- Não
o esqueci, na verdade quase não o uso!
- Por que motivo tem medo que lhe subtraiam o
anel
- Não...
- Explique-me,
por favor,
- Acompanhe-me
por gentileza.
Os dois dirigiram-se para uma
escada a qual serpenteava a torre central do templo e por onde se adentrava as
câmaras ritualísticas de iniciação e assim por diante, ao chegarem ao primeiro
vão o Grão-mestre perguntou:
- Aqui
começou tua jornada?
- Sim
- Saístes
das trevas totalmente?
- Não,
vi claridade, mas continuava na noite, não podia nem
falar.
- Tudo que passastes e por onde caminhastes te
foi difícil?
- Sim,
mas no final vi que meus irmãos me amparavam.
- E
aqui já te deram todo o conhecimento?
- Não, aqui estava na luz do dia, já dava minha
opinião, contudo a noite ainda caia, e sentia-me desconfortável com esta
situação!
- É
mais o equilíbrio é a chave para passarmos por este paradigma e aprendemos a não
julgar aos outros que caem, pois sentimos no âmbito do próprio ser a dificuldade
de resistir as tentações e as forças que vibram neste
Orbe.
- É
verdade, Estes momentos passam-se no silêncio da
solidão!
- Eis
a passagem para o grande salão, o que vós sentistes ao passar pelas
colunas?
- Respeito, Ordem, Censo de Justiça e que o Sol
nos iluminará sempre!
- Ages sempre assim sabes que existe um longo
caminho até o outro lado?
- Sei
que existem outros aprendizados, e mais responsabilidade virá com o tempo, e
tento com muito esforço me manter reto em minha
jornada.
- Bem
respondido, o combate as trevas, ao orgulho e a soberba começa dentro de si
mesmo.
- Mestre
o que me falastes é maravilhoso, porém o que tem a ver com o fato do
ANEL.
- Tudo,
em tua jornada até aqui, assim como eu, fomos agraciados com inúmeros títulos e
ornamentos simbólicos, contudo sentistes na ausência minha algo que te incomoda;
se assim não o fosse, não estaríamos tendo este
aprendizado.
- Se notas esta ausência e
de outros ornamentos de nossa simbologia, em nossos irmãos e em nossas lojas
como tu ages? Me respeitas pelos títulos e ornamentos simbólicos que trago, ou
pela maneira que me porto em nosso círculo familiar e nas lojas que adentramos,
suportas-me pela minha conduta na sociedade como um
todo?
- Sim, mestre não estou
entendendo tirai-me das trevas!
- Se
me respeitas somente pelos ostensórios superficiais de nossa filosofia,
desculpe-me por tê-lo conduzido ao erro pois sua falha como irmão se faz pelo
meu pecado em ostentar a vaidade que atribuis as
simbologias.
- Não
mestre, não se trata disso....
- Porém
se tendes todo este apreço e respeito por mim, somente pela minha justa conduta
então estou em paz, pois aprendeste a valorizar o ser humano e não suas vestes.
O verniz e as fascinações do exterior encantam e iludem até os mais sábios,
contudo são das entranhas que nascem os monstros ou erguem-se os anjos.
- E assim é com o ANEL E TODOS OS
ORNAMENTOS que usamos sem as vezes nos percebermos que o mais importante é a
nossa conduta, para podermos caminhar de fronte altiva entre as colunas do
templo.
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TFA/PP
Ir Daniel Martina / Ir José Francisco (Kiko) - Adaptação/Colaboração
Texto: Ir Salamesh