24 de julho de 2011

A Espiritualidade Xamânica


“Aprende a cultivar uma atitude de respeito para com todos os caminhos espirituais existentes. Se você mantém esta atitude, se você respeita, está honrando a sua própria integridade, a sua própria espiritualidade."

Cada um possui sua própria visão, seu próprio rito, seu próprio meio de re-conexão.
Mas o que o aconselho hoje, é a experiência da compreensão, viva, inteligente, que faz crescer a consciência e ampliar o coração.
Anotei as suas sábias palavras num diário espiritual e agora as compartilho pela ressonância com o tema que hoje iremos abordar, nestas poucas linhas que é: a espiritualidade xamânica.

A espiritualidade xamânica nasce com os seres humanos. Temos indícios de práticas xamanistícas existentes há 44 mil anos, desde a época do homem Neandertal. Na realidade inicia-se quando o ser humano começa a descobrir o mundo invisível. Quando começa a descobrir os mistérios da natureza, a sentir com maior intensidade o sagrado, a sonhar, a se comunicar com a natureza e com os espíritos.

Esta espiritualidade ancestral tem como templo a própria natureza, o ambiente do qual o ser humano interage em seu cotidiano. Tudo torna-se sagrado na espiritualidade natural. As formas existentes na natureza eram então respeitadas como sendo espíritos que formavam uma única família, a família do Grande Espírito, do TODO QUE ESTÁ EM TUDO, do Grande Mistério.

Assim, o Céu torna-se o Pai que ensina o caminho das estrelas e das origens ancestrais. A Terra torna-se a Mãe que ensina os caminhos das relações, das integrações e da evolução na matéria. O grande Avô é o Sol que, com seu sorriso caloroso, ensina todos os dias a sabedoria dos ciclos e do círculo da vida. Então a Avó Lua com sua serenidade, ensina a arte de sonhar e os mistérios que iluminam os caminhos pelas noites da vida. As Árvores e Vegetais tornam-se o Povo em Pé; as Águas, o Povo das Águas; o Trovão, o Espírito do Trovão; as Pedras, o Povo de Pedra e todos os Animais tornam-se os Irmãos mais jovens, cada um com sua medicina particular. Tudo possui uma energia vital, uma força, um espírito. Tudo torna-se sagrado.


Estes seres humanos, que se comunicavam com o invisível, eram chamados de xamãs. Os antropólogos adotaram o termo saman, de origem siberiana, palavra que foi adaptada para shaman em inglês, para designar “aquele que é inspirado pelo espírito”, “aquele que não perdeu a integração”, “aquele que está em conexão”. Ele é o poeta, o músico, o intuitivo, o conselheiro, o terapeuta, o curador, o sensitivo, o paranormal, o contador de histórias, o dançarino, o visionário, o guardião da Mãe Terra, o guerreiro, o medicine-man. É aquele que compartilha sua medicina interior, seu poder pessoal, sua energia, seus conhecimentos e sabedoria de vida, em beneficio de outros.

Embora o primeiro uso registrado do termo shaman na língua inglesa date de 1698 e o termo shamanism (xamanismo) de 1780 – como nos explica o xamã Bari Meri: “o xamanismo existe há milhares de anos”. Temos registros de que em épocas remotas, estas práticas xamânicas se propagaram pela Sibéria, América do Sul, América do Norte, China, Índia, Tibete, África e Austrália. E é bem provável que, numa época ou outra, tenha existido em todas as partes do mundo sendo conhecido por nomes diferentes.

Hoje podemos ver muito daquilo que é a essência do xamanismo presente nas crenças e práticas de várias religiões, em muitos trabalhos terapêuticos e até na programação neurolingüística. Acessando a internet, você poderá pesquisar vários tipos de conhecimentos xamânicos: siberiano, inka, andino, esquimó, guarani.


Existe uma gama de informações revestidas em mitos, ritos e símbolos que pode ajudar a despertar a espiritualidade natural no ser humano. Todas elas, sem exceção, em seus respectivos contextos, transmitem a idéia de reconexão com a essência, com o espiritual. Não é voltar ao passado ou ficar preso ao passado, é renovar no presente, com ferramentas que a experiência comprova que funciona e agir e viver e ser feliz.


Vamos olhar para dentro de nós mesmos para poder chegar a uma maior compreensão da nossa dinâmica interior, da nossa história, da realização do sonho do Criador. Vamos lá, assim poderemos descobrir com profundidade que nossa vida tem significado, finalidade, propósito e que estamos conscientes.

O verdadeiro resgate ancestral ou xamânico é a redescoberta da essência espiritual e eterna que é presente em todos nós. Sim, para aqueles que reconhecem o sagrado dentro, tudo torna-se sagrado!

Deixo com você uma saudação xamânica, utilizada pelas tradições nativas da América do Norte: Mitakuye Oyassin! Que significa: “Por todas as nossas relações!”. É proferido em várias cerimônias para honrar todas as nossas conexões com a teia da vida, com tudo o que existe. Todas, sem exceção. Isso é muito abrangente… Estão inseridas no mantra aquelas pessoas de nosso convívio, todos aqueles que cruzaram e cruzam os nossos caminho no dia a dia, com seus ensinamentos, sejam eles quais forem. Aqueles que vieram antes de nós. Aqueles que virão depois de nós. É honrar aos nossos amparadores, toda a Mãe Natureza, o Grande Espírito. Vamos dizer que é uma afirmação de que Somos Todos Um!

Como a espiritualidade xamânica é sentir, espero que você esteja se sentindo muito bem, neste momento desejando muito sucesso neste momento ao seu Eu Superior que a Luz do Universo lhe guie para as Maravilhas deste mundo maravilhoso e que a energia de nossa mãe terra possa lhe fortalecer a cada momento e em cada passos de sua imensa jornada !

(História Xamânica)

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