A Espiritualidade e as 9 Sinfonias de Beethoven, conforme estudos dos musicólogos Banõl e Lingerman, objetivando uma audição consciente e interiormente transformadora. Para efeitos terapêuticos o gosto musical ou a preferencia estética por determinado gênero ou mesmo alguma das sinfonias aqui expostas não é levado em conta, o importante é o efeito produzido pela música escolhida.
Na perspectiva terapêutica, a música deve ser ouvida em profundidade e não apenas “escutada”. Nada adianta escuta-la enquanto se realiza outras tarefas distraidamente (comer, ler, dirigir, etc...). Para alcançarmos nossos objetivos curativos ou motivacionais devemos sentar relaxados e conscientes do que pretendemos com a melodia, a postura é de meditação, onde a música é a chave que abre as portas de nossa autotransformação. Devemos deixar a música penetrar em cada músculo, cada célula, e em cada um de nossos corpos interiores para que ela cumpra seu papel terapêutico.
Por que as sinfonias de Beethoven? O musicólogo Hal Lingerman explica que: “ A música de Beethoven é a música de um Titã. Sua vida e suas obras fornecem novos acessos às emoções e às condições humanas. Beethoven é o primeiro psicólogo musical a explorar a psique dos sofrimentos da espécie humana, ajudando a humanidade e crescer. Sua música vibra com alegrias e tristezas; como uma ampla energia primordial, ela projeta sobre o ouvinte grandes ondas de força. Às vezes irada, outras vezes calma, a música de Beethoven está cheia de espírito de luta, de coragem e de uma enorme força de vontade; algumas vezes é resistente como o granito. Contudo, ela também pode ser suave e lírica, religiosa e autêntica.”
Eis as nove Sinfonias com seus efeitos psicológicos e terapêuticos.
Primeira Sinfonia:
É a sinfonia da “Gênesis Psicológico”. Deve-se escutar para motivar-nos em tudo o que queiramos iniciar.
Segunda Sinfonia:
É a "Revolução Psicológica": “É um complexo monstruoso, um horrível dragão ferido retorcendo-se que se nega a expirar e que, ainda que no final sangre, segue revolvendo-se e dando furiosas rabanadas a um lado e outro”.
Terceira Sinfonia:
É a da “Busca do Equilíbrio”. Deve-se escutar para motivar-nos a sair dos estados de nervosismo excessivo, incerteza, desânimo, descontrole e pessimismo.
Quarta Sinfonia:
É a “Sinfonia do Amor”. Deve-se escutar para motivar-nos a sair dos estados de ódio, vingança e egoísmo.
Quinta Sinfonia (Heróica):
É a do “Destino do Homem”. Deve-se escutar para motivar-nos a traçar as estruturas daquilo que queremos na vida, que dizer, a criar nosso destino. Desperta a vontade de vencer.
Sexta Sinfonia (Pastoral):
É a da “Heuristica”. Deve-se escutar para motivar-nos a toda ação criadora, a todo movimento que tende a solucionar problemas. Os dois primeiros movimentos são especialmente bons para a purificação emocional e para o soerguimento; O movimento “Tempestade”, seguido pelo “Hino de Ação de Graças”, também revelam-se muito gratificante.
Sétima Sinfonia:
É a da “Exploração do Subconsciente”. Deve-se escutar para motivar-nos a nossa própria autoanálise, a nosso estudo axiológico.
Oitava Sinfonia:
É a “Emancipação Psicológica”. Deve-se escutar para motivar-nos para as mudanças, transformação e a valorização.
Nona Sinfonia:
É a da “Sublimidade” e da “Elevação”. Deve-se escutar para motivar-nos a remontar-nos às escalas de sentimentos místicos, de espiritualidade, de devoção. Retrata também a criação a partir do vazio e culmina no magnífico “Hino para Fraternidade”, que inspira amor universal e compreensão entre as nações.
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TFA/PP
Ir Daniel Martina