29 de agosto de 2012

CONSTRUINDO O TABERNÁCULO por MESTRES DO UNIVERSO



No grau 24 os trabalhos consistem em ensinar os Irmãos a construir o Tabernáculo, por isso sua origem está fundamentada nos versículos 25 a 26 do livro do Êxodo, onde Deus dita a Moisés as instruções para essa construção. 

E o grau em que, simbolicamente, o maçom adquire a capacidade de funcionar como sacerdote. Nesse caso, deverá ter em mente todos os ensinamentos dos graus anteriores, porque será o momento de usá-los.

Não se pode esquecer que o sacerdote, na cultura hebraica, não é somente o oficiante de cerimônias religiosas. Ele é, também, o intérprete e aplicador das leis, visto que tal cultura era essencialmente teocrática e as funções do estado não estavam dissociadas da religião.

Dessa forma, dos maçons-sacerdotes não se exige que estejam a par somente das tradições religiosas, mas também de todas as fórmulas legais existentes, para que possam julgar com justiça e ministrar aos irmãos dos graus inferiores a correta orientação doutrinária. Por isso se evoca constantemente, como ensinamento do grau, as questões ligadas á justiça, aos triunais, aos julgamentos, ao respeito que deve á lei, etc.

No relato bíblico, vê-se que Deus orientou Moisés para que requisitasse do povo de Israel os materiais necessários para a construção do Tabernáculo e da Arca da Aliança. Os materiais requisitados eram ouro, prata, bronze, estofo azul, púrpura carmezim, linho fino, peles de cabra e de carneiro, e de animais marinhos, madeira de acá-cia, azeite, incenso, pedras preciosas para ornamentar as vestes sacerdotais. Não é demais lembrar que nessa época o povo de Israel vagava pelo deserto, sem ter ainda se fixado em Canaã.

Todo o material requisitado para a construção do Tabernáculo guarda estreita relação com a vida nômade que aquele povo levava. Os israelitas viviam em tendas cobertas de peles de carneiro e cabras, cujos rebanhos os acompanhavam em sua peregrinação. Possuíam ouro, prata e bronze em forma de utensílios, ornamentos, estatuetas e outros objetos, obtidos como parte dos despojos retirados do Egito por ocasião do Êxodo. Outros objetos, tais como tecidos finos, púrpura, linho etc. bem como as especiarias, eram comprados das caravanas que constantemente cruzavam seu caminho, em sua rota para a Palestina.

A marcha dos hebreus através do deserto deve ter sido um espetáculo magnífico. Estima-se que eram em número de seiscentas mil as pessoas que deixaram o Egito, sendo que a maior parte dessa multidão, especialmente os mais idosos, morreram durante a jornada. E por quarenta anos viveram no deserto antes de entrar em Canaã, a terra da promessa, que manava leite e mel.

É preciso ver nessa peregrinação de Israel pelo deserto, suas lutas internas e externas, as dúvidas, os sofrimentos, a obstinação pela manutenção da fé, o castigo imposto por Deus a Moisés, de ser impedido de entrar na terra prometida, apesar de ter cumprido gloriosamente a missão que lhe foi confiada, um profundo ensinamento iniciático. 



Em primeiro lugar a construção de um Tabernáculo foi necessária para que, fosse para onde fosse o povo de Israel, levasse o símbolo da presença de Deus no meio do povo. O Tabernáculo era uma espécie de tenda, construída de uma forma especial. Representava um templo móvel, próprio para um povo errante. E dentro dele a Arca Sagrada, símbolo da aliança do povo de Israel com Deus.

Note-se o simbolismo dos materiais requeridos para a construção da Arca, do Tabernáculo e seus adereços: ouro e prata, metais, que como vimos, na tradição alquímica são metais puros; madeira de acácia, sendo esta, no Oriente, a planta que simboliza a ressurreição. Além desses objetos, havia também pedras preciosas, como a ônix, por exemplo, que segundo a tradição ligada á Gematria, é um poderoso catalizador de energia; e linhos finos, simbolizando a pureza que a casta sacerdotal deve manter.

Nenhuma indicação, seja em relação aos materiais requeridos, ou á construção da Arca e do Tabernáculo e seus acessórios, é gratuita. Tudo tem sua razão de ser; o Propiciatório e os querubins, ambos de ouro; a mesa de madeira de acácia, de dois côvados por um, para suportar a Arca, e as argolas de ouro para facilitar o seu transporte; todos os vasos, pratos e utensílios de serviço nas cerimônias, feitos de ouro, enfim, tudo visava a uma finalidade prática, ou iniciática, pois ali, naquele Tabernáculo, se realizariam as cerimônias que consagravam a união de Deus com seu povo.

A ornamentação interna também deve ser objeto de particular interesse porquanto é composta de tantas minúcias, que dificilmente creditaríamos a um mero exercício de imaginação por parte de Moisés ou os sacerdotes israelitas. Dez cortinas de linho retorcido, com estofo azul de púrpura e carmezim, ornamentadas por querubins, com vinte e oito côvados de largura por quatro de altura, constituíam as paredes do Tabernáculo. Nas orlas, laçadas de estofo azul, presas com colchetes dourados; por cima de tudo isso, uma cobertura de peles de cabra servindo como tenda. E acima dessa coberta mais duas outras coberturas feitas, uma de peles de carneiro tintas de vermelho, e por cima dela outra, feita de peles de animais marinhos.

Tudo isso, naturalmente, tinha que ser sustentado por uma armação de madeira cuidadosamente elaborada. Os planos para essa armação são tão minuciosos que até um carpinteiro moderno teria dificuldade para executá-los. Traves e tábuas de madeira de acácia, todas cuidadosamente aparelhadas, orientadas em relação ao norte e sul com extrema precisão; e todo o sistema de travamento, com encaixes, presilhas, colchetes, bases, argolas, etc. tudo de ouro ou bronze conforme o caso.

E por fim, a montagem do altar. Sobre quatro colunas de madeira de acácia, cobertas de ouro, com colchetes desse metal e bases de prata, Moisés deveria pendurar um véu de estofo azul, púrpura e carmezim, ornamentado com querubins, formando o Propiciatório; e sob esse véu depositar a Arca da Aliança. Fora, em frente ao propiciatório, uma mesa orientada para o norte e sobre ela, candelabros orientados para o sul. Na porta da tenda, um reposteiro para estofados, nas mesmas cores e motivos, ornado por cinco colunas de madeira de acácia, recobertas de ouro, faziam o papel de antecâmara do Propiciatório, que era o altar do Santo dos Santos.

Um modelo do Universo:

Todas as instruções para a construção do Tabernáculo foram passadas a Moisés através de um sonho. Esse era, pelo menos na visão interior de Moisés, o modelo do universo de cima, onde residia o Grande Arquiteto do Universo. Construindo-o dessa maneira, Moisés pensava reproduzi-lo na terra. E nesse simulacro do “céu”, esse holom do universo, ele receberia a visita do Deus de Abraão, Isaac e Jacó, o Inominado, aquele cujo nome era, pelo menos até aquele momento, para ele, apenas um Verbo: “Eu Sou”. Nisso, estava ele perfeitamente de acordo com o preceito hermético, segundo o qual “o que está em cima é igual ao que está em baixo”.

Essa inspiração de Moisés não foi, de certo, gratuita. Afinal Moisés viveu no Egito os primeiros quarenta anos de sua vida, sendo inclusive membro da família real. Isso o credenciava a compartilhar dos segredos atribuídos aos sacerdotes egípcios, de vez que a família real, por força da própria estrutura política do Egito, era iniciada nos sagrados Mistérios.



Hermes, o deus grego que simboliza o conhecimento, era para os egípcios, o deus Thot, protetor das ciências, entre elas a Arquitetura, arte sagrada entre os egípcios. Os gnósticos e hermetistas gregos também identificavam o deus Toth com a figura mitológica de Hermes Trismegistus, uma espécie de deus-sacerdote que teria vivido três encarnações no Egito e legado áquele povo, (e á toda humanidade), a verdadeira sabedoria. Daí a possibilidade de que Moisés tivesse elaborado os planos do Tabernáculo de acordo com antigos ensinamentos por ele adquiridos no Egito não é possibilidade que deva ser descartada. São muitos os conhecimentos arcanos e os motivos esotéricos aplicados na confecção do Tabernáculo a indicar uma influência dessa ordem.

É provável também que essa visão de Moisés tenha inspirado o arquiteto do Templo, que três séculos mais tarde, iria ser construído pelo rei Salomão. Mas sobre isso não há informação que o confirme. O que se pode perceber nessa riqueza de detalhes, como já se disse, é o elevado conteúdo esotérico e por que não dizer, iniciático, desses planos de construção. A orientação em relação aos pontos cardeais, o tamanho exato das armações, as coberturas e a ornamentação, tudo denota uma orientação que não pode ser casuística.

Essa é razão do apreço com que os maçons operativos cultuavam as lendas relativas á construção do Templo de Salomão, que segundo suas crenças, eram baseadas nas instruções dadas a Moisés para a construção do Tebernáculo. Dessa forma, todos os adereços, os planos geométricos, a forma e todos os demais detalhes estavam ligados a um conhecimento esotérico que deveria ser veiculado através desses símbolos. Assim, tanto o Tabernáculo quanto o Templo de Salomão seriam verdadeiras enciclopédias de saber arcano, que dessa forma eram conservados e transmitidos aos iniciados. Foi essa tradição que os maçons operativos medievais conservaram e retransmitiram através da sua Arte.

MESTRES DO UNIVERSO

O Canto do Mestre ou a História da Arte de Construir:



Parte I

ADÃO, o primeiro do Gênero humano,


Criado com a GEOMETRIA
Gravada em seu Espírito Real,
Instruiu logo sua Progenitura
CAIM e SETH, que então aperfeiçoaram
A ciência liberal na Arte
Da ARQUITETURA, que eles amavam,
E que comunicaram a seus Descendentes.



II

CAIM construiu primeiro uma Cidade bela e poderosa,
Que chamou Consagrada,
Do Nome de ENOCH, seu Filho mais velho,
E toda sua Raça o imitou:
Mas o piedoso ENOCH, saído dos Flancos de Seth,
Construiu duas Colunas com grande Habilidade:
E reuniu toda sua Família
Para construir verdadeiras Colunatas.


III

Nosso Pai NOÉ surgiu em seguida,
Um Pedreiro também divinamente instruído;
E sob Ordens divinas construiu
A ARCA, que tinha uma enorme Carga:
Ela foi construída segundo a verdadeira Geometria,
E foi uma bela Peça de Arquitetura;
Noé ajudado por seu filhos, em número de TRÊS,
Concorreram juntos para o grande Projeto.


IV

Assim do Dilúvio universal ninguém
Foi salvo, menos os Pedreiros e suas Esposas;
E toda Humanidade só deles sendo
Descendentes, fez prosperar a Arquitetura;
Pois eles, capazes de se multiplicarem rapidamente,
Aptos a se dispersar e povoar a Terra,
No largo e soberbo Planalto de SHINAR,
À ARTE DE CONSTRUIR deram um segundo Nascimento.


V

Pois a maioria da Humanidade foi empregada,
Em construir a Cidade e a Torre;
A Loja Geral ficou arrebatada de alegria,
Com tais Efeitos do Poder dos pedreiros;
Até que sua orgulhosa Ambição provocou
Seu Criador a confundir a Conjura;
Contudo se bem que em Línguas confusas falaram,
Não esqueceram jamais a sábia Arte.

CORO

Quem pode revelar a Arte Real?
Ou cantar seus Segredos em um Canto?
Eles estão bem guardados no CORAÇÃO do Pedreiro,
E pertencem à antiga Loja.

(Faz-se aqui uma pausa para beber à Saúde do atual GRÃO-MESTRE)

Parte II


I

ENTÃO deixando BABEL se dispersaram
Em Colônias para Regiões longínquas,
Todos verdadeiros Maçons, que podiam contar
Suas Obras para aqueles dos Tempos posteriores;
O Rei NEMROD fortificou seu Reino,
Com Castelos, Torres, e belas Cidades:
MISRAIM, que governava o Egito,
Ali construiu prodigiosas Pirâmides.


II

JAFET, e sua Raça valente,
Não deixaram a Arte de Construir por menos;
Nem SEM, e aqueles que o sucederam
Às Bênçãos prometidas por Herança;
Pois o Pai ABRAÃO trouxe de UR
A Geometria, a boa Ciência;
Que revelou, sem demora,
A todos os descendentes de seu Sangue.


III

Mesmo a Raça de JACOB com o tempo foi ensinada,
A deixar de lado o Bordão do Pastor,
E a usar a Geometria foi conduzida,
Enquanto esteve sob o Jugo cruel dos Faraós;
Até que nasceu MOISÉS o Mestre Pedreiro,
E levou a SANTA LOJA de lá,
E preparou os Pedreiros, aos quais quis
Dar sua Ciência notável.


IV

AHOLIAB e BETZALEEL,
Homens inspirados, construíram a TENDA;
Onde o Schekinah decidiu habitar,
E a Habilidade Geométrica surgiu:
Pois quando os valentes Pedreiros ocuparam
Canaã, os sábios FENÍCIOS aprenderam
Que as Tribos de Israel eram mais hábeis
Em Arquitetura sólida e verdadeira.


V

Pois o Templo de DAGON na cidade de Gaza,
Artisticamente apoiado em duas COLUNAS;
Pelos Braços potentes de SANSÃO foi derrubado
Sobre os Senhores Filisteus, que massacrou;
Se bem que fosse o mais belo Edifício construído
Pelos filhos de Canaã, não se podia comparar
Ao Templo do louvado Criador,
Por sua Força gloriosa e sua Estrutura bela.


VI

Mas aqui paramos um instante para brindar
À Saúde de nosso MESTRE e dos nossos Vigilantes;
E prevenir-vos todos a evitar a costa
Onde Naufragaram a Fama e a Fé de Sansão
Tendo um dia revelado seus Segredos à sua ESPOSA,
Sua Força se foi, sua Coragem enfraqueceu,
Aos seus cruéis Inimigos foi exposto,
E nunca mais recebeu o nome de Pedreiro.

CORO

Quem pode revelar a Arte Real?
Ou cantar seus Segredos em um Canto?
Eles estão bem guardados no CORAÇÃO do Pedreiro,
E pertencem à antiga Loja.

(Faz-se aqui uma pausa para beber à Saúde do Mestre e dos Vigilantes dessa Loja Particular)


Parte III


I

Nós cantamos dos MAÇONS a Fama antiga,
Quando oitenta Mil Obreiros estavam
Sob MESTRES de Nomeada,
Três mil e Seiscentos de valor,
Foram empregados por SALOMÃO o Sire,
E MESTRE PEDREIRO Geral também;
Quando HIRAM estava em Tiro a majestosa,
Como Jerusalém construída por verdadeiros Pedreiros.


II

A Arte Real era então divina,
Os Obreiros aconselhados do alto,
O Templo eclipsou todas as Obras,
O Mundo maravilhado tudo aprovou;
Homens engenhosos, de todos Lugares,
Vieram inspecionar o glorioso Monumento
E, de volta a casa, começaram a copiar
E a imitar seu elevado Estilo.


III

Por fim os GREGOS vieram a conhecer
A Geometria, e aprenderam a Arte,
A qual o grande PITÁGORAS demonstrou,
E que o glorioso EUCLIDES lhes comunicou;
O espantoso ARQUIMEDES também,
E muitos outros Sábios de valor;
Até quando os antigos ROMANOS examinaram
A Arte, e compreenderam a Ciência.


IV

Mas quando venceram a altaneira ÁSIA,
E a GRÉCIA e o EGITO subjugados,
Em Arquitetura exceram,
E Trouxeram toda a ciência para ROMA;
Onde o sábio VITRÚVIO, o primeiro Mestre
Dos Arquitetos, aperfeiçoou a Arte,
Nos Tempos pacíficos do Grande AUGUSTO,
Quando as Artes e os Artistas eram queridos.


V

Do Este trouxeram o Saber:
E como submeteram as Nações,
A espalharem de Norte a Oeste,
E ensinaram ao Mundo a Arte de construir,
Testemunhando pelas Cidadelas e suas Torres,
Para tornar mais fortes suas belas Legiões,
Seus Templos, Palácios, e Moradias,
Que falam os Pedreiros o GRANDE PROJETO.


VI

Assim os poderosos Reis do Oriente, e alguns
Descendentes de Abrão, como os bons Monarcas,
Do Egito, da Síria, da Grécia, e de Roma,
Compreenderam a verdadeira Arquitetura:
Nada de espantar se os Pedreiros se reúnem,
Para celebrar esses Reis-Pedreiros,
Com uma Nota solene e um correr de Vinho,
Enquanto os Irmãos cantam juntos.

CORO

Quem pode revelar a Arte Real?
Ou cantar seus Segredos em um Canto?
Eles estão bem guardados no CORAÇÃO do Pedreiro,
E pertencem à antiga Loja.

(Faz-se aqui uma pausa para beber à Memória dos Imperadores,Reis, Príncipes, Nobres, Burgueses, Eclesiásticos Sábios eruditos, que sempre propagaram a Arte)

24 de agosto de 2012

UMA VISÃO DIFERENTE DO UNIVERSO:


Apesar de todo o desenvolvimento da ciência e do surgimento da física quântica, o homem ainda explica o universo a partir da teoria de Newton, formulada no século 17. Porque ele está condicionado a viver neste mundo que nós conhecemos.

O homem comum não tem condições de ver a realidade através do prisma da teoria quântica, porque esse conhecimento é extremamente especifico e a linguagem da fisica quântica é a matemática avançada. De qualquer maneira, tudo o que chamamos de alta tecnologia: o telefone, a televisão, as lâmpadas fluorescentes, o laser, tudo isto está fundamentado na fisica quântica.

Do ponto de vista da fisica quântica, a mente prevalece sobre a matéria e não ao contrário, como a ciência está, até certo ponto, acostumada a colocar. Então, se a pessoa começa a ter uma compreensão da realidade fundamentada na física quântica, lógico que a mente tem de prevalecer sobre a matéria, e daí ela vai começar a dominar todo o processo de criação.

Na verdade, nós já vivemos antes num mundo parecido com o da física quântica.

Nossa primeira infância, por exemplo, era praticamente fundamentada nela.

Não tínhamos nenhum condicionamento deste mundo em que nós vivemos, tudo parecia possível. E se continuássemos a acreditar nisso… Tudo seria mesmo possível…

Imagine, por exemplo, uma pessoa que consegue fazer milagres, como Cristo ou um Santo qualquer fazia. O que é o milagre?

É tornar possivel uma coisa que normalmente achamos que é impossível.

Na verdade, a mecânica quântica é o reino de todas as possibilidades. O problema é que, na hora em que vamos “aprendendo” a viver neste mundo, vamos nos condicionando; perdemos, por exemplo, as nossas crenças, a fé naquilo que achávamos que podia ser possivel.

Se levarmos ao pé da letra o nosso entendimento da vida segundo a física quântica, vamos ter a seguinte condição: o mundo é da forma que nós acreditamos que ele seja; nós construimos o nosso meio. Por exemplo: um átomo não é um núcleo central e um electrão girando em torno dele. Esse modelo está totalmente superado. E mais: ele viola as leis do electromagnetismo. O electrão tem de estar distribuído uniformemente em volta do átomo; ao mesmo tempo, ele é um corpúsculo, uma partícula. A lógica humana não consegue conceber isso, pois é algo que está fora deste universo newtoniano que conhecemos.

Curiosamente, há milhares de anos os místicos já conheciam ao menos parte desse universo quântico… De fato, há quatro mil anos, Buda dizia que a mente prevalece sobre tudo; ela domina e cria tudo. Hoje a mecânica quântica está chegando nesse ponto. Os fisícos acreditam que, na hora em que se mede uma partícula, criamo-la; antes disso, ela tinha uma dualidade, era uma particula/onda, uma coisa completamente estranha ao que conhecemos. Ou seja, somente quando interferimos com a nossa mente, fazendo uma medição, aquilo que era uma onda colapsa e forma uma partícula de matéria.

Vamos dizer que, no nosso universo, existe uma substância universal chamada substância quântica. Essa substância quântica é um mar de todas as possibilidades; aí tudo é possível. A primeira coisa que se tem de fazer quando deseja algo é filtrá-lo desse quadro de todas as possibilidades. Depois que se filtrou, isso ainda não é a coisa que se quer. Então, é necessário observar. No acto da observação esse algo mal definido colapsa, transforma-se naquilo que você quer, por exemplo, um electrão, um protão. É mais ou menos assim que a coisa funciona. Depende da vontade consciente do observador…

Se transportamos para o macrocosmo essa questão da vontade em relação aos átomos, podemos dizer que temos a capacidade de modificar a realidade…

Hoje a ciência já sabe que existe uma realidade maior que dá sustentabilidade a essa realidade newtoniana em que nós vivemos. Ou seja, os fenómenos quânticos é que vão dar origem a tudo o que existe. Só que eles têm tamanha complexidade que não podem ser compreendidos pelo intelecto humano; eles o transcendem. O cérebro foi criado para compreender o tridimensional, aquilo que nós vivemos no corpo físico.

Para a física quântica, por exemplo, não existe mais um universo objectivo, quer dizer, eu aqui e a minha experiência lá; tudo é subjectivo, porque eu sou parte da experiência.

Considerando isso, talvez a ciência devesse levar mais em conta as emoções humano, por exemplo.


Porque as pessoas não utilizam isso?

Porque é uma coisa complicada de ser colocada. Há cientistas que preferem não ter resposta nenhuma do que admitir que existem outros elementos para serem colocados dentro da ciência. De qualquer maneira, nós acreditamos que estamos numa época de transição e vamos ter de colocar o homem dentro da ciência. Se a energia psíquica cria as experiências, a natureza, a matéria, se não colocarmos os elementos da mente humana na física, ficará extremamente complicado entender o que está acontecendo.

Os átomos fluem, continuamente, de um corpo sólido a outro, incluindo-se aí o corpo humano o que acaba nos tornando parte de um grande todo. Isso explicaria porque somos contaminados, por exemplo, pela violência ou pelo amor a nossa volta.

O fisíco já sabe que o corpo humano troca todos os átomos a cada 2,5 anos. Como nós lembramos de coisas do nosso passado, deve existir alguma coisa além da energia e dos átomos que formam o nosso corpo físico: a mente. Não há como refutar a existência da mente. O que deve, portanto, transmitir as lembranças e os sentimentos talvez não seja a matéria (onde se acham os átomos), mas a mente. Por outro lado, saindo um pouquinho da física e indo mais para a psicologia, Jung dizia que todo conhecimento está colocado em arquétipos.

Quando se acede a esses arquétipos, é como se se entrasse em uma biblioteca, abrisse um livro, tomasse consciência dos conhecimentos ali arquivados e, quando se saísse dali, o deixasse aberto sobre uma mesa.

Qualquer pessoa que entrasse ali leria o livro que você leu. Segundo a teoria junguiana, esses programas de televisão que dizem ser contra a violência, mas mostram violência o tempo todo, na verdade estão abrindo esse arquétipo, ou seja, criando mais violência.

Se todo o nosso organismo é atomicamente recriado a cada 2,5 anos, nós não deveríamos ser pessoas sempre saudáveis? Estamos a reconstruir o nosso corpo físico a cada instante. Mas como é essa reconstrução?


Se partir da premissa de que tudo é da forma que acreditamos que seja, cada um tem o seu próprio mundo, dotado de elementos diferentes. Tudo o que acontece na nossa vida é aquilo que nós acreditamos que é inevitável, aquilo que temos certeza que vai contecer. Se eu sei, por exemplo, que vou envelhecer e morrer, e não tenho o mínimo conflito sobre isso, isso é inevitável para mim.

Em outras palavras, se um dia conseguirmos acreditar piamente que a morte física não existe, nós vamos conseguir ser eternos…

Não diria que seriamos eternos, porque parece que as células do corpo físico têm um tempo de vida limitado. Essa firmação, no entanto, pode ser também mais um dos nossos condicionamentos. De qualquer maneira, poderemos ter um corpo saudável por um longo tempo. Se tivermos plena convicção de que posso transformar um PC numa rosa, isso deve acontecer. Parece que a nossa mente só cria aquilo que nós realmente acreditamos, e não aquilo que fingimos crer. Se estamos com um problema no estômago, por exemplo, é porque acreditamos que temos esse problema. E como dizem: mente sã, corpo são…

Se aceitarmos que a mente cria e domina a matéria, a nossa responsabilidade diante do mundo vai aumentar milhões de vezes…O homem cria o meio ambiente.

Então, somos cúmplices de todos esses factos que estão acontecendo à nossa volta. Só que provar isso cientificamente é complicado, uma vez que a influência do homem no meio ambiente ainda não é muito bem compreendida pela ciência.

Devemos lembrar, no entanto, que a ciência trabalha com verdades relativas, e as verdades relativas não são permanentes. O que vale hoje pode não valer amanhã. A ciência evolui; através da pesquisa, ela muda os seus conceitos.

David Cross, um dos físicos que criaram a teoria das supercordas (strings), acredita que para entender o universo só precisamos de uma única lei universal. Na verdade, a teoria das supercordas não está comprovada experimentalmente, é uma teoria. Mas, segundo Cross, tudo o que existe são vibrações, que vêem de uma única fonte. Então, tudo pode ser regido por uma só lei. Nessa teoria o universo é uma imensa orquestra, só estaria faltando para a ciência descobrir o maestro regente. Que, se fôssemos levar para o lado religioso, seria Deus. Mas, em nossas pesquisas, estamos muito longe de chegar a Deus. Por enquanto, nós estamos querendo chegar só um pouquinho além da matéria.

Como é que a física quântica explica o caso de cura espontânea?

Se se fizer essa pergunta a um físico, ele vai dizer que não tem explicação para isso. Mas nós achamos que, se a mente prevalece sobre a matéria, se a sua mente acreditar na possibilidade de ser curado e não tiver conflito, você vai conseguir se curar.

Agora, muitas pessoas vão dizer: “Não, física quântica é muito interessante, mas ela só funciona para o mundo microscópico e, na nossa realidade macroscópica, predominam as leis de Newton.” Para nós isso é a mesma coisa que dizer que um prédio é feito de tijolos, mas as propriedades do prédio não têm nada a ver com as dos tijolos. Existe essa realidade quântica por trás desse mundo em que vivemos, não há a menor dúvida.

Dizer que a física quântica não tem influência no nosso mundo macroscópico é uma afirmação um pouco indevida. O problema é que a ciência é cheia de dogmas. E ela não responde o porquê das coisas. Ela só tem respostas para o comportamento da nossa realidade; nós não sabemos, por exemplo, o que é um átomo, um electrão.

Nós sabemos que eles se comportam como onda e partícula, mas o que são nós não sabemos. A ciência trabalha com conceitos e conceitos que são consensuais, portanto aceites por um grande número de pessoas.

Às vezes dizem-se certas coisas que não têm comprovação experimental, e os cientistas chamam de especulação. Mas nada é mais especulativo do que a ciência em si, porque ela trabalha com verdades relativas, temporárias e isso não diminui em nada a sua importância para a humanidade.

De acordo com os conhecimentos que temos hoje, a sobrevivência do espiríto pode ser uma realidade. Evidentemente, a física quântica não consegue comprovar isso. Mas existe um outro tipo de argumento que se deve colocar aí. Se não existe nada além da morte, para que vamos ser bons? Para que querer entender a natureza? Para que o conhecimento? Fica tudo sem sentido.

Aliás, nós já sabemos que a mente existe e não morre; se ela não sobreviver, fica tudo sem sentido.

Quanto à reencarnação, achamos que essa é uma das teorias mais prováveis em relação ao que acontece depois da morte. Pelo menos é a mais cientifica. Seria até injusto não ter reencarnação. Por exemplo, imagine uma pessoa para quem matar, estuprar e roubar é normal.

Ela faz tudo isso porque o seu meio proporciona isso. Então ela morre, é julgada e vai para o inferno. E eu, que vivi em outro meio, recebendo uma educação moral, vou para o céu. Eu creio que, se não tivesse uma reencarnação, estaria se cometendo uma injustiça com o bandido, pois ele não teve culpa de ter nascido naquele meio. De qualquer maneira, mais uma vez devemos lembrar que, se sobra a mente, a reencarnação é viável.

Podemos traçar um paralelo entre a substância quântica de onde tudo parece ser originar e a idéia que geralmente fazemos de Deus, um ser onipresente, onisciente e onipotente. Deus para o físico é muito mais essa substância quântica que tem todas essas propriedades e características atribuidas pela religião do que um senhor sentado lá em cima e dirigindo o universo. Na verdade, essas perguntas nos levam a um ponto que não podemos alcançar ainda.

Se conseguirmos chegar à mente e mostrar que ela cria e domina a matéria, ao que a mecânica quântica já chegou parcialmente, já vai ser um avanço enorme. Curiosamente, religiões como o hinduísmo e o budismo chegaram antes da ciência a determinadas “verdades”. Essas religiões já tinham esse conhecimento, mas sem os detalhes.


Elas simplesmente sabiam que era assim. Como nós dissemos anteriormente, Buda já dizia que a mente domina e cria tudo; mas, até onde se sabe, ele não ensinava nenhum detalhe sobre isso.

Mas Buda foi buscar essa informação numa determinada fonte. De que maneira ele teve acesso a isso? Como, há cinco mil anos, o hinduísmo já falava em arquivo akáshico e de mundos paralelos, dos quais hoje a física quântica começa a falar?

Existe uma teoria que mostra como isso é possível: os conhecimentos eram obtidos por “revelação”, eles eram revelados aos iniciados. Só tem acesso a um conhecimento quando se tem uma certa ética, um certo grau de evolução. Não porque exista uma discriminação, mas porque só se recebe isso através de uma frequência fina. A mente só consegue acessar certos conhecimentos através de um fenômeno chamado ressonância.

Imagine o rádio; só se pode sintonizar uma estação, se colocar o aparelho na freqüência daquela estação. Da mesma maneira, só se consegue chegar numa determinada frequência onde esses conhecimentos estão se adquirir um grau de subtileza tal que se é capaz de entrar em harmonia com esse conhecimento. E isso independe da cultura que você tem. Por isso algumas pessoas não têm cultura e têm sabedoria.

Quando se fala em entrar em ressonância com o conhecimento, isso não quer dizer que ele já existe num nível superior ao humano. O conhecimento está todo ai; ele é acessivel. O que nós fazemos é simplesmente aceitá-lo e dar-lhe forma matemática compatível com a realidade em que vivemos. Existem pessoas que dizem que o conhecimento de Deus está na Bíblia. Eu acho que o conhecimento de Deus está em tudo.

Na folha de uma árvore, está escrita a história do universo inteiro…

20 de agosto de 2012

UMA ALIANÇA DOS SERES CONSCIENTES DA TERRA:



Esta Aliança abriria todas as portas. A chave para destrancá-las foi moldada por muitas pessoas e livros que foram escritos como resultado de muita busca, sacrifícios e sofrimentos. Mas o simples ato de abrir um pouco estas portas revela um fascinante conhecimento novo sobre nossa civilização dentro dos TEMPOS — e uma nova visão de nosso futuro potencial.

Para mim, a busca desta porta tem sido uma jornada de vida inteira. Bem no começo de minha existência, percebi que o que pessoas de diferentes culturas consideravam como determinado. Ou seja, elas acreditam e aceitam uma configuração pré-determinada sem questionar, sem analisar e ficam sem perceber que as coisas mudam continuamente.

Criam PADRÕES COMPORTAMENTAIS através de suas crenças que geralmente estão baseadas na fé em determinadas divindades que eles próprios JAMAIS conheceram. Apenas “acreditam existir” e também acreditam e aceitam como sendo VERDADE ABSOLUTA os PADRÕES que, na verdade, não passam de suposições religiosas e dogmáticas prescrita por certas pessoas no passado e que ao longo do tempo passaram a ser aceitas pela comunidade e até mesmo por uma grande e significativa maioria da população.

No meu caso, desde criança, não somente tenho tido contatos, como também já fui levado, astralmente, para fora da Terra em naves espaciais comunmente chamdas de “Discos Voadores”. Toda a minha infância foi preenchida com essas viagens que ocorriam quase que diariamente. Tudo o que, para muitos parecia uma fantasia, para mim era a mais natural verdade. Por outro lado, sempre achei que as pessoas consideradas normais é que vivem uma fantasia, pois não conhecem nada além do seu limitado contexto objetivo, racional e fracionário. No meu caso, cada vez mais eu conhecia tudo e via nesse tudo, todas as interligações e conexões como linhas de luz.

Também muito cedo desenvolvi apaixonado interesse pela condição humana. Desde a tenra idade passei a analisar e a questionar os objetivos dos comportamentos das pessoas.

Assim, passei a fazer a mim mesmo inúmeras perguntas, as quais para mim não são, e nunca foram abstratas: Por que caçamos e perseguimos uns aos outros? Por que nosso mundo está tão cheio da infame desumanidade do homem para com o homem - e para com a mulher e até mesmo para com as crianças? 

Como os seres humanos, que se dizem ser “superiores” podem ser tão bestiais com seres de sua própria espécie? O que é que nos impulsiona tão cronicamente em direção à crueldade ao invés da bondade e do amor incondicional, em direção à guerra ao invés da paz, em direção à destruição ao invés da realização?

De todas as formas de vida neste planeta, apenas nós podemos plantar e semear os campos, compor música e poesia, buscar a verdade e a justiça, ensinar uma criança a ler e escrever – ou mesmo a rir e chorar. Em razão de nossa habilidade incomparável para imaginar novas realidades e concretizá-las através de tecnologias ainda mais avançadas, somos literalmente parceiros em nossa própria evolução. No entanto, esta mesma espécie maravilhosa parece dedicar-se a dar um fim não só a nossa evolução, mas à grande maioria da vida no globo, ameaçando nosso planeta com a catástrofe ecológica ou a aniquilação nuclear.

Afinal, que espécie de criação divina é essa? Que Deus é esse que criou um ser tão antagônico? Será que ele se enganou na “mistura das massas?”
Com o passar do tempo, enquanto prosseguia em meus estudos e tarefas familiares, cada vez mais voltava minha pesquisa e estudos para o futuro. Mas muitas e muitas vezes acabava encontrando as respostas melhores dentro de mim mesmo.

Minhas preocupações expandiam-se e aprofundavam-se. À semelhança de muita gente, convenci-me de que estamos nos aproximando rapidamente de uma encruzilhada na evolução — e que nunca antes o caminho por nós escolhido foi tão critico. Mas que direção devemos tomar? Como podemos escolher o melhor caminho? O que acontecerá ao ser humano, ao planeta, à natureza e à própria vida como a conhecemos?

Por um lado o mundo se torna magnífico, com tecnologias que facilitam a nossa vida, a nossa comunicação e a nossa locomoção. Mas, ao mesmo tempo que isso acontece, também inventam formas fantásticas de assassinato em massa, criam métodos para dominar e controlar psiquicamente, comercialmente e politicamente civilizações inteiras. O ódio se espalha como erva daninha na sua horta do quintal. 

Socialistas e comunistas asseguram que a raiz de nossos problemas é o capitalismo; capitalistas insistem em que o socialismo e o comunismo estão nos levando à ruína. Alguns argumentam que nossos problemas se devem a nosso "paradigma industrial", que nossa "visão científica" do mundo é a culpada. Outros ainda culpam o humanismo, o feminismo e até o secularismo, insistindo em uma volta aos "bons tempos" de uma época mais religiosa, mais simples e modesta. 

Os religiosos dizem que o culpado é o diabo e satanás que fica instigando o homem ao mal. Mas eles próprios ficam atacando a eles mesmos. Evangélicos atacam os espiritualistas e esotéricos, os católicos atacam os protestantes e os protestantes atacam os católicos. Os judeus atacam os muçulmanos e vice-versa. Ninguém se entende. A “Torre de Babel” está realmente instalada na Terra, principalmente dentro das pessoas e organizações que se dizem salvadoras do mundo. 


Que mixórdia confusa é essa? – Perguntava eu para mim mesmo. Será que ninguém está percebendo que esse “balaio de gato filosófico” está nos levando ao abismo e que isso irá destruir a todos? Que ignorância tão grande é essa, instalada no coração desse povo que não conseguem de forma alguma respeitar a vida. 

Será mesmo que o ser humano é um ser racional? Que racionalidade infernal é essa?

Se ser racional é isso que tenho visto, prefiro ser como os animais que vivenciam o amor incondicional e em harmonia com a natureza, do que ser inteligente e se tornar um monstro horrível, capaz das piores atrocidades contra até mesmo as pessoas que eles dizem amar. Lembro-me aqui de uma frase de Raul Seixas que disse: “Consideram-me um louco porque falo de amor. Prefiro ser um louco beleza, do que normal construindo bombas!. E essa é uma fantástica verdade.

Assistir uma TV nos dias de hoje ou mesmo ler um jornal se transformou em um ritual macabro, onde desfilam diante dos nossos olhos as piores e mais chocantes cenas de ódio, desrespeito, luxúria e sofrimento do ser humano.

Ali vemos os nossos políticos, aquelas pessoas que o povo confia para dirigir a nação, passarem a fazer exatamente o oposto do que deveriam estar fazendo quando lá foram colocadas. Veremos como as nações capitalistas, socialistas e comunistas tirânicas estão enredadas na corrida armamentista e em todas as outras irracionalidades que ameaçam a nós e a nosso meio ambiente. E se olharmos para nosso passado — para os massacres rotineiros realizados por hunos, romanos, celtas e assírios ou os morticínios cruéis das cruzadas cristãs e da Inquisição —, veremos que existia ainda mais violência e injustiça nas sociedades mais simples, pré-científicas e pré-industriais que nos precederam.

Todos dizem amar um Deus, mas esse Deus é um Deus bárbaro, cruel, vingativo. Um Deus que manda matar, queimar em fogueiras, assassinar crianças e trucidar animais. Se é esse Deus que criou o Universo, deve estar havendo algum engano terrível.

Uma pergunta grita em meu coração: O QUE FAZER?

Não é isso o que eu quero! Não é essa vida que pretendo levar! Para onde devo ir para ficar longe disso tudo? O que devo fazer para poder viver em paz?

Muito tem sido escrito a respeito de uma Nova Era, uma transformação cultural global sem precedentes. Mas em termos práticos, o que isso significa? Uma transformação de que em quê? Em termos de nossas vidas diárias e nossa evolução cultural, precisamente o que seria diferente, ou mesmo possível, no futuro? A mudança de um sistema que leva a guerras crônicas, injustiça social e desequilíbrio ecológico para um sistema de paz, justiça social e equilíbrio ecológico é uma possibilidade realista? E, o que é mais importante, que mudanças na estrutura social tomariam possível tal transformação?

A busca de respostas a estas questões me levou a pesquisar desde nosso passado, antes da história conhecida pela ciência até o nosso presente. Levou-me a conhecer, por meios extrafísicos, os processos da criação de antes mesmo da criação deste nosso Universo. Levou-me a mergulhar psiquicamente e espiritualmente em Universos Paralelos, tanto fora como também dentro de mim mesmo.

Presenciar e assimilar sistemas, mecanismos e processos sobre as interações da vida e suas manifestações por incontáveis maneiras e formas que, até mesmo, o mais criativo dos seres humanos, jamais poderia sequer sonhar usando apenas as condições cerebrais normais. Reunindo as peças esparsas da religião, arte, arqueologia, ciências sociais, história e muitos outros campos de estudo pude chegar a conclusões parciais, porém extremamente mais avançadas do que até agora a ciência convencional conseguiu chegar. Com isso, pude criar novos modelos que se adequam melhor à realização do sonho humano.

Sim! Sonho humano! Isto porque, apesar de todos nós, seres humanos, possuirmos dentro de nós um grande sonho de paz, de alegria, de fraternidade, todas as vezes que nos parece alguém tentando tomar a frente para nos conduzir a essa tão esperada transformação para melhor, imediatamente e inconscientemente taxamos de “utopia” esse projeto, ao invés de cerrarmos fileiras, dando-nos as mãos e colaborando para que isso aconteça.

Parece que dentro das pessoas existe um freio poderoso que proíbe, que impede e bloqueia a possibilidade de sermos felizes. É como uma culpa interior, uma falta de auto-perdão. As pessoas se sentem indignas de serem felizes. Carregam dentro de si um estigma de dor e sofrimento que jamais termina. Estão tão bloqueadas para a VERDADEIRA VIDA, que vivem morrendo todos os dias, sonhando com a felicidade que elas próprias rejeitam. Lamentam-se pelo sofrimento, mas no fundo não se sentem “preparadas” para serem felizes e em paz.

A própria Bíblia, um livro considerado “santo” ou “sagrado” se tornou a “cruz” e a “espada”, ou seja, é a benção e maldição da humanidade. Assim como os outros livros como o próprio Alcorão do Islã e assim em diante. Será que estamos todos “encantados” com as lendas históricas do passado a tal ponto que não conseguimos mais discernir o real do falso, a verdade da mentira? 

A história nos fala sobre uma era primitiva, mas harmoniosa e pacífica. A Bíblia também fala de um jardim onde o homem e a mulher viviam em harmonia consigo mesmos e com a natureza — antes de um deus masculino decretar que dali em diante a mulher seria subserviente ao homem. O Tao Te Ching chinês, com mais de cinco mil anos, descreve uma época em que o yin, ou princípio feminino, ainda não era governado pelo princípio masculino, ou yang, uma época em que a sabedoria materna ainda era honrada e respeitada acima de tudo. 

O antigo poeta grego Hesíodo escreveu a respeito de uma "raça dourada", a qual cultivava o solo com "paz e tranqüilidade" antes de uma "raça menor" introduzir seu deus da guerra.

Mas embora os estudiosos concordem que em muitos aspectos estes trabalhos se baseiam em acontecimentos pré-históricos, referências a um tempo em que mulheres e homens viviam em paz são tradicionalmente consideradas como nada além de fantasia. Mais uma vez a nossa falida civilização do ódio sequer consegue visualizar a possibilidade de que a Paz exista e que seja possível isso existir.

Nos primórdios da arqueologia, as escavações de Heinrich e Sophia Schliemann ajudaram a estabelecer a realidade da Tróia de Homero. Hoje novas escavações arqueológicas, juntamente com reinterpretações de antigas escavações usando métodos mais científicos, revelam que histórias tais como nossa expulsão do jardim do Éden também se originam de realidades mais antigas: de recordações populares das civilizações agrárias (ou neolíticas) primitivas, as quais plantaram os primeiros jardins nesta terra. 



Da mesma maneira (como já sugeriu o arqueólogo grego Spyridon Marinatos quase cinqüenta anos atrás), a “lenda” de como a gloriosa civilização de Atlântida desapareceu no mar também pode ser uma recordação truncada da civilização minóica — que hoje se acredita ter afundado no mar quando Creta e as ilhas dos arredores foram atingidas profundamente por terremotos e ondas gigantescas.

Assim como a descoberta de que a Terra não era plana na época de Colombo possibilitou encontrar um novo mundo surpreendente que ali estivera durante todo aquele tempo, estas descobertas arqueológicas — oriundas do que o arqueólogo britânico James Mellaart denomina uma verdadeira revolução arqueológica — revelam o mundo surpreendente de nosso passado oculto. Se essa idéia da Terra redonda não tivesse vencido os obstáculos conceituais da época, possivelmente não tivemos caminhado em direção a essa revolução arqueológica e geográfica ocorrida logo após.

Elas mostram um longo período de paz e prosperidade enquanto prosseguia nossa evolução social, tecnológica e cultural: muitos milhares de anos em que todas as tecnologias básicas sobre as quais a civilização foi construída se desenvolveram em sociedades que não eram dominadas pelo homem, nem violentas ou hierárquicas.

Tudo isso nos prova que para evoluirmos pacificamente, primeiro precisamos aceitar a idéia nova, pois do contrário, essa mesma idéia, virá a se tornar real através de outros meios mais dolorosos, mas que temos de aceitar e se abrir para ela mais cedo ou mais tarde. Não importa o meio, a evolução sempre irá se processar como água que corre em um terreno acidentado. Quando ela encontra um obstáculo que a impeça de continuar, ela não faz nenhum esforço para vencer esse obstáculo, simplesmente ela se acumula e o ultrapassa, continuando seu curso. Todo obstáculo é obstáculo apenas por certo tempo, depois deixa de ser, simplesmente.

Um dos resultados do reexame da sociedade humana a partir de uma perspectiva holística tem sido a nova teoria da evolução cultural. Esta teoria, a qual denominei “Teoria da Transformação Cultural”, propõe que, subjacente à grande diversidade superficial da cultura humana, há dois modelos básicos de sociedade.

O primeiro, que eu denominaria modelo dominador, é popularmente chamado patriarcado ou matriarcado – a supremacia de uma metade da humanidade sobre a outra. O segundo, no qual as relações sociais se baseiam primordialmente no princípio de união em vez da supremacia, pode ser melhor descrito como modelo de parceria. Neste modelo – a começar pela mais fundamental diferença em nossas espécies, entre macho e fêmea — a diversidade não é equiparada à inferioridade ou à superioridade.

Como escreveu a arqueóloga da Universidade da Califórnia, Marija Gimbutas, estas pessoas cultuavam "o poder letal da espada" – o poder de tirar, em vez de dar a vida, o poder definitivo para estabelecer e impor a dominação. Hoje nos encontramos em outro ponto de bifurcação potencialmente decisivo. Numa época em que o poder letal da espada — amplificado um bilhão de vezes pelos megatons das ogivas nucleares — ameaça pôr um fim a toda a cultura humana.

É imensamente interessante notar que sempre caminhamos sobre “o fio da espada”, de um lado o progresso, o conforto e a prosperidade e do outro a guerra e a destruição, as os dois nos levam ao mesmo lugar. Cabe a cada um de nós apenas sabermos escolher qual o caminho que desejamos seguir, o da dor ou do amor.

Agora nos encontramos no linear de Grande Transformação, pois a sociedade, como um todo, corre sério risco de desaparecer por completo em menos de 10 anos.

É hora de decidirmos se queremos continuar sendo um povo belicoso (fio da Espada) ou se optamos pela Cruz, não a cruz do cristianismo, mas a nossa própria Cristificação, pela escolha do certo, pela escolha de vivermos em paz. É hora de Criarmos uma grande ALIANÇA DOS SERES CONSCIENTES DA TERRA.

A UTOPIA PODE SER REAL e mais ainda, melhor, muito melhor do que a descrita no livro de Thomas Morus.

De qualquer forma, não há mais outra saída, pois o joio a começa a ser separado do trigo e uma civilização como essa já está formatada, mas primeiro o Joio deverá ser separado. Cada um deve escolher imediatamente a que Deus deve servir, o do joio ou o do trigo. 



O TEMPO ACABOU!
OU APRENDEMOS A AMAR OU NOS DESTRUIREMOS!