólicos lá praticados. Entre eles, podemos citar: Mestre de Marca e Santo Arco Real, Nauta, Templários e Malta.





RITO ESCOCÊS ANTIGO E ACEITO

O Rito Escocês Antigo e Aceito é o mais praticado no Brasil e na maioria dos países da América Latina nos graus simbólicos, e é o Rito mais praticado no mundo nos Graus Superiores. Apesar de muitos autores e Irmãos declararem que o Rito teve origem na França, isso é algo discutível. 


O Rito foi realmente consolidado na França, mas sua origem pode se dizer escocesa, visto que teve origem quando Carlos I, rei da Inglaterra e de origem escocesa, exilou-se com sua família e famílias nobres mais próximas (também de origem escocesa) na França. Desse nicho originou-se na França o Rito de Heredom, composto de 25 graus. Mas apenas nos EUA o Rito passou a ter 33 graus e a ser chamado de Rito Escocês Antigo e Aceito.


Digamos então que é um rito criado nos EUA sobre uma base francesa com raízes escocesas.
Os 33 graus do Rito Escocês são concedidos em Loja Simbólica, Loja de Perfeição, Capítulo Rosa Cruz, Conselho Kadosh e Consistório. A data-marca do REAA é 31/05/1801: fundação do 1º Supremo.






RITO FRANCÊS OU MODERNO


Apesar de declarar ter sido criado em 09/03/1773, o que o tornaria o Rito mais antigo ainda praticado no mundo, o Rito Moderno foi totalmente reformulado e reescrito, e somente tomou a forma com que é praticado atualmente quando da chamada “Reformulação”, ocorrida em 1877, quando se suprimiu a crença em um Grande Arquiteto do Universo e na Imortalidade da Alma de toda simbologia, filosofia e frases do Rito. 

O nome foi mantido, mas a Reformulação praticamente criou um novo Rito, diferente do seu original. Essa atitude em relação ao GADU, ao Livro da Lei e à Imortalidade da Alma promovida na ritualística e leis do Grande Oriente de França foi interpretada pela GLUI como um desrespeito aos antigos Landmarks, ocasionando no rompimento das relações entre a GLUI e o GOdF, rompimento este que dura até os dias de hoje.





RITO SCHRODER

O Rito Schroder é um rito de origem alemã e surgiu no Brasil através da colonização alemã no sul do país. O Rito surgiu na Alemanha para substituir o Rito da “Estrita Observância” que possuía forte influência da cavalaria templária, distanciando-se assim do simbolismo da maçonaria operativa, o que, com o tempo, gerou grande descontentamento dos líderes e estudiosos maçônicos.
Foi então que o Irmão Schroder começou a escrever o Rito que acabou ficando conhecido pelo seu nome. 


O novo Rito foi aprovado por unanimidade na assembléia dos Veneráveis Mestres de Hamburgo no dia 29/06/1801, sendo, portanto, apenas poucos dias mais velho do que o REAA. O Rito trabalha apenas nos três graus simbólicos, e busca se desvencilhar de influências de outras doutrinas, filosofias, ordens e símbolos que não sejam oriundos da Maçonaria Operativa.





RITO DE YORK

O Rito de York é algumas vezes chamado de Rito Americano, ou mesmo de Rito Inglês Antigo. Além dos 03 graus simbólicos, ele possui mais 10 Graus, divididos nos organismos: Capítulo do Real Arco (Mestre de Marca, Past Master, Mui Excelente Mestre e Maçom do Real Arco); Conselho Críptico (Mestre Real, Mestre Escolhido e Super Excelente Mestre); Comandaria Templária (Ordem da Cruz Vermelha, Ordem da Cruz de Malta, Ordem dos Cavaleiros Templários).


O Rito de York é o rito mais antigo praticado no mundo, tendo como data-marca 24/10/1797.Também é o Rito com mais membros praticantes no mundo: mais de 60% dos maçons no mundo adotam o “Monitor de Webb”, como são conhecidos os graus simbólicos do Rito de York, em homenagem ao seu autor. Já suas Comandarias Templárias são tidas como os únicos Corpos Maçônicos fardados da atualidade.  Alguns irmãos brasileiros confundem o Rito de York com o Sistema Inglês Moderno, o qual possui alguns graus similares. Porém, o Sistema Inglês é bastante diferente, não possuindo um formato de escada como ocorre no Rito de York, Escocês e vários outros ritos.






TFA/PP

Ir.´. Daniel Martina Frc
Fundador do Filhos do Arquiteto Brasil 
Ilustração e Complementação da Pesquisa



Fonte Primária: 
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A Sefirot e o Homem - A Árvore da Vida:




Ao centro de Sua Criação, Deus colocou o homem, insuflando-lhe uma centelha Divina, que se constitui na essência de sua vida interior. Apesar de ser o homem composto de matéria e espírito, seu corpo é somente o invólucro material dessa faísca Divina.


Criando o homem apenas à Sua imagem, Deus deixou-o livre para escolher caminhos e para transcender a si mesmo, a suas contradições internas, suas inclinações, sendo capaz de atingir as alturas e as profundezas espirituais. Deixou-o livre para se afastar ou se aproximar Dele.

No homem, a busca de si mesmo, de seu "eu verdadeiro", inicia-se com o primeiro vislumbre de consciência e perdura até o último fôlego.

Todo homem anseia imbuir sua existência de sentido e objetivo, mas a realidade física em sua volta, bem como seus medos e desejos, interferem em sua percepção. Às vezes, ao acelerar o ritmo de sua vida para obter as coisas que deseja, acaba relegando para um segundo plano a procura do eu verdadeiro.

A Cabalá é uma doutrina de unidade através da qual o homem pode aprender que a realidade é um todo no qual o visível e o invisível, o material e o espiritual se misturam e se unem. Segundo o Talmud, antes de vir para o mundo nosso saber é ilimitado. Nossa alma é repleta de sabedoria. Mas, ao nascimento, um anjo "arquiva" todo esse conhecimento em nosso inconsciente. E, assim, no decorrer da vida devemos "reaprender" esta sabedoria, transformando-a em realizações.

A Cabalá ensina que o homem criado à "imagem de Deus" é um microcosmo de Seus poderes, e as qualidades básicas da mente e da emoção humana são o reflexo das "Qualidades" usadas por D's para criar e governar Sua criação. As faculdades mentais do homem refletem o Intelecto que Deus usou para criar o mundo e, desta forma, o homem tem a capacidade de compreender as leis e a lógica da Criação.

A Cabalá ensina que a busca do "eu verdadeiro" deve trilhar o caminho da alma, pois esta é a verdadeira essência do homem, sua parte infinita, seu eu inapreensível. É quem nos dá a vida. É o centro espiri-tual, a parte do ser que ama, sente, percebe. É a fonte de energia inesgotável que permite criar, verbalizar, conectar-se com os outros em nossa volta e se manifesta através da mente, das emoções e dos atos.

Segundo a Cabalá o homem é composto das mesmas "forças fundamentais", da mesma "matéria prima" através das quais Deuss deu forma e conteúdo à Sua Criação: as Dez Sefirot. Estas se originam no Infinito do Ein Sof e emanam através dos mundos, olamot, criando uma "corrente espiritual" que liga e vivifica todas as coisas. É através das Sefirot que a Energia Divina flui, permeia e se torna parte de cada coisa vivente.

A alma do homem - a Centelha Divina, a neshamá - é o "cordão umbilical" que transcende todos os universos, olamot, e nos liga ao Infinito, o Ein Sof, a D's. Sendo composta da essência interior das Sefirot, a alma humana manifesta os atributos ou qualidades das mesmas. Portanto, pode-se dizer que a alma do homem é o "cabo condutor" através do qual fluem e se individualizam as Dez Sefirot, enraizadas no mundo espiritual, tornando-se as bases de nossas personalidades. A maneira pela qual cada um de nós se relaciona com o seu meio é "produto" das possíveis combinações de Sefirot.

Nos textos cabalísticos a configuração das Sefirot é descrita graficamente como um arranjo vertical ao longo de três eixos paralelos, ou kavin, numa alusão ao corpo humano. Conseqüentemente, cada Sefirá é associada a um membro específico.

No homem, as Dez Sefirot podem ser divididas em dois grupos. O primeiro, chamado de Sêchel, é composto das Sefirot Chochmá, Biná e Da'at, e representa os processos internos mentais. O segundo, composto das outras sete Sefirot, é chamado de Midot e representa o coração e as emoções humanas. É atributo da mente o direcionamento, enquanto o sentimento não tem direção.

Mas, acima de todas as Sefirot está Keter. No homem, esta é a verdadeira essência do ser criado à imagem de D's. Superior ao próprio pensamento, Keter é fonte da vontade, do querer, do livre arbítrio. É através de sua vontade que o homem consegue se elevar acima de todas as pressões externas ou internas e tomar suas decisões, independentemente de todas as considerações. E é o arrependimento o que faz o homem se conectar com Keter.





As Sefirot da Mente:

Chochmá - Sabedoria. É o fluxo de energia responsável pela inspiração e criatividade, a base da percepção intuitiva. É o pensamento em seu estado mais puro; aquele que não emana de um processo racional. É a "alma da idéia", o estalo subconsciente que desencadeia o raciocínio.

Esta Sefirá é também chamada de mochá setumá, "a mente oculta", uma metáfora para definir o subconsciente. Chochmá contém os elementos básicos de nossa personalidade, é a base sobre a qual a construímos. Segundo o Zohar, é a "totalidade de toda a individua-lização", pois nela estão incorporados, ao nascer, os axiomas fundamentais do conhecimento e da sabedoria. Chochmá é também a capacidade que o ser humano tem de aprender com os outros. Quem tem Chochmá, perguntam nossos sábios no Pirkei Avot, a Ética dos Pais. É aquele que aprende com todas as pessoas. No corpo 'sefirótico' é a parte direita do cérebro.

Biná - Entendimento. É a compreensão, o racio-cínio dedutivo. É o sistema lógico através do qual o fluxo de pensamento proveniente de Chochmá é delineado e definido. Esta Sefirá direciona o primeiro "estalo" momentâneo e ainda sem forma, tornando-o tangível. É a habilidade inerente a cada ser humano de sintetizar, racionalizar, fazer distinções lógicas e desenvolver mentalmente uma idéia. Em Biná é estabelecida a linha de pensamento. Considera-se como sendo uma Sefirá feminina se comparada à Chochmá masculina. 

A Cabalá usa a metáfora literária de "pai" e "mãe" para descrever a relação que existe entre a idéia embrio-nária e a já desenvolvida, entre Chochmá e Biná. No corpo 'sefirótico', é a parte esquerda do cérebro. Os estudos científicos recentes sobre as funções cerebrais humanas têm associado a criatividade com a parte direita do cérebro e a lógica e a racionalização com a esquerda. Exatamente como o faz a Cabalá.

Da'at - Conhecimento. É a lógica aplicada, a verificação abstrata dos fatos, a cristalização da consciência em termos de conclusões. Da'at assegura a continuidade do pensamento pois cria uma ponte entre as atividade cerebrais Chochmá e Biná. A habilidade que temos de expressar nossa inteligência, de comunicar nossos pensamentos, de desenvolver um tipo de relacionamento inteligente com o mundo se resume em Da'at. Os processos mentais só tomam forma quando são externalizados pelas Sefirot da emoção e Da'at é responsável pela conexão entre a mente e as emoções.

As Sefirot da Emoção Humana:

Estas são divididas em dois grupos. As primeiras três Sefirot - Chessed, Guevurá e Tiferet - representam as relações que envolvem o dar, num sentido unidirecional. Neste nível ainda não há reciprocidade nos relacionamentos. As três seguintes - Netzach, Hod e Yessod - agem diretamente no mundo real e representam relacionamentos onde há reciprocidade e "concretização" dos sentimentos.

Chessed - Graça, amor. É o altruísmo, o compartilhar, o dar incondicional, a bondade, a mão estendida para o outro. A Torá nos ensina que Criação foi imbuída de altruísmo e o amor é a emoção mais básica no ser humano. Orientada para os outros, Chessed é a primeira das Sefirot de ação responsável pelo início da interação, a primeira centelha que inicia a ação. Representa a extroversão, o fluxo de energia que nos abre para o mundo. Quando estendemos nossa mão para o outro é o fluxo de Chessed que se manifesta. O homem de Chessed é aquele que dá de si mesmo, seja em termos de vontade, afeição ou relação. Abraão é o patriarca que representa este atributo Divino.

Mas Chessed é um sentimento e sentimentos internos não possuem uma direção. O dar de si sem limites ou direção, o dar indisciplinado, pode levar ao esgotamento. Por isso mesmo, o fluxo da bondade e altruísmo deve ser guiado pelas Sefirot da mente. Segundo os ensinamentos místicos, a maneira fundamental de penetrar no mistério da Chessed é amando D's ao extremo. Conseqüentemente, amando todas as Suas criaturas. O que é um Chassid, perguntam nossos sábios. Alguém que age por amor a D's. No corpo sefirótico, Chessed é o braço direito.

Guevurá - Poder, força. É o recuo das forças para dentro de si, a auto-contenção. O fluxo de Guevurá é a fonte de energia para a justiça, o controle, o domínio sobre os impulsos. Na Guevurá o ser humano encontra a força e a habilidade de superar sua natureza, suas contradições e conflitos.

Perguntam nossos sábios, na Éticas dos Pais: 'Quem é forte? Aquele que controla seus impulsos', pois é mais difícil refrear seus próprios impulsos do que resistir a um perigo externo. Isaac é o patriarca símbolo da Guevurá, pois ao ser atado tinha controle total sobre si próprio, ao ponto de anular sua própria vontade. Não controlada, esta Sefirá pode levar o homem a uma situação em que não consegue dar nem receber, uma retração total em si mesmo, podendo ser fonte de energia para o ódio e o medo. No corpo sefirótico, é o braço esquerdo.

O Talmud aponta-nos algo essencial sobre as relações humanas: devemos aproximar as pessoas em nossa volta com a mão direita; mas, ao mesmo tempo, mantê-las à distância com a esquerda. Só assim o homem poderá manter em cada relacionamento sua própria identidade.

Tiferet - Beleza e harmonia. Esta Sefirá também é chamada de Rachamim, compaixão. Tiferet equilibra os fluxos de Chessed e Guevurá. É o dar equilibrado, o julgamento atenuado pelo amor. A habilidade de harmonizar e integrar os dois extremos. Representa o desenvolvimento do ser humano até seu maior poten-cial. 

Os sábios nos ensinam que nossa compaixão deve estender-se sobre todas as criaturas, não desprezando nem destruindo nenhuma delas. Tiferet representa também a verdade, pois a pessoa só pode ser verdadeira se estiver equilibrada e somente estando ela mesma equilibrada poderá ter relações equilibradas. Jacob é o patriarca que simboliza a Tiferet. Ele é exemplo daquilo que o Talmud define como uma pessoa verdadeira: "aquele que é por fora aquilo que é por dentro". No corpo sefirótico, é o tronco.

Netzach - Eternidade. É a vontade de vencer, conquistar; o impulso profundo de realização. À medida em que surgem os sentimentos, devem ser realizados através de relacionamentos. Netzach é primeira Sefirá onde há reprocidade. Ensinam-nos nossos sábios que "mais que o discípulo quer aprender, o mestre quer dar". Esta Sefirá é responsável pela necessidade que cada homem tem de se relacionar com o "outro". E isto pode ser participar de numa conversa, estender a mão ou simplesmente praticar qualquer ação que toque o outro. Netzach significa vitória; conseguir sair das limitações do nosso próprio ser para entrar no mundo do outro. É o dar de acordo com as necessidades de quem esta dando. Moshé Rabeinu representa o fluxo de Netzach. Este atributo é a perna direita do corpo sefirótico.

Hod - Esplendor. É a sinceridade, o zelo. Na luta para o cumprimento das responsabilidades ou atingir o que se deseja, é o poder de rechaçar os obstáculos que surgem e perseverar. Relacionamentos sinceros ou duradouros não resultam de um simples alcançar o outro. Dependem também de nossa habilidade de criar um espaço interno para aceitar o outro. É o dar de acordo com as necessidades de quem recebe. É estar em total conformidade com a identidade do outro. Hod restringe e contém o fluxo de Netzach para que o relacionamento não se torne dominador. Aarão é o símbolo de Netzach. No corpo sefirótico, é a perna esquerda.

Yessod - Fundamento. Representa o poder da conexão, a força vital procriadora. Yessod é o pilar cósmico, o eixo do mundo. Esta Sefirá representa o tipo de relação recíproca onde todo o ser está envolvido, é o estreito vínculo entre dois entes. A capacidade de fazer contatos e se relacionar com os outros. É também o poder de comunicação e a habilidade de se concentrar na pessoa com quem estamos comunicando-nos. A luz e o poder das Sefirot são canalizados por Yessod e através deste chega-se a Malkut. José, filho de Jacob, representa Yessod.

Malkut - Reinado. É a vivência, a realização do potencial no homem. É a transição da alma para a existência externa; do pensamento para o fato. Assim como um ângulo define o encontro de duas ou mais linhas, Malkut define o ponto de encontro de todas as Sefirot, sua expressão final. Representa a coesão final em um relacionamento. O Rei David representa esta Sefirá.





Conclusão

O homem está ligado a um sistema de mundos superiores, apesar de este sistema não lhe estar revelado. Cada um de nós é composto por fluxos espirituais de energia que definem nossa personalidade. Através de nossas ações e como resposta a estas, que estabelecemos (ou não) um equilíbrio entre o espiritual e o material nossa mente e nossas emoções, assim como entre nós e o mundo que nos cerca. A jornada mística da busca do 'eu verdadeiro' se inicia com a conscientização deste fato espiritual da vida.

Para a Cabalá, as Sefirot não são um sistema teológico abstrato, mas sim um mapa da consciência humana através do qual poderão ser descobertas as dimensões do ser, pois a totalidade espiritual e psicológica do ser humano pode ser obtida pela meditação nas qualidades de cada Sefirá e pela imitação dos atributos Divinos. Estas descobertas poderão levar a uma revolução na percepção do sentido da vida.





Um dos preceitos básicos do Judaísmo é que a vida tem sentido, e a meta do homem é se aperfeiçoar e aperfeiçoar ao mesmo tempo o mundo à sua volta. A Cabalá nos ensina que o homem é a única criatura que tem como superar sua natureza interna, suas inclinações, aperfeiçoar-se espiritualmente aproximando-se desta forma de seu Criador.D's disse a Abraão: "Vai". Segundo nossos sá-bios, este versículo tem uma mensagem que se destina a todas as pessoas... "Vai para dentro de ti mesmo; conhece-te e completa-te".

Terminando, deixo , para reflexão, este pensamento do Rav Abraham Kook, erudito deste século que ora termina: "Quanto mais forte és, mais precisas procurar-te".

Namastê !



Livro Recomendado para Estudos 



TFA / PP
Ir Daniel Martina Frc

30 de janeiro de 2017

O Anel na Maçonaria do Brasil


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Ir.'. Daniel Martina​.

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TFA
Ir Daniel Martina.

27 de janeiro de 2017

O SIGNIFICADO DO PENTAGRAMA:




Para os Hebreus era designado como a “Verdade” nos livros do Pentateuco (os cinco livros do Velho Testamento).

Já na Grécia Antiga, era chamado Pentalpha, “composto de cinco ‘As’ geometricamente”.

O pentagrama aparece também na cultura chinesa, onde representa o ciclo da destruição, atribuindo a cada extremo do pentagrama um elemento: fogo, terra, madeira, água e metal. Todos os elementos estão interligados, já que um depende do outro para ser gerado, ou para inibir e manter o equilíbrio da natureza.

Para Pitágoras e seus seguidores, o pentagrama era um “emblema de perfeição”, ficando conhecido como “A proporção Divina”, tendo sido utilizado na construção de diversos templos durante a arte pós-helênica.


Era considerado pelos druidas um “símbolo divino” , já para os celtas simbolizava a deusa Morrighan (deusa do amor e da guerra) e ainda, para os egípcios, o pentagrama era considerado o“útero da Terra”, já que mantinha uma “relação simbólica com as pirâmides”.


Para os primeiros cristãos as cinco extremidades do pentagrama representavam as cinco chagas de Cristo, além de ter sido usado como símbolo da visita dos três Reis Magos ao menino Jesus.


Nos tempos medievais costumava-se usar o pentagrama como amuleto, para afastar demônios.


Uma nova ordem de monges surgiu durante o período das Cruzadas, chamada de “Os Templários” , que acabou conquistando uma grande riqueza além de fazer doações aos que se uniam à ordem. Na localização da Ordem dos Templários, exatamente ao redor de Rennes du Chatres, França, é possível perceber um pentagrama formado pelas montanhas, ao redor do centro.


Percebe-se também a influência do símbolo em diversas igrejas Templárias localizadas em Portugal, com vitrais no formato de pentagramas.




Em 1303 porém, os Templários foram exterminados pela Igreja e por Luis IX, um fanático religioso, no período da inquisição. O pentagrama passou então, de um símbolo cristão a uma “cabeça de bode ou diabo, na forma de “Baphomet” (demônio), sendo conhecido como “Pé da Bruxa”.


As religiões antigas então se ocultaram, retornando somente após a era das Trevas, quando as sociedades voltaram aos seus estudos sem medo de represálias. 


Ressurgiu o Hermetismo, junto a outras ciências, misturando alquimia e filosofia. Surge o simbolismo gráfico e geométrico com o período da Renascença. Agora o pentagrama passou a significar o “Microcosmo”, o “símbolo do Homem de Pitágoras representado através de braços e pernas abertas, parecendo estar disposto em cinco partes em forma de cruz (O Homem Individual)”.




Esta figura também representava o Macrocosmo, o Homem Universal, simbolizando a perfeição e a ordem, além da verdade divina. Henry Cornelius Von de Agrippa Nettesheim, mostra a mesma imagem, porém rodeada de cinco planetas e uma Lua no centro (genitália) na imagem humana.


Leonardo da Vinci também usou a figura para mostrar as relações “geométricas do homem com o Universo”. O pentagrama também foi associado aos elementos: terra, ar, fogo e água, porém o quinto elemento simbolizaria o espírito (A Quinta Essência dos alquimistas e agnósticos).


Na maçonaria era considerado o Laço Infinito, representando virtude e dever. O pentagrama somente foi associado ao “conceito bem e mal” por Eliphas Levi, quando ele expôs um pentagrama microcósmico ao lado de um pentagrama invertido, gerando a imagem da cabeça do bode, que seria Baphomet.


O símbolo voltou a ser utilizado em rituais pagãos em 1940, por Gerald Gardner, simbolizando três aspectos da deusa e dois do deus, criando a nova religião Wicca.


Em 1960, com o crescimento da Wicca, o pentagrama já era considerado um poderoso talismã, até que Anton La Vey realmente adotou o símbolo invertido para sua igreja de satanás, o que fez com que a igreja católica considerasse o símbolo, esteja ele invertido ou não, um símbolo do diabo.


Independente de sua história, hoje o pentagrama é considerado um símbolo de proteção, perfeição e ocultismo, sendo utilizado como um símbolo mágico.



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TFA
Ir.´. Daniel Martina

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26 de janeiro de 2017

Os Templários (Pobres Cavaleiros de Cristo)



No início de 1100, Hugo de Paynes e mais oito cavaleiros franceses, movidos pelo espírito de aventura tão comum aos nobres que buscavam nas Cruzadas, nos combates aos "infiéis" muçulmanos a glória dos atos de bravura e consagração, viajaram à Palestina. Eram os Soldados do Cristianismo, disputando a golpes de espada as relíquias sagradas que os fanáticos retinham e profanavam. Balduíno II reinava em Jerusalém, os acolheu, e lhes destinou um velho palácio junto ao planalto do Monte Moriah, onde as ruínas compostas de blocos de mármore e de granito, indicavam as ruínas de um Grande Templo.

Seriam as ruínas do GRANDE TEMPLO DE SALOMÃO, o mais famoso santuário do XI século antes de Cristo em que o gênio artístico dos fenícios se revelava. Destruído pelos caldeus, reconstruído por Zorobabel e ampliado por Herodes em 18 antes de Cristo. Arrasado novamente pelas legiões romanas chefiadas por Tito, na tomada de Jerusalém. Foi neste Templo que se originou a tragédia de Hiran?, cuja lenda a Maçonaria incorporou. Exteriormente, antes da destruição pelos romanos no ano 70 de nossa era, o Templo era circundado por dois extensos corredores excêntricos, ocupando um gigantesco quadrilátero em direção ao Nascente, a esquerda ficava o átrio dos Gentios e à direita o dos Israelitas, além das estâncias reservadas às mulheres, e aos magos sacerdotes, a que se seguia o Santuário propriamente dito, tendo ao centro o Altar dos Holocaustos.

Os "Pobres Cavaleiros de Cristo" atraídos pela inspiração divina e sensação do mistério que pairava sobre estas ruínas, passaram a explora-las, não tardou para que descobrissem a entrada secreta que conduzia ao labirinto subterrâneo só conhecido pelos iniciados nos mistérios da Cabala. Entraram numa extensa galeria que os conduziu até junto de uma porta chapeada de ouro por detrás da qual poderia estar o que durante dois milênios se constituíra no maior Segredo da Humanidade. Uma inscrição em caracteres hebraicos prevenia os profanos contra os impulsos da ousadia: 

"SE É A MERA CURIOSIDADE QUE AQUI TE CONDUZ, DESISTE E VOLTA; SE PERSISTIRES EM CONHECER O MISTÉRIO DA EXISTÊNCIA, FAZ O TEU TESTAMENTO E DESPEDE-TE DO MUNDO DOS VIVOS.

Os "infiéis do Crescente" eram seres vivos e contra eles, Os Templários, com a cruz e a espada realizavam prodígios de valentia. Ali dentro, porém, não era a vida que palpitava, e sim os aspectos da Morte, talvez deuses sanguinários ou potestades desconhecidos contra as quais a força humana era impotente, isto os fez estremecer. Hugo de Paynes, afoito, bateu com o punho da espada na porta e bradou em alta voz: - EM NOME DE CRISTO, ABRI!! E o eco das suas palavras se fez ouvir: EM NOME DE CRISTO...enquanto a enorme porta começou abrir, ninguém a estava abrindo, era como se um ser invisível a estivesse movendo e se escancarou aos olhos vidrados dos cavaleiros um gigantesco recinto ornado de estranhas figuras, umas delicadas e outras, aos seus olhos monstruosas, tendo ao Nascente um grande trono recamado de sedas e por cima um triângulo equilátero em cujo centro em letras hebraicas marcadas a fogo se lia o TETRAGRAMA YOD.


Junto aos degraus do trono e sobre um altar de alabastro, estava a "LEI" cuja cópia, séculos mais tarde, um Cavaleiro Templário em Portugal, devia revelar à hora da morte, no momento preciso em que na Borgonha e na Toscana se descobriam os cofres contendo os documentos secretos que "comprovavam" a heresia dos Templários. A "Lei Sagrada" era a verdade de Jahveh transmitida ao patriarca Abraão. A par da Verdade divina vinha depois a revelação Teosófica e Teogâmica a KABBALAH.


Extasiados diante da majestade severa dos símbolos, os nove cavaleiros, futuros Templários, ajoelharam e elevaram os olhos ao alto. Na sua frente, o grande Triângulo, tendo ao centro a inicial do princípio gerador, espírito animador de todas as coisas e símbolo da regeneração humana, parece convidá-los à reflexão sobre o significado profundo que irradia dos seus ângulos. Ele é o emblema da Força Criadora e da Matéria Cósmica. É a Tríade que representa a Alma Solar, a Alma do Mundo e a Vida. é a Unidade Perfeita. 





Um raio de Luz intensa ilumina então àqueles espíritos obscecados pela idéia da luta, devotados à supressão da vida de seres humanos que não comungassem com os mesmos princípios religiosos que os levou à Terra Santa. Ali estão representadas as Trinta e Duas Vidas da Sabedoria que a Kabbalah exprime em fórmulas herméticas, e que a Sepher Jetzira propõe ao entendimento humano. Simbolizando o Absoluto, o Triângulo representa o Infinito, Corpo, Alma, e Espírito. Fogo Luz e Vida. Uma nova concepção que pouco a pouco dilui e destrói a teoria exclusivista da discriminação das divindades se apossa daqueles espíritos até então mergulhados em ódios e rancores religiosos e os conclama à Tolerância, ao Amor e a Fratenidade entre todos os seres humanos.

A Teosofia da Kabbalah exposta sobre o Altar de alabastro onde os iniciados prestavam juramento dá aos Pobres Cavaleiros de Cristo a chave interpretativa das figuras que adornam as paredes do Templo. Na mudez estática daqueles símbolos há uma alma que palpita e convida ao recolhimento. Abalados na sua crença de um Deus feroz e sanguinário, os futuros Templários entreolham-se e perguntam-se:

"SE TODOS OS SERES HUMANOS PROVÊM DE DEUS QUE OS FEZ À SUA IMAGEM E SEMELHANÇA, COMO COMPREENDER QUE OS HOMENS SE MATEM MUTUAMENTE EM NOME DE VÁRIOS DEUSES? COM QUEM ESTÁ A VERDADE?"

 Entre as figuras, uma em especial chamara a atenção de Hugo de Paynes e de seus oito companheiros. Na testa ampla, um facho luminoso parecia irradiar inteligência; e no peito uma cruz sangrando acariciava no cruzamento dos braços uma Rosa. A cruz era o símbolo da imortalidade; a rosa o símbolo do princípio feminino. A reunião dos dois símbolos era a idéia da Criação. E foi essa figura monstruosa, e atraente que os nove cavaleiros elegeram para emblema de suas futuras cruzadas. Quando em 1128 se apresentou ante o Concílio de Troyes, Hugo de Paynes, primeiro Grão-Mestre da Ordem dos Cavaleiros do Templo, já a concepção dos Templários acerca da idéia de Deus não era muito católica.

A divisa inscrita no estandarte negro da Ordem "Non nobis, Domine, sed nomini tuo ad Gloria" não era uma sujeição à Igreja mas uma referência a inicial que no centro do Triângulo simbolizava a unidade perfeita: YOD. Cavaleiros francos, normandos, germânicos, portugueses e italianos acudiram a engrossar as fileiras da Ordem que dentro em pouco se convertia na mais poderosa Ordem do século XII. Mas a Ordem tornara-se tão opulenta de riquezas, tão influente nos domínios da cristandade que o Rei de França Felipe o Belo decretou ao Papa para expedir uma Bula confiscando todas suas riquezas e enviar seus Cavaleiros para as "Santas" fogueiras da Inquisição. Felipe estava atento. E não o preocupava as interpretações heréticas, o gnosticismo. Não foram portanto, a mistagogia que geraram a cólera do Rei de França e deram causa ao monstruoso processo contra os Templários.

Foi a rapacidade de um monarca falido para quem a religião era um meio e a riqueza um fim. Malograda a posse da Palestina pelos Cruzados, pelo retraimento da Europa Cristã e pela supremacia dos turcos muçulmanos, os Templários regressam ao Ocidente aureolados pela glória obtidas nas batalhas de Ascalão, Tiberíade e Mansorah. Essas batalhas, se não consolidaram o domínio dos Cristãos na Terra Santa, provocaram, contudo, a admiração das aguerridas hostes do Islam (muçulmanos), influindo sobre a moral dos Mouros que ocupavam parte da Espanha. Iniciam entre os Templários o culto de um gnosticismo eclético que admite e harmoniza os princípios de várias religiões, conciliando o politeísmo em sua essência com os mistérios mais profundos do cristianismo. São instituídas regras iniciáticas que se estendem por sete graus, que vieram a ser adotados pela Franco Maçonaria Universal (três elementares, três filosóficos e um cabalístico), denominados "Adepto", "Companheiro", "Mestre Perfeito", "Cavaleiro da Cruz", "Intendente da Caverna Sagrada", "Cavaleiro do Oriente"e "Grande Pontífice da Montanha Sagrada".

A Caverna Sagrada era o lugar Santo onde se reuniam os cavaleiros iniciados. Tinha a forma de um quadrilátero (quadrado) perfeito. 

O ORIENTE representava a Primavera, o Ar, Infância e a Madrugada.O MEIO DIA (Sul), o Estio, o Fogo e a Idade adulta. O OCIDENTE, o Outono, a Água, o Anoitecer. O NORTE, a Terra, o Inverno, a Noite. Eram as quatro fases da existência. O Fogo no MEIO DIA simbolizava a verdadeira iniciação, a regeneração, a renovação, a chama que consumia todas as misérias humanas e das cinzas, purificadas, retirava uma nova matéria isenta de impurezas e imperfeições. No ORIENTE, o Ar da Madrugada vivificando a nova matéria, dava-lhe o clima da Primavera em que a Natureza desabrochava em florações luxuriantes, magníficas acariciando a Infância. Vinha depois o OUTONO, o Anoitecer, o amortecer da vida, a que a Água no OCIDENTE alimentava os últimos vestígios desta existência. O NORTE, marca o ocaso da Vida. A Terra varrida pelas tempestades e cobertas pela neve que desolam e que matam, é o Inverno que imobiliza, que entorpece e que conduz à Noite caliginosa e fria a que não resiste a debilidade física, a que sucumbe a fragilidade humana.

E é no contraste entre o Norte e o Meio Dia que os Templários baseiam o seu esoterismo, alertando os iniciados da existência de uma segunda vida. Nada se perde: Tudo se Transforma. ...Vai ser iniciado um "Cavaleiro da Cruz". O Grande Pontífice da Montanha Sagrada empunha a Espada da Sabedoria, e toma lugar no Oriente. Ao centro do Templo, um pedestal que se eleva por três degraus, está a grande estátua de Baphomet, símbolo da reunião de todas as forças e de todos os princípios (Masculino e Feminino, A Luz e as Trevas, etc...) como no Livro da Criação, a Sepher-Jetzira Livro mor da Cabala. No peito amplo da estranha e colossal figura, a Cruz, sangrando,imprime à Rosa Branca um róseo alaranjado que pouco a poco toma a cor de sangue. É a vida que brota da união dos princípios opostos.




Por cima da Cruz, a letra "G". O iniciado, Mestre Perfeito, já conhece muito bem o significado dessa letra que na mudez relativa desafia a que a interpretação na sua nova posição, junto ao Tríplice Falus, na sua junção com a Rosa-Cruz mística. "A Catequese Cristã é apenas, como o leite materno, uma primeira alimentação da Alma; o sólido banquete é a Contemplação dos Iniciados, carne e sangue do Verbo, a compreensão do Poder e da Quintessência divina." "O Gnóstico é a Verdadeira Iniciação; e a Gnose é a firme compreensão da Verdade Universal que, por meio de razões invariáveis nos leva ao conecimento da Causa..." "Não é a Fé, mas sim a Fé unida as Ciências, a que sabe discernir a verdadeira da falsa doutrina. Fiéis são os que apenas literalmente crêem nas escrituras. Gnósticos, são os que, profundando-les o sentido interior, conhecem a verdade inteira." "Só o Gnóstico é por essência, piedoso." "O homem não adquire a verdadeira sabedoria senão quando escuta os conselhos duma voz profética que lhe revela a maneira porqur foi, é, e será tudo quanto existe." O Gnosticismo dos Templários é uma nova mística que ilumina os Evangelhos e os interpreta à Luz da Razão Humana.

O Mestre Perfeito entra de olhos vendados, até chegar ao pedestal de Baphomet. Ajoelha e faz sua prece: "Grande Arquiteto do Universo Infinito, que lês em nossos corações, que conheces os nossos pensamentos mais íntimos, que nos dá o livre arbítrio para que escolhamos entre a estrada da Luz e das Trevas." "Recebe a minha prece e ilumina a minha alma para que não caia no erro, para que não desagrade à vossa soberana vontade" "Guiai-me pelo caminho da Virtude e fazei de mim um ser útil à Humanidade". Acabada a prece, o candidato levanta-se e aguarda as provas rituais que hão de conduzí-lo a meta da Verdade. ...O GRANDE PONTÍFICE TEMPLÁRIO interroga o candidato a "Cavaleiro da Cruz"em tom afetivo e paternal: 

"Meu Irmão, a nossa Ordem nasceu e cresceu para corrigir toda espécie de imperfeição humana". 

"A nossa consciência é que é o juiz das nossas ações. A ignorância é o verdadeiro pecado. O inferno é uma hipótese, o céu uma esperança".

 "Chegou o momento de trocarmos as arma homicidas pelos instrumentos da Paz entre os Homens"

A missão do Cavaleiro da Cruz é amar ao próximo como a si mesmo. As guerras de religião são monstruosidades causadas pela ignorância, geradas pelo fanatismo. As energias ativas devemos orientá-las no sentido do Amor e da Beleza; mas não se edifica uma obra de linhas esbeltas sem um sentimento estético apolíneo que só se adquire pelo estudo que conduz ao aperfeiçoamento moral e espiritual". "O homem precisa Crer em algo. Os primitivos cultuavam os Manes. Os Manes eram as almas humanas desprendidas pela morte da matéria e que continuavam em uma nova vida". "Onde iriam os primitivos beber a idéia da alma? Repondei-me, se sois um Mestre Perfeito Templário". "- Nos fenômenos psíquicos que propiciam aparições, nas ilações tiradas dos sonhos, e na percepção". "-Acreditais que os mortos se podem manifestar aos vivos?" "- Sim. Acredito que a Alma liberta do invólucro físico sobe a um plano superior, se sublima, e volve ao mundo para rever os que lhe são simpáticos, segundo a lei das afinidades". "- Acreditais na ressurreição física de Cristo?" "- Não." "- Acreditais na Metempsicose (Lei de Transmigração das Almas)?" "- Sim. A semelhança das ações, dos sentimentos, dos gestos e das atitudes que podemos observar em determinados seres não resultam apenas da educação mas da transmigração das almas. 


Essa transmigração não se opera em razão hereditária". "- Acreditai que a morte legal absolve o assassino? Que o Soldado não é responsável pelo sangue que derrama"? "- Não acredito". " - Atentai agora nas palavras do Cavaleiro do Ocidente que vos dirá os sentidos que imprimimos no ao Grau de Cavaleiro da Cruz". "A Ordem do Templo criou uma doutrina e adquiriu uma noção da moral humana que nem sempre se harmoniza com as concepções teológicas cristãs apresentadas como verdades indiscutíveis.

Por isso nos encontramos aqui, em caráter secreto, para nos concentrarmos nos estudos transcendentes por meio do qual chegaremos à Verdadeira Harmonia." "As boas obras dependem das boas inclinações da vontade que nos pode conduzir à realização das boas ações. A intuição é que leva os homens a empreender as boas ações. Quando o Grande Pontífice vos falou do culto dos primitivos, ele definiu a existência de uma intuição comum a todos os seres humanos." "Assim como por detrás das crenças dos Atlantes havia a intuição que indicava a existência de um Ser Supremo, o Grande Arquiteto responsável pela construção do Universo, também existia nesses povos um sentimento inato do Bem e do Belo, e um instinto de justiça que era a base de sua Moral."

 "A Ciência nos deu meios de podermos aperfeiçoar a Moral dos antigos, mas a inteligência nos diz que além da Ciência existe a Harmonia Divina".

 "Das ações humanas, segundo Platão, deverá o homem passar à Sabedoria para lhe contemplar a Beleza; e, lançado nesse oceano,procriará com uma inesgotável fecundidade as melhores idéias filosóficas, até que forte e firme seu espírito, por esta sublime contemplação, não percebe mais do que uma ciência: a do Belo".

 Estavam findas as provas de iniciação.

O iniciado dirigia-se então para o Altar dos Holocaustos, onde o Sacrificador lhe imprime a Fogo, sobre o coração, o emblema dos Cavaleiro do Templo. ...Foi nessa intervenção indébita de Roma que influiu poderosamente para que a "Divina Comédia" de Dante Alighieri fosse o que realmente é - uma alegoria metafísico-esotérica onde se retratam as provas iniciáticas dos Templários em relação à imortalidade. Na DIVINA COMÉDIA cada Céu representa um Grau de iniciação Templário. Em contraste com o Inferno, que significa o mundo profano, o verdadeiro Purgatório onde devem lapidar-se as imperfeições humanas, vem o Último Céu a que só ascendem os espíritos não maculados pela maldade, isentos de paixões mesquinhas, dedicados à obra do Amor, da Beleza e da Bondade. É lá o zênite da Inteligência e do Amor. A doutrína Iniciática da Ordem do Templo compreende a síntese de todas as tradições iniciáticas, gnósticas, pitagóricas, árabes, hindus, cabires, onde perpassam, numa visão Cosmorâmica todos os símbolos dos Grandes e Pequenos mistérios e das Ciências Herméticas: 

A Cruz e a Rosa, o Ovo e a Águia, as Artes e as Ciências, sobretudo a Cruz, que para os Templários, assim como para os Maçons seus verdadeiros sucessores, era o símbolo da redenção humana. Dante Alighieri e sua Grande Obra: A Divina Comédia, foi o cronista literário da Ordem dos Cavaleiros do Templo. Os Templários receberam da Ordem do Santo Graal o esquema iniciático e a base esotérica que serviu de base para seu sistema gnóstico.

Pois o que era a Cavalaria Oculta de Santo Graal senão um sistema legitimamente Maçônico ainda mal definido, mas já adaptado aos princípios da Universalização da Fraternidade Humana? O Santo Graal significava a taça de que serviu Jesus Cristo na ceia com os discípulos, e na qual José de Arimathéa teria aparado o sangue que jorrava da ferida de Cristo produzida pela lança do centurião romano. Era a Taça Sagrada que figurava em todas as cerimônias iniciáticas das antigas Ordens de Cavaleiros que possuiam graus e símbolos misteriosos, e que a Maçonaria moderna incorporou em seus ritos, por ser fatal aos perjúrios.

Os Templários adotavam-na na iniciação dos Adeptos e dos Cavaleiros do Oriente, mas ela já aparece nas lendas do Rei Arthur, nos romances dos Cavaleiros da Távola Redonda, que eram de origem céltica, e que a própria Igreja Católica a introduziu no ritual do cálice que serve no sacrifício da missa. No Grau de Cavaleiro do Oriente,os Templários figuram um herói: Titurel, Cavaleiro da Távola Redonda, que desejando construir um Templo onde depositar o Cálice Sagrado, encarregara da construção o profeta Merlin, que idealizou um labirintocomposto de doze salas ligadas por um sistema de corredores que se cruzavam e recruzavam, como no labirinto de Creta onde o Rei Minos escondia o Minotauro(Mit.Grega).




O Postulante Templário tinha de entrar em todas as salas, uma só vez, para receber a palavra de passe, e só no fim dessa viagem podia ascender ao grau que buscava. Mas se em Creta, Theseu tivera o fio de ouro de Ariadne, para chegar ao Minotauro, no Templo dos Cavaleiros do Oriente, o candidato apenas podia se orientar por uma chave criptográfica composta de oitenta e uma combinações (9x9) o que demandava muito esforço de raciocínio e profundos conhecimentos em matemática. A Ciência dos Números tinha para os Templários um significado profundo.

Os Grandes Iniciados, comos os Filósofos do Oriente, descobriram os mais íntimos segredos da natureza por meio dos números, que consideravam agradáveis aos Deuses. Mas tinha grande aversão aos números pares. O Grande Alquimista Paracelso dizia que os números continham a razão de todas as coisas. Eles estavam na voz, na Alma, na razão, nas proporções e nas coisas divinas. A Ordem dos Cavaleiros do Templo, cultuava a Ciência dos Números no Grau de Cavaleiro do Oriente, ensinando que a Filosofia Hermética contava com TRÊS mundos: o elementar, o celeste e o intelectual. Que no Universo havia o espaço, a matéria e o movimento. Que a medida do tempo era o passado, o presente e o futuro; e que a natureza dispunha de três reinos: animal, vegetal e mineral; que o homem dispunha de três poderes harmônicos: o gênio, a memória e a vontade. Que o Universo operava sobre a eternidade e a imensidade movida pela onipotência. A sua concepção em relação à Deus, o Grande Arquiteto do Universo, era Sabedoria, Força e Beleza.

A Maçonaria criou uma expressão própria para os Altos Graus: Sabedoria, Estabilidade e Poder. Tudo isto provinha do Santo Graal, a que os Templários juntavam que, em política, a grandeza e a duração e a prosperidade das nações se baseavam em três pontos primordiais: Justiça dos Governos, Sabedoria das Leis e Pureza dos Costumes. Era nisso que consistia a arte de governar os povos. As oitenta e uma combinações que levavam o candidato ao Templo de Cavaleiro do Oriente tinha por base o sagrado numero Três, sagrado em todas as corporações de caráter iniciático.




O Triângulo encontrado no Templo de Salomão era uma figura geométrica constituída pela junção de Três linhas e a letra YOD no centro significava a sua origem divina. Todas as grandes religiões também têm como número sagrado o Três. A Católica, exprimindo-o nas pessoas da Santíssima Trindade (Pai, Filho e Espírito Santo) nos dias que Cristo passou no sepulcro, nos Reis Magos, e nas vezes que São Pedro negou o mestre. Nos Grandes Mistérios Egípcios, temos a Grande Trindade formada por Ísis, Osíris e Hórus. Entre os Hindus temos a Trimurti, constituída de Brahama, Shiva e Vishnu personificando a Criação, a Conservação e a Destruição. Em todas elas, como no racionalismo, nós encontramos como elementos vitais a Terra, a Água e o Sol.

Foi, portanto, baseada nas grandes Religiões e no Gnosticismo dos Templários, que por sua vez se inspirou no da Cavalaria Oculta do Santo Graal, que a Maçonaria adotou como símbolo numerológico de vários graus o número três, que se vai se multiplicando na vida maçônica dos iniciados até a conquista da Sabedoria, da Força e da Beleza. ...Os Graus na Ordem do Templo eram Sete, como o é na Maçonaria Moderna Universal. Este número era também, junto com o Três, estremamente sagrado para os antigos. Era considerado o Número dos Números. Ele representava os Sete Gênios que assistiam o Grande Mitra, Deus dos Persas, e figurava igualmente os Sete pilotos de Osíris. Os Egípcios o consideravam o símbolo da Vida. Haviam Sete Planetas e são Sete as fases da Lua. Sete foram os casais encerrados na arca de Noé, que parou sete meses depois do dilúvio, e a pomba enviada por Noé só recolheu depois de sete dias de ausência. Foram sete as pragas que assolaram o Egito e o povo hebraico chorou sete sias a morte de Jacob, a quem Esaú saudara por sete vezes. A Igrja Católica reconhece Sete pecados capitais e instituiu os sete sacramentos. Para os muçulmanos existem sete céus. Deus descansou ao sétimo dia da criação. Sete eram as Ciências que os Templários transmitiam nos sete graus iniciáticos: A Gramática, a Retórica, a Lógica, a Aritmética, a Geometria , a Música e a Astronomia. Sete eram também os Sabios da Grécia. Apollo nasceu no dia sete do mes sete e sete era seu número sagrado. ... Harmonizando todas as Doutrinas, os Templários fugiam ao sentido fúnebre e superficial do catolicismo para se refugiarem em outros mistérios que entoavam Hinos à Vida.


O argumento para a iniciação dos Intendentes da Caverna Sagrada foram buscá-lo à velha Frígia , Grécia, aos Mistérios dos Sabázios. Para os Gregos, Demeter (ou Ceres para os romanos) deu à luz a Perséfone, a quem Zeus (ou Júpiter) viola, e para isso se transforma em serpente. 



O Deus, atravessando o seio é a fórmula usada nos mistérios dos Sabázios: assim se chama a serpente que escorrega entre os vestígios dos iniciádos como para lembrar a impudicícia de Zeus. Perséfone dá a Luz a um filho com face de touro. O culto dos Sabázios que servia de tema às iniciações Templárias de Quinto Grau, impressionara o gênio grego mas era um intruso em sua religião, e contra ele se levantaram Aristóphanes e Plutarco. 


Era um Culto Orgíaco, mas não era disso que se queixavam os gregos, que também tinham o culto de Cybele e arvoravam em divindades as suas formosas hetairas (prostitutas sagradas do Templo) como o demonstra no túmulo da hetaira Tryphera: "Aqui jaz o corpo delicado de Tryphera, pequena borboleta, flor das voluptuosas hetairas, que brilhava no santuário de Cybele, e nas suas festas ruidosas, suas falas e gestos eram cheios de encantos" A iniciação dos Intendentes da Caverna Sagrada realizava-se no mês de Maio, o mês das flores, com o Templo dedicado à natureza, porque o Quinto Grau de Iniciação Templária era um hino à renovação periódica da vida, dentro do Princípio Alquímico que admitia a Transmutação das substâncias e a renovação das células por um sistema circular periódico, vivificante, em que tudo volta ao ponto de partida, OUROBOROS.

O Grande Pontífice da Montanha Sagrada encarnava o papel do Sabázio, o Deus Frígio que figurava as forças da natureza e as movia no sentido da renovação e da regeneração humana. A seus pés, de aspecto ameaçador estava a Serpente Sagrada, símbolo da regeneração e renovação pela mudança periódica de pele. À esquerda, coroada de flores e folhas verdes, cabelos soltos saindo de um emblema de estrelas, tendo ao peito nu, uma trança de papoulas, símbolo da fecundidade, nas orelhas brincos de três rubis e no braço esquerdo arqueado, o crivo místico das festividades de Elêusis, que três serpentes aladas acariciavam, a Grande Estátua de Deméter, personificação da Terra, e das forças produtoras da natureza. À direita, envergando uma cumprida túnica, severa e majestosa, Hera(ou Juno) a imponente Deusa do Olimpo, Esposa de Zeus, estende aos postulantes a taça do vinho celeste que contém em si o espírito da força indomável do sado com a reflexão e com a temperança. As provas, neste Grau, dirigiam-se no sentido da imortalidade da alma, e também no rejuvenescimento físico. Deméter estendia a sua graça sobre o gênero humano para que os iniciados compreendessem que as forças da natureza reuniam a própria essência da Divindade.

Eram elas que impulsionavam a vida, que renovavam as substâncias nos ciclos mais críticos e que podiam levar o homem à Imortalidade. Hera velava do Olimpo e Sabázio conduzia o fogo sagrado. Apenas os profundamente convictos, isentos de dúvidas e fortes em sua crença de que acima da natureza só existia a própria natureza evoluída é que recebiam a consagração da investidura do Grau. "A natureza mortal procura o quanto pode para se tornar imortal. Não há, porém, outro processo senão o do renascimento que substitui um novo indivíduo a um indivíduo acabado." "Com efeito, apesar de dizer do homem que vive do nascimento até a morte, e que é o mesmo durante a vida , a verdade é que não o é, nem se conserva no mesmo estado, nem o compõe a mesma matéria." "Morre e nasce sem cessar, nos cabelos, na carne, nos ossos, no sangue, numa palavra: em todo seu corpo e ainda em sua alma." "Hábitos, opiniões, costumes, desejos, prazeres, jamais se conservam os mesmos. Nascem e morrem continuamente." "Assim se conservam os seres mortais.


Não são constantemente os mesmos, comos os seres divinos e imortais.





E aquele que acaba, deixa em seu lugar um outro semelhante." "Todos os mortais participam da imortalidade, no corpo e em tudo o mais.

Autor: 
Ir.´. Paulo Benelli

Ilustração e Pesquisa: 
Ir.´. Daniel Martina

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