16 de janeiro de 2019

A Flor da Maçonaria Alemã



A Flor da Maçonaria Alemã

Logo após Hitler tomar o poder, provavelmente por volta de 1934, todos tinham consciência que a Maçonaria corria perigo.

A Grande Loja do Sol de Bayeruth na Alemanha (uma das Grandes Lojas de antes da guerra) percebeu o problema eminente e adotou uma pequena flor azul, que recebeu o nome de "Forget-me-not" (não me esqueça), que conhecemos como miosótis, no lugar do esquadro e do compasso, para identificar os Maçons. 

Assim, esperavam não atrair a atenção dos nazistas para o confisco e apropriação dos bens das Lojas Maçônicas. Nesta época a Maçonaria era secreta e os Obreiros precisavam de uma forma rápida de se identificar.

Esta pequena flor azul usada na lapela distinguia aqueles que lutavam para que a Luz da Maçonaria não se extinguisse, e durante a era nazista identificava os Irmãos tanto nos campos de concentração como nas cidades.

A Grande Loja do Sol foi reaberta em Bayeruth em 1947 pelo Past Grão Mestre Beyer e um broche azul simbolizando a "Forget-me-not" foi adotado como emblema oficial na primeira convenção dos sobreviventes daqueles anos amargos de semi-escuridão, e que trouxeram a Luz da Maçonaria de novo para os Templos.

Em 1948 o emblema foi adotado como símbolo maçônico oficial na primeira Convenção Anual das Grandes Lojas Unidas da Alemanha. Foi uma honra para aqueles valentes Obreiros que haviam trabalhado sob condições extremas e adversas. 

O Dr. Theodor Vogel, Grão Mestre da recém formada Potência, nsa Conferencias das Grandes Lojas nos Estados Unidos, presenteou cada um dos membros da Grande Jurisdição com um emblema "Forget-me-not" e que destacou a relação Fraternal com a maçonaria alemã. 

Esta pequena flor floresceu e se tornou o mais significativo emblema Fraternal e talvez o mais usado pelos Maçons na Alemanha. 

O "Forget-me-not" é dado aos novos Mestres Maçons na Inglaterra, ocasião em que sua história é contada.

7 de janeiro de 2019

O Segredo Maçonico Esotérico:



Nos textos anteriores, procurei dar uma noção sistematizada das várias vertentes do que se convencionou chamar de segredo maçónico e que eu designo por segredo maçónico exotérico, já que tudo aquilo a que respeita pode facilmente ser transmitido e apreendido. 

Procurei também indicar as razões da preservação de segredo sobre essas matérias. Mas, na minha opinião, o verdadeiro segredo maçónico vai muito além da discrição sobre identidades, modos de reconhecimento, rituais, cerimónias e trabalhos efetuados. 

Na minha opinião, o verdadeiro segredo maçónico, o que importa, o que releva, existe, não porque os maçons o queiram preservar, mas porque não o conseguem revelar. Porque é insuscetível de plena transmissão. 

Chamo-lhe segredo maçónico esotérico. Também há quem o refira como a Palavra Perdida. Em bom rigor, nem sequer é exclusivo dos maçons. A Maçonaria ensina e pratica apenas um dos métodos para a ele se poder aceder. Outros porventura haverá, desde a vertente mística à que privilegia a meditação ou a busca do equilíbrio perfeito.

Talvez, como muitas vezes sucede, quem melhor conseguiu mostrar o que é o verdadeiro segredo maçónico, tenha sido um Poeta, no caso, o grande Fernando Pessoa, neste fantástico poema.

É realmente incomunicável. E obviamente não tenho a prosápia de desmentir o Poeta. Mas posso tentar apontar a sua natureza, indicar a direção em que cada um deve olhar, sugerir o rumo da busca.

O verdadeiro segredo maçónico, aquilo a que muitos chamam de Palavra Sagrada ou, muito simplesmente, de Luz, é aquilo que o maçon aprende através do contacto com seus Irmãos, do convívio e busca de entendimento dos elementos simbólicos que a maçonaria profusamente coloca à disposição dos seus elementos, do método de análise, de trabalho, de esforço, de meditação, de extenuada conquista, passo a passo, degrau a degrau, patamar a patamar, sobre si próprio, a pulso desbastando suas imperfeições, despojando-se do interesse sobre toda a ganga material que obnubila os nossos espíritos, indo-se cada vez mais longe em épica viagem, com começo e fim no fundo de si mesmo e aí descobrindo a resposta que procura.

Esta busca, esta viagem, esta procura, tem um começo e um fim, mas nem um nem outro serão porventura os esperados. O começo será sempre depois do meio dia, a hora a que os maçons iniciam os seus trabalhos, quando cada um está efetivamente apto a começar a trilhar o caminho sem marcos, bordas ou fronteiras, que conduzirá não sabe onde. 

O fim, esse, tem hora marcada, aquela a que os maçons pousam as suas ferramentas, a meia noite. Como em muito do que tem valor, tão importante é o resultado como o trabalho para o obter, tão atraente é o destino, como o caminho que a ele conduz. E muito raramente o caminho mais curto entre o ponto de partida e o de chegada será uma reta…

Em bom rigor, duvido mesmo que haja apenas um verdadeiro segredo maçónico, um único segredo esotérico. Nesta altura do meu entendimento, propendo a considerar que cada maçon atinge a sua própria Luz – a deste com mais brilho, a daquele mais baça, a daqueloutro, qual bruxuleante chama de longínqua vela, mal se vendo -, cada maçon encontra e resgata a sua própria e individual Palavra Perdida – a de um bela e cristalinas, a de outro sonora e estentória, a de um terceiro suave e quase inaudível murmúrio.

Cada um encontra o que procura e o que trabalha e se esforça por encontrar. Cada um encontra Segredos, Luzes, Palavras diferentes ao longo da sua busca. Porque esta nunca termina. 

Cada resposta encontrada dá origem a novas perguntas, nascidas de mais lúcida compreensão, em perpétua evolução e aprofundamento de compreensão. É por isso que tenho para mim que eu não posso, não consigo, não sei, partilhar a minha Palavra, com mais ninguém, nem sequer com o meu mais chegado Irmão. Não só porque não consigo descrevê-la em toda a sua extensão e complexidade, como porque o mero enunciar do ponto do caminho em que me encontro me abre novos horizontes de busca, para lá dos quais nem sequer sei se não terei de pôr em causa e de reformular tudo ou parte do que me levou a percorrer esse preciso caminho, quer ainda porque cada viagem, mesmo a do meu mais mais chegado Irmão, seguiu rumos diversos dos meus, levando a linguagens distintas, a conceitos diferentes, a complexas variantes.

Cada um, penso-o agora – no preciso instante em que isto escrevo -, em cada momento encontra diferente Palavra, vê diversa Luz, preserva variado Segredo, porque cada um viaja para destinos diferentes: cada um viaja até ao fundo de si mesmo e cada um é todo um Universo diferente do parceiro do lado.

Nessa viagem, nesse trabalho, nessa busca, cada um procura coisa diversa. Eu só posso definir o que neste momento busco. Já me reconciliei – há muito! – com a finitude da vida neste plano de existência, já abandonei, por estulta e estéril, a busca do imenso porquê, a mim nunca me interessou particularmente interrogar-me sobre o cósmico como. Por agora, desde há muito e não sei até quando, concentro-me na busca do sentido da Vida e da Criação. Tenho uma ideia rude e imprecisa desse sentido. Busco o melhor ângulo para obter mais Luz. Espero que consiga obter o Brilho suficiente para, através do sentido da Criação, entrever o Criador… E tudo isto eu – neste momento – busco, em fantástica viagem, sem outro veículo que não eu próprio, não consumindo outro combustível senão tudo aquilo de que me interiormente despojo, sem outro destino e caminho senão o fundo de mim mesmo

Porque é o conhecimento de mim mesmo, em todas as complexas vertentes que condicionam o meu Eu que me habilitará a conhecer o Outro, o Mundo e quem o criou e porquê e para quê e como. Eu sou a pergunta, a pergunta sem resposta, a pergunta buscando a resposta e, simultaneamente, a resposta contida na própria pergunta, que me levará a nova pergunta, que gerará nova resposta, em contínuo alargar de horizontes, que espero me permita entrever o que está para além do horizonte e contém todos os horizontes…

Algo já encontrei, algo já me ilumina, algo já consigo balbuciar. Mas não tenho ilusões: ainda não sei ler nem escrever, sei apenas soletrar…

Confuso, não é? Pois é! Eu bem avisei que o segredo maçónico esotérico é aquele que existe porque não se consegue transmitir… O Poeta bem o soube…

POR RUI BANDEIRA · PUBLICADO EM 11/03/2009 ·


In Blog “A Partir Pedra” – Texto de Rui Bandeira (15.01.2009)

1 de janeiro de 2019

Ano de 2019 a Justiça Regida por Ogum:


Hoje o grande guerreiro Ogum ajoelha se aos pés de Oxalá para pedir a bênção para governar um novo ano.

Oxala abençoa através de suas mãos abençoadas passando todas as vibrações do grande pai criador, para que Ogum saiba forjar as melhores armas para a luta e que possa comandar seus guerreiros para a grande Batalha; o ano de 2019!

Ogum, mensageiro de oxalá,
Cavaleiro supremo das leis divinas,
Bem sabe que não será facil...
Oxala como pai sabe que Ogum com seu gênio forte, sua impulsividade irá cortar muitas cabeças,
Irá cobrar a lei até mesmo de seus mais amados filhos...
Ogum é rígido!
Ogum é destemido!
Ogum é justiceiro!

E recebe a grande missão de colocar a ordem, Nem que pra isso ele tenha que punir inocentes...

Ogum mata,
Ogum guerreia por nós!

Ogum é violento;
Mas Ogum também é pai!

E como todo pai quer o melhor para seus filhos,
Ogum castiga, mas também ensina.
Ogum derruba,
Mas também levanta;
E quando levanta seu filho é pra vencer...

Ogum jamais perde uma batalha, nem que pra isso tenha que banhar a terra de sangue.

Ogum será o guerreiro dos novos caminhos em 2019,
Novos rumos,
Avanços,
Caminhos abertos,
Vitórias...

Assim será 2019!
Mas toda Vitória,
Todo êxito só vem depois de uma grande batalha!

Xango o senhor da justiça divina entre para Ogum a continuidade de uma nova hera.
Xangô fez a justiça em 2018,
Que devia pagou,
Quem mereceu recebeu...
Assim Ogum continua esse trabalho.
Xangô cobrou e fez a justiça,
Agora Ogum vem colocar ordem!

Que possamos refletir sobre tudo que passou e assim seguimos por um novo tempo, sem cometer os mesmos erros e sem querer a vitoria de algo que não lutamos!

Sejamos como ogum;
Guerreiro!

Assim seremos grandes vencedores e dignos das bênçãos de Ogum!

Patacory Ogum!
Ogunheeee!

TFA 
Ir Daniel Martina Toupitzen 
(Ilustração)