Nossa mente e responsável pela manifestação de nossa arquitetura Divina e
pessoal de nossa vida.
Todo o homem possui enormes capacidades e poderes mentais, você o tem
exercito durante toda a sua vida, porém sem saber na maioria das vezes, o que se
torna um problema para pessoas negativas, pois tal poder nos aproxima de nossos
objetivos como também nos pode afastar cada vez mais, é o que ocorre com 90% de
nós.
Muitas de nossas capacidade são desconhecidas de nós mesmos repousando no
nosso subconsciente e espírito, nos permitimos simplesmente quando muito,
manifestá-las em seu estado onírico.
Tudo se torna magia ao se descobrir os segredos envoltos em nosso ser, e
assim compreender que somos os magos e arquitetos de nosso mundo, de nosso
futuro, do agora. O sucesso sempre esteve em suas mãos, devemos simplesmente
realizar tal busca por esta verdade agora. Lembre-se do Talmud ao dizer que a
maneira que pensamos, será a maneira que iremos agir, e assim manifestando o
nosso futuro.
Tornemo-nos mágicos de nossas maravilhas aqui materializadas, como
Paracelso ao dizer que tudo quanto está de acordo com as leis naturais é
possível.
Acredite em si próprio, e tudo se inicia.
Acredite em o que é a favor de você.
Acredite em sempre haver uma saída.
Acredite que possui o poder de mudar tudo.
Acredite que possui o poder interior de resolver tudo a sua frente.
Acredite no que lhe impulsiona enfrente.
Acredite que todos os seus objetivos são possíveis.
Acredite em você.
Eu lhe digo que se você não acreditar em você, ninguém acreditará, e assim
depois não reclame por não alcançar o que deseja, por passar por entrevistas e
entrevistas de emprego, e ninguém acreditar em você, e assim não lhe contratar,
ou mesmo um vendedor, que não passa de forma alguma confiança, e por isso vende
muito pouco.
“ E por meio do pensamento ...... que o homem realiza seja o que for “
Thomas Carlyle
Nos rebelamos constantemente, protestamos contra fatos externos
constantemente, o trabalho, governo, futebol, família, namorada, mais
continuamos numa rebeldia que não nos leva à nada, devemos considerar o real
foco, que é a nossa própria rebeldia conosco mesmo.
Deveríamos sim nos rebelar em direção ao nosso espírito negativo, ego,
fatalismo, vitiminização ..... Quando o processo mental esta equilibrando
qualquer condição exterior se corrige sem esforço algum.
“Quando unimos todos os poderes mentais, apresentando frente forte,
asseguramo-nos a vitória pela vida.” Vernon Howard
Busquemos os pensamentos prazerosos, experiências que lhe foram agradáveis,
e lembre sempre de ser ousado como o pensamento de Goeth;
“ A ousadia traz em si genialidade, poder e magia “
Perante a psicologia e maior descoberta que o homem pode alcançar é o “
momento em que descobre verdadeiramente que mudando a atitude mental pode mudar
a maneira de viver”. Busque apaixonadamente suas descobertas agradáveis em seu dia-a-dia,
conseguindo a liberdade mental correta ao seu progresso, se orientando com a
natureza como o guia mais seguro, lembrando Cícero ao dizer que as pequenas
verdades, nos levam as grandes.
Algo difícil de explicar ao buscadores magisticos e que, aquele que atingiu
a magia mental, não necessita se esforçar por paz, prosperidade ou qualquer
outra coisa, pois já alcançou. Devemos buscar a liberdade de nosso dia-a-dia, sairmos da defensiva, da
ansiedade e constituir vontade e ação pró-ativa ao nosso objetivo.
Temos que encontrar a verdadeira visão, aprendendo como as coisas são na
verdade, e nos afastarmos de uma forma condicionada de visão, em que nosso
espírito muitas vezes se encontra, devemos ver a verdade com a alma. Aprendendo
a desafiar, duvidar, investigar cada situação que o incomoda, empreenda um
combate ao seu favor, não contra você.
Se chamarmos vários mestre de todos os tempos e perguntarmos o seguinte; “
Como pode o individuo perder a escravidão e ganhar a liberdade ? ”
Teríamos as seguintes posições.
Mude a maneira de pensar
Examine as suas crenças
Mude de atitudes
Verifique a suas premissas
Altere os pontos de vista
Desafie as suas hipóteses
Mude suas concepções
Quando ouvimos um barulho no motor de nosso carro, sabemos que algo esta
errado, da mesma forma de ouvimos sons, vozes internas que nos avisam que é algo
que mereça a nossa atenção.
Ao se sentir desanimado, desiludido, parabéns !!!
E o momento perfeito para
praticar a sua ação pró-ativa, ação sempre leva a mais ação, que nos ira levar a
novas experiências, resultados e realizações. Seu melhor conselheiro é o seu micro-cosmos (interior) ou macro-cosmos
(natureza), assim quando completo, sem polaridade você consegue visualizar o
verdadeiro EU.
Não seja extremo ou covarde, de inicio ao se sentir no fundo do poço, e
ouvir a opinião dos outros que estão perdidos como você, talvez não seja a
melhor solução.
Encontrar alguém que se encontrou, não é muito fácil, mais sempre acontece
quando necessitamos de uma ajuda para empurrar um carro, nosso ksetra, nosso
campo sagrado, sempre encontramos alguém disposto a utilizar de sua energia
pessoal para contribuir ao nosso esforço, sem desejar nada, somente contribuir
com a sua caminhada, quando isso é feito livre, torna-se agradável. Mas
lembre-se que sempre a sua premissa é VOCÊ.
Nosso futuro deve ser vislumbrado como algo maravilhoso e excitante, não
podemos buscar o que não conhecemos ou vislumbramos tal experiência, não podemos
perseguir o que não conhecemos, temos que trazer ao nosso alcance intelectual ou
emocional.
Sejamos receptivos mentalmente para podermos vislumbrar com o magnífico que
se manifesta a nossa frente, despertar o espírito em nossa caminhada assim deve
acontecer, afinal os planos de satisfação, tomados da ação em rumo a mente
mágica, é realizador.
Esta sigilografia é profundamente simbólica e pode ter vários significados. São eles:
·O símbolo dos dois mundos: o material e o espiritual;
·O símbolo da dualidade na acção: o guerreiro, mais activo (exotérico-exterior) e o monge mais passivo (esotérico-interior);
·O símbolo de duas religiões: a cavalaria cristã e a cavalaria muçulmana servindo o mesmo ideal tradicional, representado pela montada comum; duas religiões que se unem para originar o império do Espírito, que na época constituía uma heresia;
·O símbolo da dupla missão templária: a missão pública, que satisfazia a Igreja na defesa dos cristãos desprotegidos; e a missão “secreta”, universal, separada da Igreja, e cuja finalidade, hoje, dificilmente alcançamos em toda a sua dimensão histórica;
·O símbolo do duplo poder: a aliança a ser realizada entre a autoridade espiritual e o poder temporal;
·O símbolo de duas formas de vida: intelectual e prática; uma e outra têm necessariamente de trabalhar em conjunto (Ora e Labora) em prol de uma causa;
·O símbolo da dualidade interna do homem: a natureza inferior (o mal) e a natureza superior (o bem).
Assim, a presença dos dois cavaleiros simboliza a dupla função da Ordem, guerreira e religiosa, mas também a dualidade em tudo o que existe: o Oriente e o Ocidente, o Antigo e o Novo Testamento, a luta apocalíptica entre o bem e o mal, as trevas e a luz, etc.
A Ordem DeMolay é uma sociedade discreta de princípios filosóficos, fraternais, iniciáticos e filantrópicos, para jovens do sexo masculino com idade compreendida entre os 12 e os 21 anos. É uma organização para-maçonica fundada nos Estados Unidos, em 18 de Março de 1919, pelo maçom Frank Sherman Landpatrocinada e mantida pela Maçonaria[carece de fontes], oficialmente desde 1921, que na maioria dos casos cede espaço para as reuniões dos Capítulos DeMolays e Priorados da Ordem da Cavalaria - denominações das células da organização. São 7 preceptores, uma tríade, e outros cargos.
No dia 8 de abril de 2008, o Estado de São Paulo estabeleceu o Dia do DeMolay, através da Lei Estadual nº 12.905, a ser comemorado anualmente no dia 24 de março (um fato que deve ser levado em consideração é que embora a Ordem DeMolay tenha sido criada no dia 18 de março de 1919, a sua comemoração é feita seis [06] dias depois, afim de que a data possa coincidir com o martírio de Jacques de Molay). Em 19 de janeiro de 2010, foi promulgada a Lei Federal nº 12.208 que insituiu o dia 24 de março como o Dia Nacional do DeMolay, seguindo o exemplo paulista, sendo que a escolha da data marca o falecimento de Jacques de Molay, herói e mártir que inspirou o nome da Ordem.
Todos sabem que o anel do grau 33 deve ser de ouro. No entanto, esse objeto de desejo de tantos maçons não é cobiçado pelo valor de seu metal, e sim pela dignidade que ele representa. Se no Brasil, um maçom deve dedicar algo em torno de 6 a 10 anos para alcançar o 33º grau (a não ser que ganhe acesso ao restrito Elevador de Jacó), tempo esse que serviu de inspiração para o termo “faculdade de Maçonaria”, nos EUA muitos são os que falecem no 32º grau ou, no máximo, no 32,5º, o KCCH. . Porém, um maçom dos EUA resolveu quebrar essa “regra de ouro”. Ninguém menos do que Frank Sherman Land, o fundador da Ordem DeMolay, quando investido no grau 33, em 1925, adotando um anel de prata, em vez de ouro. Essa iniciativa lhe trouxe muita dor de cabeça na época, que foi diminuindo com o tempo e sua projeção como um dos mais importantes maçons de todos os tempos. . A polêmica do anel de prata já havia desaparecido quando, em 1945, seu grande amigo, conterrâneo e Presidente, Harry Truman, também foi investido no grau 33. Muitos foram os que relataram ter visto o Presidente Truman, em algumas ocasiões, ostentando também um anel de prata do grau 33. Alguns acreditaram que ele estava utilizando o próprio anel de Frank Sherman Land. .
O anel de Frank S. Land é mantido em exposição, junto de outros pertences maçônicos, desde seu falecimento, e o uso do mesmo anel, ou de um similar, por Truman, caiu no esquecimento como uma lenda. Isso até dezembro do ano passado, quando o anel de Truman foi descoberto. Um anel de prata, idêntico ao de Land, e cujas inscrições internas comprovam que havia sido um presente de Land para Truman. .
"Se, porém, não agrada a vocês servir ao Senhor, escolham hoje a quem irão servir, se aos deuses que os seus antepassados serviram além do Eufrates, ou aos deuses dos amorreus, em cuja terra vocês estão vivendo. Mas eu e a minha família serviremos ao Senhor". (Josué: 24:15)
A Águia, com as duas cabeças, representa as duas mentes, ou seja, a mente concreta, já plenamente desenvolvida pela humanidade, e a abstrata, propósito a ser atingido com a conclusão da atual 5ª Raça-Mãe, a Ariana.
A espada - arma de dois fios - presa nas potentes garras da Águia Bicéfala, representa, ao mesmo tempo, a Força, para se combater os inimigos da verdade, e a Sabedoria, para se fazer, acima de tudo, valer a justiça, o que pode ser corroborado pela tradução da inscrição latina na fita que a serpenteia: “Deus e o Meu Direito”.
A Águia Bicéfala, considerada por muitos um dos símbolos mais antigo do mundo, expressa o Poder e a Soberania. Esse símbolo, quando utilizado em uma Escola de Iniciação, como é o caso, na Maçonaria, permite, aos “que têm olhos de ver”, aos verdadeiros Iniciados nos Augustos Mistérios, quando contemplá-lo, adentrar em seus enigmáticos arquétipos, levando-os a imaginar que tal símbolo, ainda que intuitivamente, fora sabiamente escolhido para expressar a enorme riqueza contida nas entrelinhas dos excelsos ensinamentos do Rito Escocês Antigo e Aceito.
Pentagrama: Considerado um símbolo muito poderoso de proteção e Equilíbrio, suas pontas representam os Cinco Elementos: Fogo, Ar, Água, Terra e o Unificador do Espírito representado por sua Ponta Acima das Outras. O pentagrama esta Ligado a Sefira Geburah na Ârvore da Vida, este é conhecido como a Estrela de Salomão especialmente é utilizado em Cerimônias e Magias.
Delta/Iod: Triângulo equilátero símbolo da força expandindo-se no Universo, também conhecido como "O Olho que Tudo Vê" . Presente em vários ritos.
Bode/Baphomet: O termo se origina na Língua Persa, “magi” ou “magus”, que significa Sábio. Os considerados sábios (os homens perfeitos), no mundo persa, foram aqueles que eram capazes de traduzir os mistérios da natureza e sua relação direta com o Homem. Daí a relação da Magia com o Homem Perfeito.
“Por mais que busquemos, só encontramos a nós mesmos” - Anatole France.
Conhecer a exata origem da Maçonaria é o único caminho que pode nos
levar à compreensão verdadeira do que significa ser um legítimo Obreiro da Arte
Real.
Para muitos, nossa Sublime Ordem surgiu apenas no início do século
XVIII, precisamente em 24 de Junho de 1.717. As quatro lojas de Londres, que
tinham seus nomes associados às tavernas nas quais se reuniam – Macieira,
Cervejaria da Coroa, Ganso; Grelha e Taças & Uvas –, formalizaram sua
união criando aquela que ficaria conhecida como Grande Loja Unida da
Inglaterra. As Sessões ocorriam uma vez ao ano, regadas a muita guloseima,
uísque e tabaco, geralmente direcionadas exclusivamente a novas iniciações.
Eram “reuniões de cavalheiros”, chamadas de clubes de almoço por parte da
sociedade, sem nenhuma conotação solene, esotérica ou filosófica.
Por aproximadamente sessenta anos os Irmãos ingleses se reuniam apenas
em tavernas e, eventualmente, utilizavam espaços de associações empresariais.
Só em 1.776, na Great Queen Street, foi inaugurado o primeiro salão maçônico,
que passou à História como sendo nosso primeiro Templo. Reformado e ampliado
até 1.828, tinha várias salas e reunia diversas lojas. Este foi o início
visível dos trabalhos, com registros e documentos oficiais que comprovam
inexoravelmente tais acontecimentos.
No entanto, se desejarmos ir além – como todo bom Maçom - para entender
quando, realmente, os elementos seminais que geraram o nascimento de nossa
Ordem se cristalizaram nas almas dos pioneiros, precisamos realizar uma
meditação adicional.
Falar de Maçonaria apenas a partir de 1.717 reduz sobremaneira nossa
epopéia. Equivale a considerar a história da Humanidade a partir do advento da
escrita, ocorrida na Mesopotâmia, há apenas 4.000 anos a.C..
A gênese legítima de nossos princípios, de nossa doutrina, e das bases
que fundamentam a verdadeira Ars Regia, se perde no longo curso da História. Os
fenômenos místico-culturais que nos unem, enquanto escola filosófica com
caráter iniciático, indicam que nossa Fraternidade pode ter surgido muito tempo
antes, na cronologia humana, do que supõe a ortodoxia tradicional. Esta
hipótese, extremamente intrigante e complexa, constitui o ponto de partida para
nossa breve aventura no tempo, em busca das verdadeiras origens de nossa
Sagrada Ordem.
ÁFRICA, JUSTA E PERFEITA:
Há cerca de três milhões de anos, no auge do período Paleolítico, uma
pequena comunidade de hominídeos composta por 20 ou 30 indivíduos da espécie
Pithecantropus erectus ocupava uma pequena planície do Serengueti, na atual
Tanzânia. Por incontáveis gerações, seguiam a mesma rotina. Chegando à caverna
após um árduo dia de caça e coleta, os homens permaneciam em silêncio, arfando
devido ao calor. As mulheres tagarelam entre si uma linguagem arcaica que
mistura estalidos e fonemas primitivos. O fruto do trabalho jaz ali ao lado: um
javali abatido e alguns tubérculos amarelados. Os mais jovens haviam passado há
poucos dias pela cerimônia de Iniciação, a porta de entrada a um novo mundo, ao
universo dos adultos, dos grandes guerreiros e caçadores poderosos. Tais
eventos eram marcados por diversas provas, como a da terra – rastejar pelas
dunas - , da água – mergulhando fundo no lago Tanganyka - , do fogo – andar em
brasas – e , logicamente , do sangue – derramar ritualisticamente o sangue da
primeira presa abatida, devolvendo à Gaia ou Mãe-Terra um pouco do que ela
tanto fornece aos homens.
Defronte a entrada do abrigo, todos se sentam no verde gramado que
adorna o ambiente. Observam, atentamente, o lento e preguiçoso ocaso do dia que
paulatinamente se precipita no horizonte, a oeste. Os animais da noite começam
a sair das tocas . Uivos são ouvidos. O farfalhar distante das matas anuncia o
início do domínio das trevas sobre a natureza. O vento sul-sudeste soa mais
forte. Os mais velhos trocam olhares entre si, com pequenas nuanças revelando a
apreensão iminente. Como seres do dia, todos temem a chegada da noite. Com ela,
os três grandes inimigos passam a ocupar a arena universal que a todos vai
envolvendo: a escuridão, o frio e a ameaça dos predadores.
Discretamente, os bravos vão se aninhando em torno de um arranjo de
gravetos, folhas e pequenos troncos. Somente um deus poderia protegê-los destes
perigos. Fogo. É isso que todos mentalizam neste momento. É o salvador, o
redentor, aquele que afugenta todos os males da noite. Tal qual o Sol , que
reina triunfante durante o dia, os guerreiros sabem que apenas o fogo pode
protegê-los pelas próximas horas.
O xamã, com duas pedras em atrito, realiza a mágica da incandescência,
no centro da formação semicircular. Imediatamente os mais experientes
transcendem seus pensamentos, observando as brasas escaldantes. Fixando seus
olhares na luz irradiante, sentem a presença, no ponto central, da idéia de
Divindade, do incompreensível ou intangível - aquela partícula que seria a
origem e a razão da existência de tudo. Também a existência da porção
não-material que forma os seres, a alma ou psy-khe, que Platão (427-347 a.C.)
tão bem estudou, marca sua posição em meio às labaredas. Durante o dia estas
grandezas caminham junto ao Sol invencível, o deus-pai. Ao cair da noite, o
grande soberano se retira para o mundo das trevas, deixando apenas um lampejo
protetor remanescente nas chamas, personificando a luz que protege e guarda.
Após breves instantes de contemplação silenciosa, todos se levantam e
começam a caminhar em volta da fogueira, em uma circunvolução ritualística, no
sentido horário, acompanhando o giro da Terra. Imploram pela ressurreição do
Sol. Em volta, no horizonte, as doze constelações se postam formando a vista de
360º, tal quais as doze colunas representando o zodíaco. No alto, a cúpula ou
abóbada celeste a todos cobria , protegendo e estabelecendo o vínculo sagrado
com o infinito.
Todos ali eram irmãos, na mais terna concepção da palavra. A leal
fraternidade os tornava solidários entre si, prontos a derramar o próprio
sangue pelos mais fracos do grupo. Para evitar a intromissão de elementos de
outros clãs, estabeleciam sinais e toques próprios, que permitiam a rápida
identificação dos familiares. De todos era exigida a mais reta conduta social,
de acordo com os princípios morais da época.
Sabemos que na aurora do Homem a existência era tênue e fugaz. A
expectativa de vida era curta, os riscos de morte ocorriam a cada minuto e as
perspectivas de um futuro promissor beiravam a ficção. A extinção muitas vezes
parecia uma certeza. Somente um poderoso espírito de luta, de coragem e de
extrema valentia poderia ter garantido a sobrevivência desta espécie,
fisicamente tão frágil, mas que estava fadada a sobrepujar todo o planeta,
alguns milhões de anos mais tarde.
HISTÓRIA E EVOLUÇÃO:
Por volta de 1.980 uma polêmica teoria foi comprovada. Cerca de 65
milhões de anos atrás findava a era dos dinossauros, com a queda de um meteoro
próximo à península de Yucatán, no atual México. Este impacto gerou um
verdadeiro apocalipse na Terra, com fogo, frio e fome generalizados. Quase toda
forma de vida foi exterminada, de todos os reinos. A idade dos mamíferos
ganhava força e vigor a partir de então, livres do domínio dos gigantes
extintos. Se não fosse esta extinção em massa do final do Cretáceo (período da
era Mesozóica iniciado há 145 milhões de anos atrás e terminado com a hecatombe
do meteoro) , os mamíferos ainda seriam um insignificante grupo de quadrúpedes
com vida rasteira.
De pequenos roedores e habitantes de tocas, a evolução caminhou a passos
largos, criando grande diversidade de organismos. No curso deste processo, há
cerca de sete milhões de anos, os primeiros hominídeos ( dos gêneros
Sahelanthropus, Ardipithecus e Australopitecus) começaram a florescer nas
savanas africanas. Certamente estes primeiros bípedes, dedicados exclusivamente
à coleta de vegetais, mariscos e restos de carcaças de animais abatidos por
predadores melhor equipados, já começavam a elaborar os primeiros raciocínios
questionando as grandes dúvidas que ainda hoje nos acompanham. Morte, dor,
sofrimento, finalidade da existência e a busca pelas origens da espécie e da
própria vida, já inquietavam nossos bravos antepassados. Deste ponto para o
surgimento do pensamento místico, foi um pequeno passo.
A busca pelo Sagrado e pelos mistérios do mundo subterrâneo, pelo
entendimento do inconsciente e pela interpretação metafísica dos fenômenos
naturais já incentivava a realização de cultos aos mortos, cerimônias
ritualísticas iniciáticas e ritos de passagem. As pesquisas arqueológicas
identificaram pétalas de flores, objetos simbólicos e pedaços de ossos de
animais no interior de sepulturas do período Paleolítico. Pinturas rupestres em
cavernas representam misticamente os animais, numa tentativa de dominar
espiritualmente suas almas e facilitar as caçadas. Esculturas simbolizam esta
ânsia pelo transcendente, como a “Vênus de Willendorf” que data do Paleolítico
superior. Nesta fase, várias espécies de hominídeos coexistiam no continente
africano, isoladas pelos acidentes naturais.
Os bravos Homo sapiens ou homens modernos, exatamente idênticos a nós,
surgiram por volta de 150.000 anos atrás. Com a estiagem que se abateu nas
zonas tropicais, foram obrigados a emigrar da aconchegante África para todos os
continentes. Chegaram ao extremo oriente, pelos caminhos da costa da Península
Arábica e Índia, e se fixaram na Oceania. Atingiram as estepes da Ásia
ocidental, da Rússia e da China. Dominaram a Europa que estava mais aquecida,
devido ao recuo das geleiras, dizimando os “primos” Neandertalhensis e, no
início do final da glaciação, há 26.000 anos, se tornaram a única espécie
humana existente.
A ETERNA BUSCA DA VERDADE:
O Homem não conhece sua origem, nem seu futuro. Não sabe a razão de aqui
estar, qual seu objetivo no Cosmos, e muito menos o que realmente é. Este drama
é um dos pontos fundamentais da ciência especulativa. Todos se inquietam com
estas questões, em um ou outro momento da vida.
Desde os primeiros passos em solo africano, quando a linguagem era
rudimentar, e a escrita um esboço disforme, estas dúvidas viscerais acompanham
inexoravelmente as almas daqueles que voltavam seus olhos para o universo
tentando enxergar além do visível.
Pior que ignorar completamente o nosso surgimento ou o que somos, é
desconhecer o porquê da dinâmica evolutiva ter nos tornado diferentes de todos
os outros animais: não somos dominados exclusivamente pelos instintos
primários. Necessitamos pensar, questionar, entender e justificar a nossa e
toda natureza que existe. Isto não nos coloca acima nem abaixo das outras
espécies em qualquer escala de valoração considerada. Apenas temos uma profunda
dor e angústia em nossas almas, que outros seres feliz ou infelizmente não
apresentam.
Ao partirmos para este campo obscuro da linguagem e da cultura, nos são
exigidos recursos de tolerabilidade para com o desconhecido e de confiança nas
próprias condições de aceitar a infinitude que se apresenta. Para isso, é
preciso ter consciência que convivemos com duas realidades distintas e
complementares: confrontamos nossa impressão do mundo consciente, a chamada
realidade sensível, com uma zona de trevas, de mistérios e total
desconhecimento. Esta face mais profunda de nossa psique, a que temos acesso
apenas quando estamos inconscientes, em estados alterados da consciência ou
após a morte, nos fascina e perturba.
O mundo dos mortos, do subterrâneo, dos labirintos, é a arena onde
encontramos nossos maiores medos e fraquezas. Seus mistérios são um total
enigma e motivo de infinitas especulações por parte dos grandes pensadores.
Inacessível à maioria, só pode ser alcançado por mecanismos específicos que
permitam sua revelação – como sistemas filosóficos, místicos, religiosos ou
contemplativos. Tais instrumentos são essenciais ao nosso equilíbrio, ao Self,
uma vez que não temos como fugir desta aguda necessidade de conviver com estes
aspectos contraditórios da condição humana. Nossos deuses e demônios atuam de
maneira aleatória e conjunta, em uma alquimia incondicional que pode nos levar
à completa harmonia ou ao caos irreversível.
Uma das formas de elaborar estes dramas existencialistas foi a
construção dos Arquétipos, comuns em todas as culturas. Surgidos nos tempos
imemoriais, durante as meditações realizadas em cavernas iluminadas a
fogueiras, se mantém com a mesma força e vigor em pleno século XXI. Definidos
como formas imateriais às quais os fenômenos psíquicos tendem a se adaptar, são
chamados também de imagens primordiais, pois podem sofrer pequenas variações
epidérmicas, mas na essência mantém um padrão uniforme, praticamente
invariável.
Quando constituídos por modelos de narrativas que eternamente se
repetem, comuns em todas as culturas e épocas, temos os Mitos. Tais figuras de
linguagem possibilitam interpretar os maiores mistérios da alma humana, de
forma dinâmica, através de roteiros dramáticos repletos de simbolismos. São
ferramentas poderosas que nos orientam perante as grandes questões que se
apresentam, explicando a razão e aliviando grande parte das agonias que
dilaceram o mais íntimo de nosso ser. Como grandes exemplos existem os Mitos
sobre a origem e destruição de tudo, os relativos ao tempo e eternidade, os de
morte e ressurreição, os de renascimento e renovação e os de transformação.
As cerimônias de Iniciação, por exemplo, são ritos de transformação.
Como todo processo de mudança, de metamorfose, não há retorno. Transposto o
portal que transmuta o indivíduo, o iniciado jamais será o mesmo. O neófito
morre para uma realidade e renasce em outra dimensão. Daí a irreversibilidade
do ritual. Vivenciando na plenitude estas experiências de transformação,
melhoramos a maneira de lidar com nossa interioridade e com as contradições que
nos afligem, enquanto seres livres de pensamento.
Outra manifestação muito freqüente junto às comunidades esotéricas são
as jornadas mitológicas de morte e ressurreição. Estas narrativas são aquelas
na qual o herói morre e ressuscita, descendo ao mundo dos mortos e retornando
são e salvo. Possibilitam aos protagonistas, quando corretamente elaboradas,
tatear sutilmente o mundo que pertence às divindades. Estas entidades, que
traduzem nossos temores, idéias e sentimentos mais profundos, habitam outros
planos, aos quais os homens normalmente não tem acesso. Expondo suas vontades
divinas aos mortais, estas desventuras nos apresentam, em última análise, as
várias facetas da própria personalidade humana. Assim, com o renascimento se
vence o maior dos medos – a morte – e se atinge o absoluto em vida. O contato
entre os mundos ocorre exclusivamente através destas metáforas - não há outro
canal que viabilize esta experiência transcendental ou mística.
Em nossos rituais, nos Graus Simbólicos, utilizamos exatamente estes
instrumentos mitológicos de busca do absoluto. Interpretamos e vivenciamos uma
série de situações arquetípicas, que subsistem no inconsciente coletivo desde o
princípio dos tempos. Este é o traço comum que nos une aos ancestrais da África
e às comunidades basilares de toda nossa cultura. Todos sofremos as mesmas
angústias e dúvidas existenciais, e somos irmãos fraternos nesta experiência
dramática.
GM W. C. Parker Jr., da MW Prince Hall GL da Carolina do Norte
CONCLUSÃO:
Assim como a personalidade humana, a Maçonaria apresenta duas
perspectivas distintas de trabalho ou elaboração da realidade. Temos por um
lado o universo visível, voltado para a materialidade dos conceitos e para o
consciente, representado pelas alegorias e adereços em si, como o próprio
Templo, os paramentos, a documentação formal. Este conteúdo pode efetivamente
ter surgido a partir de 1.717, ou mesmo nas guildas medievais de “pedreiros”,
ou até nas névoas da Lenda de York, de 926 a.D.
Por outro lado, temos o chamado universo das sombras, do imponderável,
representado pelos grandes mistérios da alma, das profundezas do ser, do real
significado dos símbolos que utilizamos. Complementa o status visível em uma
mística alquimia, possibilitando a evolução do processo de transformação rumo à
perfeição. Adentrando a este campo transcendental, enfrentamos nossas maiores
dúvidas existenciais, trazendo-as à tona, à luz do consciente e da sabedoria, o
que possibilita que conheçamos a nós mesmos.
A verdadeira substância da Arte Real se encontra exatamente nesta área não
material, que se cristaliza no plano intangível das idéias, dos conceitos
arquetípicos e ritualísticos que surgiram na alvorada do Homem, quando as
necessidades imemoriais que todos manifestam começavam a florescer.
Com certeza a psique humana não surgiu juntamente com a diferenciação
fenotípica dos Homo sapiens. A evolução é um processo contínuo, e uma nova
espécie é produto da seqüência de transformações de tipos anteriores. Portanto
, quando nos olhamos no espelho, podemos vislumbrar no infinito atrás de nós
uma fila indiana imensa, cujos últimos indivíduos se encontram nas escalas
iniciais do longo processo evolutivo de nossa jornada na Terra.
Concluímos que a extraordinária jornada dos filhos de Hiram se iniciou
quando surgiram os rituais mitológicos, com profundo teor esotérico. Estes
mistérios existem, são perenes e fazem parte, inexoravelmente, da alma humana -
seja em uma tribo esquecida no coração da África pré-histórica, seja em um
vistoso Templo operando em qualquer oriente do Universo.
REFERÊNCIAS:
1- Arsuaga, J.L. “Colar do Neanderthal: em Busca dos Primeiros
Pensadores” 1ª Edição, Editora Globo, 2005;
2- Campbell, J. “Máscaras de Deus – Mitologias Primitivas”, 7ª Edição, Editora
Palas Athena, 2005;
3- Campbell, J. “O Poder do Mito”, 1ª Edição, Editora Palas Athena, 1990;
4- Carvalho, I.S. “Paleontologia”, 2ª Edição, Editora Interciências, 2004;
5- GLESP – “Ritual do Simbolismo do Aprendiz Maçom”, 2.001;
6- Johanson, D.C. “Filhos de Lucy – A Descoberta de um Ancestral Humano” 1ª Edição,
Editora Bertrand Brasil, 1998.
As idéias prevalentes e obsoletas da Idade Média, conhecida como “A Noite dos Dez Séculos”, levaram no início do Século XVII o surgimento na Europa de um movimento renovador de toda cultura da época, como reação ao considerado atraso de quase todo conhecimento então existente.
Essa plêiade de novos pensadores espalhada por quase todo continente europeu, voltava-se contra o tradicionalismo que viera da então Era Medieval e grilhões do absolutismo da realeza, como também os benefícios que eram outorgados aos membros do clero e nobreza.
Os freios para evolução da inteligência precisavam ser arredados, por que o Homem deveria pensar e governar-se pela Razão; livrar-se das restrições impostas pela Inquisição e buscar seu próprio destino livre de opressão.
Poderia acreditar naquilo que sua inteligência explicasse independentemente de religiosidade ou mesmo fé. Teria liberdade de desacreditar naquilo que lhe foi imposto outrora, ou, simplesmente, questioná-lo.
A Razão seria a bússola de sua vida, substituindo toda crença religiosa para abrir caminho a uma Nova Era de intelectualidade, gerando progresso material e moral, em oposição aos mesquinhos tempos da Idade Média.
Toda essa evolução filosófica, científica, artística, moral e religiosa, tomou o nome de Iluminismo, ou, “Século das Luzes”, como contestação “A Noite dos Dez Séculos” ( 476-1476 ), face a pobreza cultural daqueles tristonhos tempos. Iluminismo, porque concedia luz à escuridão, marca do atraso de mentalidade da Idade Média. A doutrina iluminista preconizava que o Homem nasce puro, com bondade, e é a própria sociedade que o corrompe. Se houver Justiça Social, pouca desigualdade na comunidade, econômica, moral e de costumes, a paz virá, como consequência, e a felicidade aflorará para o bem de todos.
A liberdade seria exercida com responsabilidade para o bem comum. Eram, em linhas gerais, os postulados do Iluminismo. Filósofos, políticos e cientistas, integravam esse cenário, surgindo, daí, várias correntes ou vertentes dessa política social que se instalou, em última análise, em nome da liberdade de pensar, com o propósito de progresso cultural e de espírito. Aliás, esses ideais de avanço cultural já vinham sendo desenvolvidos desde a Renascença que mais tarde também contribuiu para deflagrar a Revolução Francesa de 1789. O filósofo René Descartes prestou significativa contribuição a esse empreendimento intelectual, com seu adágio – cogito ergo sum – (penso, logo existo), pensamento puramente racionalista.
Outras importantes figuras intelectuais do Século XVII foram iluministas, como Galileu Galilei, Francis Bacon, Thomas Hobbes, René Descartes, Baruch Spinoza, John Locke, Isaac Newton, Voltaire, Montesquieu, Rousseau, Kant, Adam Smith e tantos outros do mesmo quilate. Esse movimento, entretanto, começou a perder força, mais ou menos, no começo do Século XIX, com o advento de novas doutrinas e ao tempo das guerras napoleônicas 1804-1815.
Embora uma parte dos iluministas pregasse o ateísmo, a maioria acreditava na existência de um Ser Supremo do Universo, princípio admitido pela Maçonaria que foi muito influenciada por essa elite erudita. A religião poderia ser cultivada por cada um, sendo mera faculdade, e, sendo aceita, como efeito, a vida espiritual continuaria após a morte do corpo físico.
Era o que a maioria entendia do aspecto divino. E foi nesse ambiente de sabedoria que começou a surgir a Franco-Maçonaria no começo do Século XVII, cujos maçons vieram das fileiras do Iluminismo trazendo doutrinas daquele momento histórico para oxigenar a Maçonaria Tradicional ou Simbólica, as chamadas Lojas Azuis.
Registra a História que as dificuldades da Ordem Operativa em meados do Século XVII, em especial na Inglaterra, ensejaram sérias consequências para as guildas, chegando à decadência ou mesmo à extinção.
Como medida de sobrevivência, o sistema maçônico daqueles tempos passou a recrutar membros da intelectualidade, nobreza e de posses econômicas, sem que antes tivessem integrado o artesanato, ou seja, a maçonaria primitiva.
Consolidou-se, assim, no Século XVIII (1717-1724), a Franco-Maçonaria composta por cérebros que não faziam parte da Instituição do Artesanato, porém eram dotados de requisitos morais, intelectuais e econômicos, sendo aceitos pelos IIr. operativos que simbolizavam o passado maçônico.
Esses IIr. foram chamados de “aceitos”, que mais tarde o REAA acolheu essa nomenclatura. Estabeleceu-se, entretanto, que seria a mesma maçonaria, apenas com departamentos próprios, mas com a mesma substância, como sendo frente e verso de uma mesma moeda. Estava, pois, implantado o departamento especulativo ao lado do outro operativo. Mas a unidade da Ordem foi preservada em todos os sentidos.
Pois bem, com o ingresso desse IIr.’. “aceitos”, oriundos em grande parte do Iluminismo, a influência era mesmo de se esperar na Instituição, especialmente no âmbito especulativo, geomântico ou ainda teórico.
Não demorou muito e nasceram os Altos Graus, de 4 a 33 no REAA, sendo que para alguns especialistas o Grau 3 (Mestre-Maçonaria Azul ) foi criado em 1725, pouco depois da Constituição do Bispo Anglicano James Anderson de 17 de janeiro de 1723.
Os Landmarks, por sua vez, foram estudados, classificados e ordenados por diversos estudiosos maçônicos, até que em meados do Século XIX, Albert Galletin Mackey – 1807-1881, compilou-os, formando uma Super-Constituição Maçônica Universal, no nosso modesto entendimento. É, sem dúvida, a codificação mais aceita pelas diversas Obediências com os 25 princípios imutáveis e inalteráveis.
A influência do Iluminismo na Maçonaria é evidente, principalmente, quando examinamos os artigos 6′ ao 8′, que versam sobre as prerrogativas do Grão-Mestrado.
Trata-se de matéria atinente a Administração da Entidade que, em caso excepcional, pode o Grão-Mestrado autorizar a proposta e recepção do candidato ali mencionado. Essa prerrogativa emana da experiência dos políticos de Iluminismo que ingressaram na Ordem, objetivando, em tempos conturbados, que a direção tenha instrumentos eficazes para debelar, ou pelo menos, minimizar as dificuldades momentâneas.
A faculdade de representação (art. 12) é outro avanço da época iluminista, conferindo ao obreiro esse direito quando necessitar de auxílio técnico ou para outros fins de seu interesse. O direito recursal (art. 13) foi inspirado no modelo profano e visa eventual correção da decisão impugnada a ser reexaminada pelo órgão superior.
Em última análise, é resquício da doutrina contra o despotismo de que tratamos no início desta dissertação e a igualdade de todos os maçons no interior da Loja (art.22) origina-se do sentimento democrático, defendido pelo movimento iluminista de combater a descriminação.
O princípio da Separação dos Poderes na Instituição Maçônica é cópia do modelo de Montesquieu, renomado iluminista. – “Esprit des Lois”. Criou esse sistema de Poderes do Estado, em Legislativo, Executivo e Judiciário – arts. 35, 70 e 97 – da Constituição do Grande Oriente do Brasil, dentre outros diplomas das várias Potências, cada um com atribuições previstas em lei.
Mas de todas as influências iluministas na Ordem Maçônica, a que mais se destaca é seu Departamento Especulativo. Introduziu-se o estudo profundo filosófico, simbólico, esotérico, metafísico, espiritual e histórico, além de outros ramos do conhecimento humano.
A maçonaria tradicional ou clássica ficou limitada ao simbolismo básico e o início de alegoria da lenda de Hiran Abiff. Esses são apenas alguns enfoques iluministas adotados pela Instituição. O certo é que o Iluminismo trouxe grande contribuição para o progresso maçônico, intelectual, espiritual material. É o que se conclui do exame do tema em foco!
Enviado pelo Ir.’. José Geraldo de Lucena Soares ARLS – Fraternidade Judiciária Nº 36l4 – GOSP/GOB Capítulo “Integração e Prudência” – SP