31 de agosto de 2016

OLIMPÍADAS E PARALIMPÍADAS – EU SÓ QUERO É SER FELIZ



O espetáculo foi extraordinariamente emocionante e com vibrações positivas para o povo brasileiro, levando ao mundo a imagem sofisticada tecnicamente de uma abertura fantasiosa, iluminada. Quanto ao momento das Olimpíadas no Rio de Janeiro, com alguns pequenos deslizes, foi engrandecedor, reunindo 10.500 atletas das mais diversas modalidades de aproximadamente 200 países.


É evidente que o antes das Olimpíadas foi de atletas sacrificados, pobres, sem material para treinamento, com exceção dos esportes que rendem mais para a mídia. E o que será o depois? Para quem irão os apartamentos da Vila Olímpica e a que destino será dado ao Parque Olímpico? Deveria ser um início da necessidade de um apoio para uma boa performance em Tóquio.


Quero aqui deixar meus cumprimentos, em especial, aos atletas que não chegaram a medalhas e aos outros que lutaram e conseguiram, pois são eles que realizam seus sonhos e nossos também. Em homenagem a eles, registro o “Rap da Felicidade”, de Cidinho e Doka, emocionante música da abertura, interpretada pela cantora Ludmila e posteriormente adaptada no programa “Fantástico”, da Rede Globo, em homenagem à fenomenal Rafaela Silva.



“Eu só quero é ser feliz, andar tranqüilamente na favela onde eu nasci. É... E poder me orgulhar, e ter a consciência que o pobre tem seu lugar. 
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Minha cara autoridade eu já não sei o que fazer com tanta violência eu sinto medo de viver, pois moro na favela e sou muito desrespeitado, a tristeza e alegria que caminham lado a lado, Eu faço uma oração para uma santa protetora, mas sou interrompido a tiros de metralhadora, enquanto os ricos moram numa casa grande e bela, o pobre é humilhado, esculachado na favela. Já não aguento mais essa onda de violência, só peço autoridades um pouco mais de competência.


Eu só quero é ser feliz, andar tranquilamente na favela onde eu nasci. É... E poder me orgulhar, e ter a consciência que o pobre tem seu lugar.
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Diversão hoje em dia não podemos nem pensar, pois até lá nos bailes eles vem nós humilhar. Ficar lá na praça que era tudo tão normal, agora virou moda a violência no local pessoas inocentes que não tem nada haver, estão perdendo hoje o seu direito de viver, nunca vi cartão postal que se destaque uma favela, só vejo paisagem muito linda e muito bela. 


Quem vai pro exterior da favela sente saudade, o gringo vem aqui e não conhece a realidade, vai pra zona sul pra conhecer água de cocô, e o pobre na favela vive passando sufoco. Trocaram a presidência uma nova esperança, sofri na tempestade agora eu quero a bonança, povo tem a força, precisa descobrir, se eles lá não fazem nada, faremos tudo daqui.


Eu só quero é ser feliz, andar tranquilamente na favela onde eu nasci. É... E poder me orgulhar, e ter a consciência que o pobre tem seu lugar”.


Para o Japão em 2020, cinco novas modalidades foram acrescidas. Beisebol, surf, caratê, skate e escalada. Se voltarmos ao início das Olimpíadas encontraremos por volta de 2.500 a.C., os gregos criando os jogos olímpicos, fazendo homenagens aos deuses, com realização de competições. Porem, foi somente em 776 a.C., que ocorreram pela primeira vez os jogos olímpicos de forma organizada, com atletas de cidades-estados, que se reuniam na cidade de Olímpia para disputas que incluíam corrida de cavalo. Os vencedores eram recebidos como heróis em suas cidades e ganhavam uma coroa de louros.





Quando os romanos invadiram e dominaram a Grécia, muitas tradições gregas, entre elas as olimpíadas, foram deixadas de lado. No ano de 1896, os jogos são retornados em Atenas, por iniciativa do francês Pierre de Fredy, conhecido como Barão de Coubertin, participando 285 atletas de 13 países. Assim, desde sua primeira edição na Era Moderna, até o Rio de Janeiro, os jogos olímpicos cresceram, ao ponto de se transformarem no maior evento no planeta e o único capaz de reunir mais de duas centenas de países em uma mesma cidade. Nem a ONU consegue agregar tantas nações.


Então, quando bilhões de reais são desviados, furtados, por aqueles que deveriam nos seus cargos, nas suas empresas, nas suas atividades, contribuir e apoiar os sacrificados atletas brasileiros, cai em nossa consciência um inconformismo, para não dizer, uma revolta.


De 7 a 18 de setembro, teremos as Paralimpíadas 2016, um espetáculo mais emocionante ainda, através de seres humanos que superam dificuldades e são exemplos para todo o mundo.



As Paralimpíadas incluem atletas com deficiências físicas de mobilidade, amputações, cegueira ou paralisia cerebral, além de deficientes mentais, cuja falta de apoio é ainda maior. Foram realizadas pela primeira vez em 1960 em Roma, Itália. Têm sua origem em Stoke Mandeville, Inglaterra, onde ocorreram as primeiras competições esportivas para deficientes físicos, como forma de reabilitar militares feridos na Segunda Guerra Mundial. “Há alguns anos, nas olímpiadas especiais de Seattle, nove participantes, todos com deficiência, alinharam-se para a largada da corrida de 100 metros rasos. 


Ao sinal, partiram, não exatamente em disparada, mas com vontade de dar o melhor de si, terminar a corrida e ganhar. Um dos garotos tropeçou no asfalto, caiu e começou a chorar. Os outros ouviram o choro, diminuíram o passo e olharam para trás. Então viraram e voltaram. Todos eles. Uma das meninas com Síndrome de Down ajoelhou, deu um beijo no garoto e disse: - Pronto, agora vai sarar! E todos os nove competidores deram os braços e andaram juntos até a linha de chegada. O estádio inteiro levantou e os aplausos duraram muitos minutos... 


Talvez os atletas fossem deficientes mentais.... Mas com certeza, não eram deficientes espirituais... "Isso porque, lá no fundo, todos nós sabemos que o que importa nesta vida, mais do que ganhar sozinho é ajudar os outros a vencer, mesmo que isso signifique diminuir os nossos passos..."




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TFA/PP
Ir Daniel Martina FRC

21 de agosto de 2016

20 DE AGOSTO DIA DO MAÇOM - MAS O QUE É SER MAÇOM ?



“Cada casa tem seu arquiteto; mas o arquiteto de tudo é Deus .“
Bíblia Sagrada, Livro de Hebreus , cap. 3, versículo 4.



O homem sente a necessidade de comemorar os eventos importantes em sua vida, como por exemplo, todos nós festejamos o nosso aniversário natalício, bem como os cristãos comemoram o nascimento de Cristo com o Natal e sua ressurreição com a Páscoa.


Os nossos IIr Maçons não foram diferentes, sentiram a necessidade de comemorar a sua existência, então criaram uma data, que no Brasil comemora-se todos os anos no dia 20 de agosto e nos Estados Unidos da América dia 22 de fevereiro.


O dia 22 de fevereiro, conhecido como dia internacional do Maçom, é uma homenagem ao dia do nascimento do Ir George Washington, personagem principal da independência daquele país. No Brasil escolheram o dia 20 de agosto em face ao papel da maçonaria na independência do Brasil.



Ora, este autor não confundiu as datas, sabemos perfeitamente que a independência do Brasil é comemorada no mundo Prof dia 07 de setembro.


Todavia, existe documento histórico, para ser mais exato, o Bal da Sess Conjunta das LLoj “Comércio e Artes” e “União e Tranquilidade”, ambas do Or Rio de Janeiro, onde o Ir Gonçalves Lêdo proferiu um eloquente discurso em prol da independência do Brasil, sendo aprovado por unanimidade.



A data do Bal que aprovou a independência do Brasil foi o 20° dia do 6° mês maçônico do ano da V L de 5.822, interpretado como 20 de agosto de 1822 da E V. Após aprovado o Bal da referida Sess Extr foi expedido comunicado ao Ir Dom Pedro I e ao Sob Gr M Ir José Bonifácio, que estava ausente por motivo de viagem.



O acontecimento é fato irrefutável, comprovado pelo Bal gravado e assinado por quem de direito, que fizeram parte da história da maçonaria e do Brasil. No entanto, historiadores e maçons contestam a data, pois existe um erro ao traduzir o calendário Equinocial para o Gregoriano.



Sabe-se que o ano no calendário Equinocial começa no dia 21 de março, consequentemente traduz a data da referida Sess para 09 de setembro de 1822 do nosso atual calendário Gregoriano, pois este seria o 20° dia do 6° mês do calendário Equinocial.



Esse equívoco na data histórica não exclui a importância ou obrigação de comemorar o dia do Maç, pois o que comemoramos não é o discurso proferido pelo Ir Gonçalves Lêdo ou seus efeitos, mas, sim, a existência do Maç, neste caso no Brasil.



Aquele ato, que inspirou os nossos antepassados para escolherem a data, foi importante como várias outras ações que inúmeros IIr realizaram e ainda continuam realizando no anonimato ou não, em prol da humanidade e da nação brasileira. Mas, nada disso é possível se não aprendermos os princípios maçônicos que recebemos pelos Rituais e nas IInstr dentro e fora de Loj, ou seja, foi a Luz e a Verdade.



Diante disso, necessário se faz compreender o que é ser maçom, estudar as obras maçônicas e rituais para colocá-los em prática.
Logo, ser maçom é viver na Luz, conhecer e defender a Verdade, os princípios maçônicos e morais, sempre invocando o GADU e em constante defesa da Família, da Pátria e da Humanidade, combatendo os vícios, consequentemente tornando-se virtuoso para honrar a denominação de Maçom.



Apenas para melhor fundamentar o que já está exposto, citamos um trecho do nosso Ritual e Instr de Apr do REAEA do GOMG, p. 12: “(…) a Maçonaria proclama elevar o Homem aos seus próprios olhos e para torná-lo digno de sua missão sobre a Terra (…)”.



Parabéns a todos os IIr, livres e de bons costumes, especialmente os que buscam viver como verdadeiros MMaç, “levantando TT à virtude e cavando masmorras ao vício” para que sejam “Justos e perfeitos"




TFA/PP
Ir Daniel Martina (CIM: 285520)
Fundador do Filhos do Arquiteto Brasil - Clique e Conheça
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14 de agosto de 2016

O SIGNIFICADO DE SER PAI - (Rubén Núñez de Cáceres - Trad. G. Cabada)




SOMENTE SABERÁ O QUE É SER PAI ...

Quando compreender, cheio de regozijo, que o fruto de seus sonhos é agora uma realidade palpitante, ternura viva e olhar inocente. Quando perceber suas olheiras enormes e a satisfação de ver seu tenro rebento dormindo, ainda que você não possa dormir. Quando entender que seu sono nunca mais será completo, quando ouvir o choro na madrugada.




SABERÁ O QUE SIGNIFICA SER PAI ...

Quando conhecer a maravilha que possui ao leva-la, pela primeira vez, à escola e vir seus olhos chorosos porque não quer separar-se de você e sentir na alma a dor de afastar-se, deixando-a no meio de outros egoísmos que, porém, o ensinarão a compartilhar. Quando, pela primeira vez, sua filha o chamar de papai, e rir quando a lançar ao ar e ela não sentir medo porque lhe dá segurança o seu sorriso.




SABERÁ O QUE É SER PAI ...

Quando a levar a falar com Deus pela primeira vez, e a ensinar a rezar por todos e ela sentir que o seu carinho é algo no qual ela pode confiadamente descansar. Quando compreender a maravilha que Deus lhe deu, ao ser desafiado por ela com suas primeiras perguntas, e, desprevenido, não souber como respondê-las.




SABERÁ O QUE É SER PAI ...

Quando chegar o dia em que você não a acompanhar, porque suas amigas a estão esperando e você sentir que seu coração fica abalado, porque esse dia chegou antes do que você pensava e sente profundamente que assim deve ser, porque é o preço que pagará pelo aprendizado de seu vôo definitivo. Quando ouvir seu primeiro apelo e seu primeiro desejo de independência.





E, FINALMENTE, SABERÁ O QUE É SER PAI ...

Quando a saudade consumir as horas que antes, desfrutava, feliz, na sua companhia, e talvez o telefone ou as cartas sejam seu único vínculo com ela. Quando, um dia, sua filha tiver que partir para estudar longe da família, ou para um trabalho num lugar distante, e a quem você deverá aceitar, porque é a lei da vida, pois sua filha foi emprestada a você apenas por algum tempo...





E SOBRETUDO, SABERÁ O QUE É SER PAI,

Quando chegar alguém e a levar de seu lado para perseguir outro arco-íris, o de sua própria vida, partilhada com alguém a quem ela amará.





ENTÃO, SABERÁ O QUE É SENTIR-SE PAI

Você não estudou para sê-lo, mas viveu essa paternidade e a seguirá vivendo. Mas é só, então, que poderá ser consciente, em plenitude, da maravilhosa experiência, dom vivo de Deus, que é a alegria que isso lhe proporcionará , deverá ser, então, maior que a dor que supõe sentir que algo muito tenro se desprende de sua alma.




SENTIR-SE PAI 




A Todos os Eternos Pais do Brasil, Desejamos Feliz Dias dos Pais!







TFA
Ir.´. Daniel Martina 
(Fundador do Filhos do Arquiteto Brasil)
www.filhosdoarquiteto.com

11 de agosto de 2016

Restauração de Templos Vivos na Maçonaria:




O maçom é sucessivamente exortado a edificar e restaurar templos. Reconstruir templos danificados tem na Maçonaria significado simbólico de grande profundidade filosófica. Isto porque na reconstrução concorrem valores humanos significativos, bem mais intensos que na sua construção. Para uma edificação ser reconstruída, esta deve possuir valor inestimável, e são poucos os abnegados que se habilitam na empreitada de reconstruir algo danificado e com alta probabilidade de ser destruído de novo. 



Na reconstrução de templos concorrem valores como firmeza de decisão e perseverança no objetivo para concluir a reconstrução, bem como, heroísmo no enfrentamento de terríveis e insidiosos inimigos durante as atividades. A ordem maçônica usa de ilustrações de reconstruções para provocar o raciocínio de restaurações constantes de um tipo especial de templo: o homem integral.



Quando em Maçonaria se faz referência a um templo, este designa o local de reunião dos maçons, e por extensão simbólica, significa o "grande" Universo e o "pequeno" Universo, aonde este último constitui a essência do próprio homem, sua força vital, o seu corpo completo; o homem como um templo vivo. Entende-se por corpo completo a sua constituição física e a força ativa que o mantém vivo. Este conjunto complexo pode ser comparado a um Universo em miniatura composto de: corpo, mente, emoção e espiritualidade. Na soma total destes elementos, o espírito é considerado encarnado, parte do corpo físico.



A reconstrução deste tipo de templo ocorre a cada iniciação, a cada nova modificação interior, em resultado da auto-educação estimulada pela ordem maçônica. Cada pedreiro trabalha com as ferramentas de que dispõe, em si mesmo e como resultado de seu desenvolvimento físico, intelectual, emotivo e metafísico. O sábio percebe a finalidade do desafio de modificar a si mesmo para o bem. O sublime e principal propósito é levar o homem a conhecer-se intimamente, de modificar-se, de reconstruir-se ou reorganizar-se internamente ao templo vivo que cada um é.



No diálogo, "O Banquete", Platão (428 a. C. - 347 a. C.) afirma que enquanto na juventude prevalece a admiração pela beleza, no adulto amadurecido descobre-se a verdadeira beleza na espiritualidade. É na maturidade que o homem desperta e se considera parte de um templo maior que consiste em toda a vida do "grande" Universo. Conscientiza-se que concorre para a realização de todo o esplendor do milagre da vida estabelecido em leis naturais espantosas, só compreendidas no amadurecimento espiritual adulto. Entretanto, existem "adultos" que, ao não se modificarem internamente, continuam menores de idade, dependentes da orientação de terceiros e ainda não alcançaram idade madura.



Neste caso não se trata do período da vida compreendido entre a juventude e a velhice, ou a meia-idade, mas o termo último de desenvolvimento humano, a fase de auto-realização. É a liberdade observada quando o homem não é culpado de sua própria menoridade, de sua heteronomia, de deixar-se conduzir por um terceiro. Heteronomia refere-se à deficiência onde a dependência não acontece for falta de entendimento ou limitação fisiológica, mas da falta de coragem ou preguiça de trabalhar em seu templo, presa de paixões desenfreadas ou vícios degradantes. Para Platão, o adulto que venceu sua minoridade reconhece que a beleza emana de sua característica espiritual, essencialmente quando desenvolvida por si mesmo e em si mesmo.


E isto constitui a liberdade absoluta do homem, pois quando não padece de heteronomia, é em seu "pequeno" Universo interior, qual templo, que o homem adulto é soberano e senhor absoluto.


Um templo maçônico é a representação simbólica do Universo maior, composta de toda matéria animada e inanimada. É tão incrível a matéria deste "grande" Universo que, se observada de perto, de bem perto, ao nível atômico e subatômico, é como se toda a existência material fosse feita com absolutamente nada de massa, de quase nada, quase que exclusivamente de espaço vazio. As partículas são tão insignificantes e afastadas umas das outras em espaços relativos tão grandes que, em essência, resulta apenas espaço vazio.



E é tão somente pela velocidade com que os elétrons giram ao redor do núcleo que se manifesta a solidez da matéria. Em essência, a matéria do Universo é feita de nada, de espaço vazio. Ser parte deste todo e ao mesmo tempo deste nada, deste maravilhoso espetáculo da matéria inanimada e animada pelo sopro da vida, é o que dá um importante significado para a vida do homem. É uma distinção impar ser uma individualidade diante do volume de matéria inanimada que existe. O homem é feito da matéria inanimada do Universo, a qual recebeu vida de uma forma ainda incompreensível para o seu conhecimento científico. É natural que, respeitadas as devidas proporções, se considere o homem como um "pequeno" Universo de matéria e energias aglutinadas e animadas por uma energia vital e sobre o qual o intelecto sem heteronomia exerce poder e comando.





Se as estrelas e planetas exercem influências gravitacionais de uns sobre os outros, então as partículas que formam o templo do homem, o seu "pequeno" Universo interior, estão sob influência energética dos outros corpúsculos semelhantes espalhados pelo "grande" Universo. É este pertencer que dá grande significado para a vida do homem. Seu templo faz parte indissolúvel do Universo e isto promove um maravilhoso significado para exercer a liberdade com responsabilidade. É uma honra e distinção impossível de esquecer o fato de ser premiado para viver com liberdade dando conta de si mesmo no Universo.


Se destruído o corpo, ou parte dele, ao nível da matéria e com a atual tecnologia disponível ainda é impossível ao homem reconstruir um templo assim. Resta remendar o corpo físico e mantê-lo funcionando mesmo que precariamente e em decadência progressiva. Para viver com qualidade, o sábio cuida bem de sua saúde física e emocional enquanto os anos lhe vão desgastando a maravilhosa estrutura biológica, até o instante em que a regeneração química de suas moléculas se torna impossível e o sopro da vida o abandona. Alguns parceiros do homem que compartilham a biosfera terrestre têm em si a capacidade de desenvolverem novos membros que lhes foram arrancados por acidentes ou predadores, mas ao homem esta faculdade ainda não se disponibilizou.

Já o templo interior do homem é passível de reconstrução, basta que para isto se parta para a ação com vontade e perseverança. A capacidade de reconstruir o templo interior, uma vez destruído, é uma capacidade que cada homem possui em potencial. É só deixar que esta inclinação espiritual se manifeste e se obedeça ao bom senso de seguir sempre em frente.

Simbolicamente, a ação nobre da espada inibe a aproximação e defende do inimigo externo e subjuga e mata o inimigo interno, enquanto a trolha, na mão do trabalhador da pedra, participa na edificação e reedificação de templos. A trolha constrói o templo externo de pedra, assentando as pedras, em cujo interior, ao alisar as paredes, melhora as relações entre as pedras vivas que estão construindo e reconstruindo templos vivos. Os maçons reúnem-se num templo de pedra que representa o Universo, local sagrado onde cada indivíduo reconstrói seu próprio lugar sagrado, o templo de si mesmo. É local também onde se provoca e incentiva ao seu irmão a edificar e melhorar seu templo. Cada um atua num templo de carne que é a representação em miniatura do Universo dentro de um templo de pedra que representa o Universo. Os templos melhorados pelo trabalho em si mesmos agradecem ao privilégio de vestirem ossos com carne, animados pela força ativa do espírito que exalta o dom da vida. É pelo conjunto de todo o trabalho de construção e reconstrução, planejado racionalmente, que o maçom declara a glória do Grande Arquiteto do Universo.



Autor:
Ir.´. Charles Evaldo Boller



Ilustração e Adaptação: 
Ir Daniel Martina FRC


Bibliografia:


1. CAMINO, Rizzardo da, Rito Escocês Antigo e Aceito, Graus um ao Trinta e Três, ISBN 978-85-370-0222-3, primeira edição, Madras Editora Ltda., 302 páginas, São Paulo, 2009;



2. CLAUSEN, Henry C., Comentários Sobre Moral e Dogma, primeira edição, 248 páginas, Estados Unidos da América, 1974;



3. MIRANDA, Pedro Campos de, Os Caminhos da Maçonaria, ISBN 85-7252-216-6, primeira edição, Editora Maçônica a Trolha Ltda., 160 páginas, Londrina, 2006;



4. SANSÃO, Valdemar, O Despertar para a Vida Maçônica, ISBN 85-7252-206-9, primeira edição, Editora Maçônica a Trolha Ltda., 192 páginas, Londrina, 2005;



5. SOBRINHO, Octacílio Schüler, Maçonaria, Introdução Aos Fundamentos Filosóficos, ISBN 85-85775-54-8, primeira edição, Obra Juridica, 158 páginas, Florianópolis, 2000;



6. SPOLADORE, Hercule, O Homem, o Maçom e a Ordem, ISBN 85-7252-204-2, primeira edição, Editora Maçônica a Trolha Ltda., 194 páginas, Londrina, 2005.






Grau do Texto: Aprendiz Maçom


Área de Estudo: Espiritualidade, Filosofia, Maçonaria, Simbologia 


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